Mais Évora: Sinais da tempestade que se aproxima

28-05-2010
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«Número de casas hipotecadas aumenta nos leilões» [TSF, 22.09.2008]«Crise faz descer para metade preço de casas postas a leilão» [JN, 28.09.2008]O depauperamento que atinge a “classe média”, devido à perda continuada de poder de compra e ao esgotamento das suas poupanças, está a conduzir à falência das famílias. Daí o aumento ameaçador dos casos de incumprimento bancário. Como os bancos não têm suporte financeiro para aguentar muito tempo estas taxas de incumprimento, a sua única solução é executar a hipoteca e colocar o imóvel no mercado para fazer dinheiro rápido. Isto acarreta obviamente graves problemas sociais e económicos, pois muitas pessoas estão em risco de perder as suas casas.Ora, colocar mais casas à venda num mercado já saturado de casas por vender, e onde os preços estagnaram ou estão mesmo a descer, será agravar a situação geral, forçando a um decréscimo no valor da habitação, colocando todos as outras hipotecas, mesmo as que estão a ser cumpridas em pior estado, pois o valor das casas deixa de ser suficiente para suportar o valor das dívidas.Podemos, assim, ver a gravidade da situação gerada apenas pela irresponsabilidade de quem dá crédito como se não houvesse amanhã e pela ignorância de quem consome crédito como se ele fosse de borla. A ajudar à festa temos a constante subida das taxas de juro que ameaçam constantemente quem tem dívidas à banca. É uma realidade muito complexa e que poucos se apercebem, ou fingem não se aperceber, da verdadeira dimensão. Esta é a primeira grande tempestade de um Inverno que se aproxima a passos largos e avassaladoramente pesados. Avizinham-se mais surpresas para os próximos meses.Note-se que, até agora, o primeiro-ministro e o governo ainda não admitiram publicamente este gravíssimo problema. Talvez por andarem entretidos na distribuição de lâmpadas e computadores, em vez de governarem.

«Número de casas hipotecadas aumenta nos leilões» [TSF, 22.09.2008]«Crise faz descer para metade preço de casas postas a leilão» [JN, 28.09.2008]O depauperamento que atinge a “classe média”, devido à perda continuada de poder de compra e ao esgotamento das suas poupanças, está a conduzir à falência das famílias. Daí o aumento ameaçador dos casos de incumprimento bancário. Como os bancos não têm suporte financeiro para aguentar muito tempo estas taxas de incumprimento, a sua única solução é executar a hipoteca e colocar o imóvel no mercado para fazer dinheiro rápido. Isto acarreta obviamente graves problemas sociais e económicos, pois muitas pessoas estão em risco de perder as suas casas.Ora, colocar mais casas à venda num mercado já saturado de casas por vender, e onde os preços estagnaram ou estão mesmo a descer, será agravar a situação geral, forçando a um decréscimo no valor da habitação, colocando todos as outras hipotecas, mesmo as que estão a ser cumpridas em pior estado, pois o valor das casas deixa de ser suficiente para suportar o valor das dívidas.Podemos, assim, ver a gravidade da situação gerada apenas pela irresponsabilidade de quem dá crédito como se não houvesse amanhã e pela ignorância de quem consome crédito como se ele fosse de borla. A ajudar à festa temos a constante subida das taxas de juro que ameaçam constantemente quem tem dívidas à banca. É uma realidade muito complexa e que poucos se apercebem, ou fingem não se aperceber, da verdadeira dimensão. Esta é a primeira grande tempestade de um Inverno que se aproxima a passos largos e avassaladoramente pesados. Avizinham-se mais surpresas para os próximos meses.Note-se que, até agora, o primeiro-ministro e o governo ainda não admitiram publicamente este gravíssimo problema. Talvez por andarem entretidos na distribuição de lâmpadas e computadores, em vez de governarem.

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