Candidatura de Alegre tenta renegociar dívida que rondará os 300 mil euros

05-02-2011
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A subvenção pública ficou abaixo das expectativas e o PS e BE não vão aumentar as suas contribuições. Direcção da campanha propõe aos fornecedores uma redução de 10 por cento

A candidatura de Manuel Alegre está a tentar renegociar contratos com diversos fornecedores, pedindo uma redução de 10 por cento, de forma a diminuir o prejuízo da campanha eleitoral. O montante da subvenção pública que Alegre vai receber, 834 mil euros (calculado pela votação no candidato, 19,75 por cento), ficou muito abaixo das expectativas da candidatura, que, no orçamento entregue à Entidade das Contas, previa uma subvenção de 1,35 milhões de euros e um total de receitas de 1,9 milhões.

A contribuição dos partidos que o apoiaram, PS e Bloco de Esquerda (BE), também não poderá suprir a despesa orçamentada - 1,64 milhões de euros -, uma vez que os socialistas deram 400 mil euros e os bloquistas 100 mil euros. Mas o total da despesa antecipada à Entidade das Contas poderá não corresponder aos custos efectivos da campanha. O PÚBLICO tentou, até ao fecho desta edição, contactar o mandatário financeiro de Alegre, António Carlos dos Santos, e o director de campanha, Duarte Cordeiro, mas tal não foi possível.

No entanto, o valor da despesa real estará muito próximo daquele que foi orçamentado, avançou fonte da candidatura. Isto significa que a dívida rondará os 300 mil euros¸ uma vez que a soma da subvenção com a contribuição do PS e BE é pouco mais de 1,3 milhões. No quadro das receitas, a candidatura previu ainda um montante para os donativos, mas o valor apresentado foi de 50 mil euros. No entanto, além da renegociação de contratos, a candidatura esforça-se agora por recolher mais contributos de apoiantes. Até porque um apoio adicional do PS e do BE parece estar excluído. José Lello, responsável pelas finanças do PS, disse que os 400 mil euros já foram integralmente atribuídos à candidatura e negou a possibilidade de o PS aumentar o seu contributo. "Vivemos em tempos de contenção", disse. E acrescentou que "inicialmente [o apoio] era menos".

Quanto aos 100 mil euros atribuídos pelo BE, o deputado Jorge Costa afirmou que o montante ainda não foi totalmente entregue à candidatura. Porém, o bloquista desvaloriza qualquer preocupação com a dívida - "não há drama" -, confirmando a renegociação de alguns contratos. "A rede de fornecedores já trabalha no pressuposto dos atrasos", nota. É o caso de Rui Simões, director Real Ficção, que realizou e produziu 13 tempos de antena. Simões confirmou ao PÚBLICO que recebeu uma proposta de Duarte Cordeiro para reformular o contrato, reduzindo 10 por cento dos custos. Pela segunda vez a trabalhar com Alegre (já o tinha feito nas presidenciais de 2006), afirma que vai aceitar a diminuição dos custos, recusando, porém, adiantar qual o valor da dívida. Nas despesas orçamentadas, a propaganda e a comunicação impressa e digital apresentam o valor de 300 mil euros.

Também a Born, empresa responsável pela elaboração dos dois outdoors de Alegre, ainda não recebeu qualquer pagamento. A candidatura anunciou, no seu site, que seria "muito contida nos outdoors", espalhando pelo país "apenas 450", mas acabou por encomendar um segundo outdoor. A Born informou "não partilhar esse tipo de informação", quando questionada sobre o montante da dívida. Mas na descrição das despesas previstas pode ler-se que "estruturas, cartazes e telas" correspondem a 490 mil euros.

A subvenção pública ficou abaixo das expectativas e o PS e BE não vão aumentar as suas contribuições. Direcção da campanha propõe aos fornecedores uma redução de 10 por cento

A candidatura de Manuel Alegre está a tentar renegociar contratos com diversos fornecedores, pedindo uma redução de 10 por cento, de forma a diminuir o prejuízo da campanha eleitoral. O montante da subvenção pública que Alegre vai receber, 834 mil euros (calculado pela votação no candidato, 19,75 por cento), ficou muito abaixo das expectativas da candidatura, que, no orçamento entregue à Entidade das Contas, previa uma subvenção de 1,35 milhões de euros e um total de receitas de 1,9 milhões.

A contribuição dos partidos que o apoiaram, PS e Bloco de Esquerda (BE), também não poderá suprir a despesa orçamentada - 1,64 milhões de euros -, uma vez que os socialistas deram 400 mil euros e os bloquistas 100 mil euros. Mas o total da despesa antecipada à Entidade das Contas poderá não corresponder aos custos efectivos da campanha. O PÚBLICO tentou, até ao fecho desta edição, contactar o mandatário financeiro de Alegre, António Carlos dos Santos, e o director de campanha, Duarte Cordeiro, mas tal não foi possível.

No entanto, o valor da despesa real estará muito próximo daquele que foi orçamentado, avançou fonte da candidatura. Isto significa que a dívida rondará os 300 mil euros¸ uma vez que a soma da subvenção com a contribuição do PS e BE é pouco mais de 1,3 milhões. No quadro das receitas, a candidatura previu ainda um montante para os donativos, mas o valor apresentado foi de 50 mil euros. No entanto, além da renegociação de contratos, a candidatura esforça-se agora por recolher mais contributos de apoiantes. Até porque um apoio adicional do PS e do BE parece estar excluído. José Lello, responsável pelas finanças do PS, disse que os 400 mil euros já foram integralmente atribuídos à candidatura e negou a possibilidade de o PS aumentar o seu contributo. "Vivemos em tempos de contenção", disse. E acrescentou que "inicialmente [o apoio] era menos".

Quanto aos 100 mil euros atribuídos pelo BE, o deputado Jorge Costa afirmou que o montante ainda não foi totalmente entregue à candidatura. Porém, o bloquista desvaloriza qualquer preocupação com a dívida - "não há drama" -, confirmando a renegociação de alguns contratos. "A rede de fornecedores já trabalha no pressuposto dos atrasos", nota. É o caso de Rui Simões, director Real Ficção, que realizou e produziu 13 tempos de antena. Simões confirmou ao PÚBLICO que recebeu uma proposta de Duarte Cordeiro para reformular o contrato, reduzindo 10 por cento dos custos. Pela segunda vez a trabalhar com Alegre (já o tinha feito nas presidenciais de 2006), afirma que vai aceitar a diminuição dos custos, recusando, porém, adiantar qual o valor da dívida. Nas despesas orçamentadas, a propaganda e a comunicação impressa e digital apresentam o valor de 300 mil euros.

Também a Born, empresa responsável pela elaboração dos dois outdoors de Alegre, ainda não recebeu qualquer pagamento. A candidatura anunciou, no seu site, que seria "muito contida nos outdoors", espalhando pelo país "apenas 450", mas acabou por encomendar um segundo outdoor. A Born informou "não partilhar esse tipo de informação", quando questionada sobre o montante da dívida. Mas na descrição das despesas previstas pode ler-se que "estruturas, cartazes e telas" correspondem a 490 mil euros.

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