Semanas de audições na Comissão de Ética na Assembleia só vieram confirmar, até ao momento, o propósito claro da coligação negativa parlamentar de perseguir pela insinuação aquilo que não consegue provar pelas testemunhas que são convocadas: a teoria da conspiração governamental contra a liberdade de expressão em Portugal.Perante as figuras secundárias que representam a generalidade dos partidos na Comissão, podemos no entanto destacar Agostinho Branquinho, deputado do PSD que se distinguiu na legislatura anterior por falar de «pornografia» a propósito do trabalho de Fernanda Câncio para a RTP, o que na altura suscitou vivas reacções no seu próprio partido contra a direcção da altura (Luis Filipe Meneses). Afinal, a direcção de Ferreira Leite (da qual emanam, convém observar, dois dos candidatos na actual disputa interna do partido, Aguiar Branco e Rangel) não encontrou ninguém melhor para o PSD se fazer representar na Comissão de Ética... Mais do que as múltiplas peripécias das audições, que já fomos aqui comentando, notável foi a participação do camarada Arons de Carvalho, verdadeiro especialista de comunicação social e político de outra estirpe, a quem bastou exprimir-se no seu modo habitual para adquirir uma estatura gigantesca no meio de tanta pequenez...Agora, prossegue a teoria da conspiração (promovida por aqueles que acusam o Primeiro Ministro de se vitimizar!), com a criação de mais uma comissão sem objecto. Repetir uma mentira até que a tomem por verdade é a estratégia da Direita sem rumo e de uma «verdadeira Esquerda» sem noção de rumo. Mas, a avaliar pelas sondagens recentes, debalde. A constituição da nova comissão permite que a coligação negativa volte a engendrar resultados contra-natura, pelo que A Linha exprime aqui o seu repúdio de mais esta iniciativa perpetrada contra a mais elementar ética democrática. Bem esteve o líder da bancada parlamentar do PS, Francisco Assis, ao demarcar o partido de mais esta perversão da ética republicana.
Categorias
Entidades
Semanas de audições na Comissão de Ética na Assembleia só vieram confirmar, até ao momento, o propósito claro da coligação negativa parlamentar de perseguir pela insinuação aquilo que não consegue provar pelas testemunhas que são convocadas: a teoria da conspiração governamental contra a liberdade de expressão em Portugal.Perante as figuras secundárias que representam a generalidade dos partidos na Comissão, podemos no entanto destacar Agostinho Branquinho, deputado do PSD que se distinguiu na legislatura anterior por falar de «pornografia» a propósito do trabalho de Fernanda Câncio para a RTP, o que na altura suscitou vivas reacções no seu próprio partido contra a direcção da altura (Luis Filipe Meneses). Afinal, a direcção de Ferreira Leite (da qual emanam, convém observar, dois dos candidatos na actual disputa interna do partido, Aguiar Branco e Rangel) não encontrou ninguém melhor para o PSD se fazer representar na Comissão de Ética... Mais do que as múltiplas peripécias das audições, que já fomos aqui comentando, notável foi a participação do camarada Arons de Carvalho, verdadeiro especialista de comunicação social e político de outra estirpe, a quem bastou exprimir-se no seu modo habitual para adquirir uma estatura gigantesca no meio de tanta pequenez...Agora, prossegue a teoria da conspiração (promovida por aqueles que acusam o Primeiro Ministro de se vitimizar!), com a criação de mais uma comissão sem objecto. Repetir uma mentira até que a tomem por verdade é a estratégia da Direita sem rumo e de uma «verdadeira Esquerda» sem noção de rumo. Mas, a avaliar pelas sondagens recentes, debalde. A constituição da nova comissão permite que a coligação negativa volte a engendrar resultados contra-natura, pelo que A Linha exprime aqui o seu repúdio de mais esta iniciativa perpetrada contra a mais elementar ética democrática. Bem esteve o líder da bancada parlamentar do PS, Francisco Assis, ao demarcar o partido de mais esta perversão da ética republicana.