Trabalhadores das Páginas Amarelas contestam despedimento junto à sede da PT

28-12-2010
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Os trabalhadores das Páginas Amarelas têm realizado outras ações de protesto contra a PT Andre Kosters/Lusa

Cerca de 20 trabalhadores das Páginas Amarelas concentraram-se hoje em frente à sede da Portugal Telecom (PT) para contestar o despedimento coletivo de 70 profissionais, ação simbólica realizada no dia da distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas.

"As Páginas Amarelas são uma empresa com lucro. Tivemos cerca de seis milhões de euros de lucro o ano passado. Não se justifica este despedimento de 70 trabalhadores efetivos" de um total de 420, disse à agência Lusa Helena Oliveira, da comissão de trabalhadores das Páginas Amarelas.

"Se não ganharmos a providência cautelar de suspensão do despedimento vamos todos parar ao desemprego. Estamos todos muito preocupados e não sabemos como vai ser o Natal do ano que vem", disse ainda a responsável.

Os trabalhadores das Páginas Amarelas têm realizado ações de protesto contra a PT, que detém 25% da empresa e apesar desta ter votado contra o despedimento coletivo em sede de conselho de administração das Páginas Amarelas.

Despedimento coletivo

A 10 de novembro, fonte oficial da PT tinha explicado à Lusa que a decisão de despedimento foi tomada a 28 de setembro pelo conselho de administração da Páginas Amarelas, em que "implicava a saída de alguns trabalhadores através do mecanismo do despedimento coletivo".

À semelhança do que fizeram no protesto aquando o jantar de Natal do grupo PT, em Lisboa, os trabalhadores das Páginas Amarelas surgiram com tambores e pandeiretas e levaram ainda uma árvore de Natal, onde se encontravam bolas de papel com os nomes de cada colega afetado pelo despedimento coletivo.

Diversas malas com dinheiro falso foram também uma das marcas do protesto de hoje, simbólico por decorrer no dia do pagamento de um dividendo excecional no âmbito da proposta de nova política de remuneração acionista, após a venda da operadora brasileira Vivo.

Apoio do movimento Precários Inflexíveis

Desta vez o protesto contou ainda com o movimento Precários Inflexíveis, presente não só por "solidariedade" para com os trabalhadores alvos de um "ataque brutal da chamada estratégia de austeridade" mas também porque, sustentam, os despedimentos de efetivos representaram a entrada de trabalhadores precários.

"Somos contra esta estratégia de precarização no emprego. Esses trabalhadores que têm vínculos precários vão perder laborais e isso sustenta uma lógica de lucro a qualquer preço com consequências gravíssimas para a sociedade", disse à Lusa João Almeida, dos Precários Inflexíveis.

O conselho de administração da Páginas Amarelas é composto por cinco elementos: dois administradores da PT, dois administradores da Truvo - grupo que detém os restantes 75% da empresa - e um presidente independente.

Os trabalhadores das Páginas Amarelas têm realizado outras ações de protesto contra a PT Andre Kosters/Lusa

Cerca de 20 trabalhadores das Páginas Amarelas concentraram-se hoje em frente à sede da Portugal Telecom (PT) para contestar o despedimento coletivo de 70 profissionais, ação simbólica realizada no dia da distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas.

"As Páginas Amarelas são uma empresa com lucro. Tivemos cerca de seis milhões de euros de lucro o ano passado. Não se justifica este despedimento de 70 trabalhadores efetivos" de um total de 420, disse à agência Lusa Helena Oliveira, da comissão de trabalhadores das Páginas Amarelas.

"Se não ganharmos a providência cautelar de suspensão do despedimento vamos todos parar ao desemprego. Estamos todos muito preocupados e não sabemos como vai ser o Natal do ano que vem", disse ainda a responsável.

Os trabalhadores das Páginas Amarelas têm realizado ações de protesto contra a PT, que detém 25% da empresa e apesar desta ter votado contra o despedimento coletivo em sede de conselho de administração das Páginas Amarelas.

Despedimento coletivo

A 10 de novembro, fonte oficial da PT tinha explicado à Lusa que a decisão de despedimento foi tomada a 28 de setembro pelo conselho de administração da Páginas Amarelas, em que "implicava a saída de alguns trabalhadores através do mecanismo do despedimento coletivo".

À semelhança do que fizeram no protesto aquando o jantar de Natal do grupo PT, em Lisboa, os trabalhadores das Páginas Amarelas surgiram com tambores e pandeiretas e levaram ainda uma árvore de Natal, onde se encontravam bolas de papel com os nomes de cada colega afetado pelo despedimento coletivo.

Diversas malas com dinheiro falso foram também uma das marcas do protesto de hoje, simbólico por decorrer no dia do pagamento de um dividendo excecional no âmbito da proposta de nova política de remuneração acionista, após a venda da operadora brasileira Vivo.

Apoio do movimento Precários Inflexíveis

Desta vez o protesto contou ainda com o movimento Precários Inflexíveis, presente não só por "solidariedade" para com os trabalhadores alvos de um "ataque brutal da chamada estratégia de austeridade" mas também porque, sustentam, os despedimentos de efetivos representaram a entrada de trabalhadores precários.

"Somos contra esta estratégia de precarização no emprego. Esses trabalhadores que têm vínculos precários vão perder laborais e isso sustenta uma lógica de lucro a qualquer preço com consequências gravíssimas para a sociedade", disse à Lusa João Almeida, dos Precários Inflexíveis.

O conselho de administração da Páginas Amarelas é composto por cinco elementos: dois administradores da PT, dois administradores da Truvo - grupo que detém os restantes 75% da empresa - e um presidente independente.

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