MAIS ACTUAL: Crónicas do Sistema (III)

26-05-2011
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A situação que se vive na Câmara de Lisboa mais parece um grande charco onde cabem todos: políticos, construtores e promotores imobiliários.BASTA, SENHOR PRESIDENTEA recomendação da Provedoria de Justiça sobre um empreendimento na avenida Infante Santo, em Lisboa, é arrasadora para Carmona Rodrigues, presidente da Câmara de Lisboa.Nos últimos meses, a gestão do autarca tem sido sistematicamente posta em causa por inicativas de vereadores da oposição, algumas das quais já deram origem a participações criminais e queixas administrativas. A principal câmara do país não pode viver na iminência da perda de mandato do seu presidente. Há limites para o combate político, mas também há limites para a suspeita de corrupção, favorecimento e abuso de poder que está a enlamear a Câmara de Lisboa.As autoridades judiciárias não podem fazer de conta que não se está a passar nada. E têm de colocar um ponto final na lógica do facto consumado que tem alimentado todas as negociatas urbanísticas e imobiliárias por esse país fora. Viola-se a lei, arranca-se com o empreendimento e depois, passados alguns anos, as autarquias e o Estado já não têm dinheiro para fazer marcha-atrás, concedendo um prémio a todo o tipo de diatribes impensáveis.A iniciativa parlamentar de João Cravinho, deputado do PS, que apresentou uma série de medidas para combater a corrupção, não deve ser suficiente para apaziguar as consciências dos governantes e da oposição. É tempo de acabar com esta impunidade.

A situação que se vive na Câmara de Lisboa mais parece um grande charco onde cabem todos: políticos, construtores e promotores imobiliários.BASTA, SENHOR PRESIDENTEA recomendação da Provedoria de Justiça sobre um empreendimento na avenida Infante Santo, em Lisboa, é arrasadora para Carmona Rodrigues, presidente da Câmara de Lisboa.Nos últimos meses, a gestão do autarca tem sido sistematicamente posta em causa por inicativas de vereadores da oposição, algumas das quais já deram origem a participações criminais e queixas administrativas. A principal câmara do país não pode viver na iminência da perda de mandato do seu presidente. Há limites para o combate político, mas também há limites para a suspeita de corrupção, favorecimento e abuso de poder que está a enlamear a Câmara de Lisboa.As autoridades judiciárias não podem fazer de conta que não se está a passar nada. E têm de colocar um ponto final na lógica do facto consumado que tem alimentado todas as negociatas urbanísticas e imobiliárias por esse país fora. Viola-se a lei, arranca-se com o empreendimento e depois, passados alguns anos, as autarquias e o Estado já não têm dinheiro para fazer marcha-atrás, concedendo um prémio a todo o tipo de diatribes impensáveis.A iniciativa parlamentar de João Cravinho, deputado do PS, que apresentou uma série de medidas para combater a corrupção, não deve ser suficiente para apaziguar as consciências dos governantes e da oposição. É tempo de acabar com esta impunidade.

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