Ora bem, vinha eu um dia destes no “16 pa Benfica”, vindo de um dia estafante de faculdade, quando, na Praça de Espanha me deparo com o cartaz acima postado. Nem é mal pensado, pensei eu, aproveitaram o cliché do primeiro-ministro para fazerem um cartaz com um bom nível de comicidade.Mas não estou aqui para falar do cartaz em geral, mas sim na frase que aparece menos salientada, aquela que diz “Quem nos meteu na crise não nos tira dela”. Quando olhei para esta frase pensei, das duas uma, ou isto é um engano ou estão a referir-se somente a uma das pessoas da foto.Em primeiro lugar porque, como a maioria das pessoas sabe, a “crise” foi desencadeada por um conjunto de fenómenos e ocorrências a nível mundial, não sendo da responsabilidade deste executivo, que na minha opinião foi apanhado em contra pé quando estava a executar um programa de saneamento das finanças públicas. Ou seja, atribuir a culpa de uma crise mundial, que afectou dezenas de países, ao governo português é, no mínimo, um engano.Em segundo lugar existia a hipótese da frase se estar a referir não ao primeiro-ministro mas sim ao presidente da comissão europeia, Durão Barroso, que aquando do mandato que executou no período de 2002 a 2004, não se preocupou com a manutenção da economia nacional, deixando o país com um défice algo elevado, em crise, vá.Considerando que Durão Barroso já não detém nenhuma responsabilidade sobre o governo de Portugal, uma vez que se ocupa um cargo a nível europeu, seria um tanto ou quanto desapropriado ir “lá chama-lo” para vir resolver o problema.Ora, isto leva-me a crer que se trata mesmo da primeira opção, que considero reprovável, uma vez que esta critica se apoia em factos não verdadeiros que visam misturar duas causas distintas para o actual estado da nação, e arremessar a culpa para o actual governo, apesar de este ter estado a preparar um conjunto de acções para contrariar esta turbulência internacional.Renato Vieira
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Ora bem, vinha eu um dia destes no “16 pa Benfica”, vindo de um dia estafante de faculdade, quando, na Praça de Espanha me deparo com o cartaz acima postado. Nem é mal pensado, pensei eu, aproveitaram o cliché do primeiro-ministro para fazerem um cartaz com um bom nível de comicidade.Mas não estou aqui para falar do cartaz em geral, mas sim na frase que aparece menos salientada, aquela que diz “Quem nos meteu na crise não nos tira dela”. Quando olhei para esta frase pensei, das duas uma, ou isto é um engano ou estão a referir-se somente a uma das pessoas da foto.Em primeiro lugar porque, como a maioria das pessoas sabe, a “crise” foi desencadeada por um conjunto de fenómenos e ocorrências a nível mundial, não sendo da responsabilidade deste executivo, que na minha opinião foi apanhado em contra pé quando estava a executar um programa de saneamento das finanças públicas. Ou seja, atribuir a culpa de uma crise mundial, que afectou dezenas de países, ao governo português é, no mínimo, um engano.Em segundo lugar existia a hipótese da frase se estar a referir não ao primeiro-ministro mas sim ao presidente da comissão europeia, Durão Barroso, que aquando do mandato que executou no período de 2002 a 2004, não se preocupou com a manutenção da economia nacional, deixando o país com um défice algo elevado, em crise, vá.Considerando que Durão Barroso já não detém nenhuma responsabilidade sobre o governo de Portugal, uma vez que se ocupa um cargo a nível europeu, seria um tanto ou quanto desapropriado ir “lá chama-lo” para vir resolver o problema.Ora, isto leva-me a crer que se trata mesmo da primeira opção, que considero reprovável, uma vez que esta critica se apoia em factos não verdadeiros que visam misturar duas causas distintas para o actual estado da nação, e arremessar a culpa para o actual governo, apesar de este ter estado a preparar um conjunto de acções para contrariar esta turbulência internacional.Renato Vieira