portugal contemporâneo: A tradição

23-01-2011
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Somente a autoridade suprema e absoluta de um Homem, a soberania de um Homem - que não a soberania da Lei - pode assegurar a unidade de uma comunidade, que é a a condição essencial para a paz e o bem comum. E isto é assim em quaquer comunidade, numa família, numa nação ou na humanidade.É claro que esse Homem não pode ser um homem qualquer, e a Igreja Católica fornece mais uma vez o arquétipo desse Homem na pessoa do Papa.É ao Papa que compete em, em última, instância interpretar a Lei, entendida aqui no sentido das Escrituras - a Palavras de Deus. A palavra do Papa nesta matéria é final e absoluta e aplica-se a todos, sem excepção e sem mais discussão. Porém, apesar da sua autoridade suprema e absoluta, e que ele pode a todo o momento exercer, o Papa não é inteiramente livre na interpretação das Escrituras. Ele está vinculado a respeitar, e a seguir, a interpretação que delas foi feita ao longo dos séculos pelos seus predecessores - a chamada Tradição. Enquanto que para os protestantes, a Verdade acerca da Palavra de Deus se encontra apenas nas Escrituras, para os católicos encontra-se nas Escrituras e na Tradição.Transportada para o plano civil esta ideia (na realidade, esta tradição) tem enormes consequências. É sabido que os povos católicos, ao contrário dos protestantes, raramente lêem a Bíblia. Eles conhecem a Palavra de Deus através dos ensinamentos da Igreja - a Tradição. Para o povo católico (que não necessariamente para as suas elites) a Tradição é muito mais importante do que as Escrituras (Lei). O povo católico é um povo tradicionalista, sempre a olhar para o passado. As Escrituras, a Lei, não lhe interessam praticamente para nada. Está aqui uma das dificuldades - embora não a única - que o povo católico enfrenta quando passa a viver num regime político baseado na soberania da Lei. É que ele não tem respeito pela Lei. Ele só conhece a tradição.

Somente a autoridade suprema e absoluta de um Homem, a soberania de um Homem - que não a soberania da Lei - pode assegurar a unidade de uma comunidade, que é a a condição essencial para a paz e o bem comum. E isto é assim em quaquer comunidade, numa família, numa nação ou na humanidade.É claro que esse Homem não pode ser um homem qualquer, e a Igreja Católica fornece mais uma vez o arquétipo desse Homem na pessoa do Papa.É ao Papa que compete em, em última, instância interpretar a Lei, entendida aqui no sentido das Escrituras - a Palavras de Deus. A palavra do Papa nesta matéria é final e absoluta e aplica-se a todos, sem excepção e sem mais discussão. Porém, apesar da sua autoridade suprema e absoluta, e que ele pode a todo o momento exercer, o Papa não é inteiramente livre na interpretação das Escrituras. Ele está vinculado a respeitar, e a seguir, a interpretação que delas foi feita ao longo dos séculos pelos seus predecessores - a chamada Tradição. Enquanto que para os protestantes, a Verdade acerca da Palavra de Deus se encontra apenas nas Escrituras, para os católicos encontra-se nas Escrituras e na Tradição.Transportada para o plano civil esta ideia (na realidade, esta tradição) tem enormes consequências. É sabido que os povos católicos, ao contrário dos protestantes, raramente lêem a Bíblia. Eles conhecem a Palavra de Deus através dos ensinamentos da Igreja - a Tradição. Para o povo católico (que não necessariamente para as suas elites) a Tradição é muito mais importante do que as Escrituras (Lei). O povo católico é um povo tradicionalista, sempre a olhar para o passado. As Escrituras, a Lei, não lhe interessam praticamente para nada. Está aqui uma das dificuldades - embora não a única - que o povo católico enfrenta quando passa a viver num regime político baseado na soberania da Lei. É que ele não tem respeito pela Lei. Ele só conhece a tradição.

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