MAIS ACTUAL: Crónicas do Sistema (XIII)

25-05-2011
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O arranque da segunda fase da ”Operação Furacão“ tem entusiasmado a comunicação social. Até quando? MAIS DO MESMO A grande ofensiva contra a corrupção e o branqueamento de capitais, ao mais alto nível, conheceu uma nova evolução. Depois dos bancos, das empresas de consultadoria e de um punhado de escritórios de advogados, um ano e três meses depois chegou a vez das buscas às construtoras e a mais umas empresas avulsas, o que constitui, para já, mais um passo em frente no vazio.Até agora, nada se sabe, em concreto, sobre o andamento das investigações que agitaram a alta finança, os grandes empresários e os barões da advocacia, ao contrário do que é normal (veja-se o caso espanhol da ”Operação Suéter“).É preciso dar o benefício da dúvida a Cândida Almeida, que foi a grande derrotada na substituição de Souto Moura na liderança do Ministério Público, mas tal só se justifica se houver um sinal concreto em como a actual investigação está determinada em ir até às últimas consequências.Das duas uma: ou estamos perante uma investigação que é para levar a sério, ou então estamos perante mais um show off, tão do agrado de uma uma nova elite no poder.O tempo corre a favor dos que duvidam das capacidades da procuradora-geral adjunta, que lidera o DCIAP (super departamento do Ministério Público), em fazer avançar uma operação de tamanha envergadura.O elogio fácil da comunicação social a uma das mulheres mais poderosas de Portugal, com mais e melhor informação, é o pior serviço que se pode fazer à super procuradora. A magistrada merece mais, muito mais do que elogios de circunstância.Não bastam umas buscas. Como também não basta fazer uma acusação tardia, como é o caso do deputado António Preto, se o processo estiver condenado em tribunal por erros clamorosos da investigação.Numa investigação como a da ”Operação Furacão“ é preciso muito mais. É necessário exigência e determinação para não vacilar perante a influência do poder político, sobretudo num caso em que há suspeitas de poder haver ligações ao finaciamento partidário ilícito.Em causa está a credibilidade da Justiça, a competência de Cândida Almeida e da sua equipa e o futuro do DCIAP, pelo que ainda é muito cedo para fazer a festa.

O arranque da segunda fase da ”Operação Furacão“ tem entusiasmado a comunicação social. Até quando? MAIS DO MESMO A grande ofensiva contra a corrupção e o branqueamento de capitais, ao mais alto nível, conheceu uma nova evolução. Depois dos bancos, das empresas de consultadoria e de um punhado de escritórios de advogados, um ano e três meses depois chegou a vez das buscas às construtoras e a mais umas empresas avulsas, o que constitui, para já, mais um passo em frente no vazio.Até agora, nada se sabe, em concreto, sobre o andamento das investigações que agitaram a alta finança, os grandes empresários e os barões da advocacia, ao contrário do que é normal (veja-se o caso espanhol da ”Operação Suéter“).É preciso dar o benefício da dúvida a Cândida Almeida, que foi a grande derrotada na substituição de Souto Moura na liderança do Ministério Público, mas tal só se justifica se houver um sinal concreto em como a actual investigação está determinada em ir até às últimas consequências.Das duas uma: ou estamos perante uma investigação que é para levar a sério, ou então estamos perante mais um show off, tão do agrado de uma uma nova elite no poder.O tempo corre a favor dos que duvidam das capacidades da procuradora-geral adjunta, que lidera o DCIAP (super departamento do Ministério Público), em fazer avançar uma operação de tamanha envergadura.O elogio fácil da comunicação social a uma das mulheres mais poderosas de Portugal, com mais e melhor informação, é o pior serviço que se pode fazer à super procuradora. A magistrada merece mais, muito mais do que elogios de circunstância.Não bastam umas buscas. Como também não basta fazer uma acusação tardia, como é o caso do deputado António Preto, se o processo estiver condenado em tribunal por erros clamorosos da investigação.Numa investigação como a da ”Operação Furacão“ é preciso muito mais. É necessário exigência e determinação para não vacilar perante a influência do poder político, sobretudo num caso em que há suspeitas de poder haver ligações ao finaciamento partidário ilícito.Em causa está a credibilidade da Justiça, a competência de Cândida Almeida e da sua equipa e o futuro do DCIAP, pelo que ainda é muito cedo para fazer a festa.

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