Câmara Corporativa: Ou a bem ou com a moca de Rio Maior — eis o que a Marmeleira tem para nos oferecer

22-05-2011
marcar artigo


Pacheco sobre Sócrates:“Ele não acabará bem, nem a bem.”Conformado que está de que através de eleições não é possível alçar-se ao poder, Pacheco Pereira gizou um plano alternativo, de que nos dá vagamente conta no Público de ontem.O diagnóstico do filósofo da Marmeleira está feito: “Eu estou próximo do pessimismo sobre a situação económica e a evolução rápida do país para um abismo evidente, que muitos economistas, a começar pelo mais emblemático no seu pessimismo, Medina Carreira, têm mostrado.”Ora, descontado o pormenor de não ser economista, Medina Carreira disse-nos recentemente que não se contentava com a proposta (da Dr.ª Manuela) de suspensão da democracia por seis breves meses para pôr tudo na ordem. O homem “mais emblemático no seu pessimismo” quer um outro regime mais duradouro, comandado por alguém da estirpe de um Duarte Pacheco. José Pacheco Pereira antevê alguns obstáculos a esta proposta de passar da democracia para a ditadura, pelo que ainda dá uma oportunidade aos portugueses de irem, “em democracia”, ao encontro dos seus anseios: “De novo é no PS e no PSD, principalmente nestes dois partidos, que existe a única possibilidade de a crise anunciada, e de novo insisto, com lucidez, poder ser resolvida em democracia, ou quando muito mitigada.”Ou seja, Pacheco concede que podemos evitar “com lucidez” um golpe de Estado se três pequeninos golpes de Estado tiverem, em simultâneo, êxito: 1.º Apear Sócrates a bem ou a mal, embora Pacheco não duvide que terá de ser à bruta: “Ele não acabará bem, nem a bem”;2.º Fazer ver ao PS, “que ganhou as eleições e tem legitimidade para governar”, que poderá continuar a governar se aplicar o programa do PSD (da facção Manuela Ferreira Leite);3.º Pôr o dedo no nariz ao aparelho laranja, convocando-o a escolher o fala barato que veio de Bruxelas, a fim de o PSD se preparar “para um cenário eleitoral para que vá sem receios” [o estilo escorreito é o da Marmeleira sem tirar nem pôr].O que Pacheco nos garante é que as sucessivas campanhas sujas têm de produzir resultados. Lá para os lados da Marmeleira, já se calçam botas cardadas. O PSD de Pacheco Pereira desistiu de ser um partido político.


Pacheco sobre Sócrates:“Ele não acabará bem, nem a bem.”Conformado que está de que através de eleições não é possível alçar-se ao poder, Pacheco Pereira gizou um plano alternativo, de que nos dá vagamente conta no Público de ontem.O diagnóstico do filósofo da Marmeleira está feito: “Eu estou próximo do pessimismo sobre a situação económica e a evolução rápida do país para um abismo evidente, que muitos economistas, a começar pelo mais emblemático no seu pessimismo, Medina Carreira, têm mostrado.”Ora, descontado o pormenor de não ser economista, Medina Carreira disse-nos recentemente que não se contentava com a proposta (da Dr.ª Manuela) de suspensão da democracia por seis breves meses para pôr tudo na ordem. O homem “mais emblemático no seu pessimismo” quer um outro regime mais duradouro, comandado por alguém da estirpe de um Duarte Pacheco. José Pacheco Pereira antevê alguns obstáculos a esta proposta de passar da democracia para a ditadura, pelo que ainda dá uma oportunidade aos portugueses de irem, “em democracia”, ao encontro dos seus anseios: “De novo é no PS e no PSD, principalmente nestes dois partidos, que existe a única possibilidade de a crise anunciada, e de novo insisto, com lucidez, poder ser resolvida em democracia, ou quando muito mitigada.”Ou seja, Pacheco concede que podemos evitar “com lucidez” um golpe de Estado se três pequeninos golpes de Estado tiverem, em simultâneo, êxito: 1.º Apear Sócrates a bem ou a mal, embora Pacheco não duvide que terá de ser à bruta: “Ele não acabará bem, nem a bem”;2.º Fazer ver ao PS, “que ganhou as eleições e tem legitimidade para governar”, que poderá continuar a governar se aplicar o programa do PSD (da facção Manuela Ferreira Leite);3.º Pôr o dedo no nariz ao aparelho laranja, convocando-o a escolher o fala barato que veio de Bruxelas, a fim de o PSD se preparar “para um cenário eleitoral para que vá sem receios” [o estilo escorreito é o da Marmeleira sem tirar nem pôr].O que Pacheco nos garante é que as sucessivas campanhas sujas têm de produzir resultados. Lá para os lados da Marmeleira, já se calçam botas cardadas. O PSD de Pacheco Pereira desistiu de ser um partido político.

marcar artigo