A insustentável situação do BPP

16-07-2010
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A situação do Banco Privado Português (BPP) está a prolongar-se para lá do aceitável e do sustentável. O pedido de substituição da administração de Adão da Fonseca - entretanto, recusado pelo Banco de Portugal - é mais um episódio numa tragicocomédia cada vez mais difícil de compreender.

Como é que não se consegue arranjar uma solução para um banco que representa menos de 1% do sistema financeiro e que foi intervencionado em Novembro? Entretanto, os clientes continuam com as contas congeladas e a imagem do país está a ficar prejudicada. Obviamente que há questões jurídicas complexas, como perceber se os clientes foram enganados quando subscreveram os produtos de retorno absoluto. No entanto, isso não pode servir de justificação para tudo.

Já foram conhecidas várias propostas para o banco e para o retorno absoluto. Todas tinham como denominador comum a intervenção do Estado. Por isso, o ministro das Finanças é um actor determinante na questão do BPP. Compreende-se a sua preocupação em proteger o dinheiro dos contribuintes e não o querer envolver num mini-banco. Mas há a situação dos depositantes que é preciso salvaguardar e há um plano do Governo para o BPP, apresentado por Teixeira dos Santos, que continua por concretizar. Portanto, está na altura de as Finanças fazerem um ponto de situação sobre o seu plano para o banco e revelarem quando vai estar no terreno. O tempo urge.

A situação do Banco Privado Português (BPP) está a prolongar-se para lá do aceitável e do sustentável. O pedido de substituição da administração de Adão da Fonseca - entretanto, recusado pelo Banco de Portugal - é mais um episódio numa tragicocomédia cada vez mais difícil de compreender.

Como é que não se consegue arranjar uma solução para um banco que representa menos de 1% do sistema financeiro e que foi intervencionado em Novembro? Entretanto, os clientes continuam com as contas congeladas e a imagem do país está a ficar prejudicada. Obviamente que há questões jurídicas complexas, como perceber se os clientes foram enganados quando subscreveram os produtos de retorno absoluto. No entanto, isso não pode servir de justificação para tudo.

Já foram conhecidas várias propostas para o banco e para o retorno absoluto. Todas tinham como denominador comum a intervenção do Estado. Por isso, o ministro das Finanças é um actor determinante na questão do BPP. Compreende-se a sua preocupação em proteger o dinheiro dos contribuintes e não o querer envolver num mini-banco. Mas há a situação dos depositantes que é preciso salvaguardar e há um plano do Governo para o BPP, apresentado por Teixeira dos Santos, que continua por concretizar. Portanto, está na altura de as Finanças fazerem um ponto de situação sobre o seu plano para o banco e revelarem quando vai estar no terreno. O tempo urge.

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