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27-12-2009
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o secretário-geral da Juventude Socialista, Duarte Cordeiro, lamenta a "atitude discriminatória" da Igreja Católica em relação às pessoas do mesmo sexo que lutam pelo direito ao casamento, considerando que isso é "muito negativo", sobretudo para os jovens.

Duarte Cordeiro falava à Agência Lusa na sequência de declarações do porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), padre Manuel Morujão, que, entre outras afirmações, disse que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma "ameaça" à sociedade portuguesa.

O dirigente da Juventude Socialista (JS) disse ser "desagradável" que a Igreja Católica tenha uma "atitude discriminatória" que atinge todos os cidadãos, "mas sobretudo os mais novos que têm medo de assumir a sua orientação sexual".

Lembrou, a propósito, que a Constituição da República Portuguesa é "muito clara" quando refere que ninguém deve ser discriminado em função da sua orientação sexual, o que contraria muitos dos argumentos invocados pela Igreja no domínio do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Por outro lado, Duarte Cordeiro sublinhou que "o que está em causa não é o casamento católico entre pessoas do mesmo sexo, mas o casamento civil", em que é o Estado e não a Igreja que reconhece tal união.

O secretário-geral da JS admitiu não ter ficado surpreendido com a postura da Igreja em relação a este tema, mas alertou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo, sendo também uma questão de direitos humanos e de dignidade das pessoas, terá futuramente um desfecho favorável.

Até lá, "nas zonas mais conservadoras e religiosas do país", muitas pessoas "não assumirão as relações" porque o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é admitido, previu o dirigente da JS.

Duarte Cordeiro disse, também, ser uma "falácia" o argumento que esta questão possa "distrair" as pessoas da crise económica, alegando que as empresas não deixam de laborar e a Assembleia da República não deixa de legislar por causa do debate sobre o assunto.

"Não é justo colocar esta questão a par do combate à crise", acentuou.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reiterou hoje, em Fátima, que o casamento entre pessoas do mesmo sexo "vai dividir os portugueses" e que há outras prioridades em que os políticos "se deveriam empenhar".

No final, o secretário da instituição, padre Manuel Morujão, alertou que uma dessas prioridades é a "crise", assim como "dar os apoios que as famílias precisam para responder aos desafios actuais".

"[O casamentos entre pessoas do mesmo sexo] é uma ofensa ao casamento que é, por natureza própria, heterossexual", afirmou o porta-voz da CEP, que defendeu: "Para casos diferentes, soluções diferentes".

o secretário-geral da Juventude Socialista, Duarte Cordeiro, lamenta a "atitude discriminatória" da Igreja Católica em relação às pessoas do mesmo sexo que lutam pelo direito ao casamento, considerando que isso é "muito negativo", sobretudo para os jovens.

Duarte Cordeiro falava à Agência Lusa na sequência de declarações do porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), padre Manuel Morujão, que, entre outras afirmações, disse que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma "ameaça" à sociedade portuguesa.

O dirigente da Juventude Socialista (JS) disse ser "desagradável" que a Igreja Católica tenha uma "atitude discriminatória" que atinge todos os cidadãos, "mas sobretudo os mais novos que têm medo de assumir a sua orientação sexual".

Lembrou, a propósito, que a Constituição da República Portuguesa é "muito clara" quando refere que ninguém deve ser discriminado em função da sua orientação sexual, o que contraria muitos dos argumentos invocados pela Igreja no domínio do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Por outro lado, Duarte Cordeiro sublinhou que "o que está em causa não é o casamento católico entre pessoas do mesmo sexo, mas o casamento civil", em que é o Estado e não a Igreja que reconhece tal união.

O secretário-geral da JS admitiu não ter ficado surpreendido com a postura da Igreja em relação a este tema, mas alertou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo, sendo também uma questão de direitos humanos e de dignidade das pessoas, terá futuramente um desfecho favorável.

Até lá, "nas zonas mais conservadoras e religiosas do país", muitas pessoas "não assumirão as relações" porque o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é admitido, previu o dirigente da JS.

Duarte Cordeiro disse, também, ser uma "falácia" o argumento que esta questão possa "distrair" as pessoas da crise económica, alegando que as empresas não deixam de laborar e a Assembleia da República não deixa de legislar por causa do debate sobre o assunto.

"Não é justo colocar esta questão a par do combate à crise", acentuou.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reiterou hoje, em Fátima, que o casamento entre pessoas do mesmo sexo "vai dividir os portugueses" e que há outras prioridades em que os políticos "se deveriam empenhar".

No final, o secretário da instituição, padre Manuel Morujão, alertou que uma dessas prioridades é a "crise", assim como "dar os apoios que as famílias precisam para responder aos desafios actuais".

"[O casamentos entre pessoas do mesmo sexo] é uma ofensa ao casamento que é, por natureza própria, heterossexual", afirmou o porta-voz da CEP, que defendeu: "Para casos diferentes, soluções diferentes".

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