Resistência à regionalização no PSD e PS

23-09-2010
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Conselheiro do presidente do PSD para a área económica impõe condições. Defensor Moura, candidato a Belém, "recusa liminarmente"

a São ainda poucas, mas começaram já a escutar-se vozes contra a proposta social-democrata para dar um novo alento à regionalização. No PSD, um dos principais conselheiros do líder impõe condições. Dentro do PS, Defensor Moura, candidato a Belém e militante do partido manifestou-se contra a ideia da região-piloto.

Sem ter sido o mais assertivo nas reticências colocadas à solução que o seu PSD apresentou na proposta de revisão constitucional, Nogueira Leite fez saber da sua discordância através da rede social Twitter. Colocou um post onde se podia ler: "Admito que o PSD fale de regionalização, se assumir redução drástica do numero de concelhos e freguesias. Senão nem aceito discutir com esta crise." A posição de Nogueira Leite ganha relevo devido à sua actual posição. É um dos principais conselheiros de Passos Coelho para a economia e foi quem negociou o PEC II em nome dos sociais-democratas.

Quem "recusa liminarmente a criação de uma qualquer região-piloto" é Defensor Moura. O candidato a Belém, ex-deputado e autarca socialista, que se assume como o "único candidato à Presidência da República que se manifestou apoiante da regionalização" considera que "a designação prévia de uma qualquer região-piloto pelo poder central, deixando as restantes para as calendas, seria mais uma inadmissível expressão do centralismo da administração pública portuguesa".

Ainda assim, a proposta foi bem acolhida por outros, nomeadamente por quem defende a regionalização.

Marco António Costa, presidente da distrital do Porto no PSD, classificou a proposta como um "passo significativo" no processo: "[A regionalização] só vencerá resistências quando comprovadamente se verificar que pode ser um facto importante para o desenvolvimento do país."

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Miguel Freitas, presidente do PS Algarve, foi rápido a oferecer aquela zona do país para testar a proposta: "No caso de haver um acordo relativamente a um processo gradual, é evidente que o Algarve é a região que está mais bem preparada para avançar para a regionalização."

Mendes Bota, presidente do Movimento Cívico Regiões, Sim! e dirigente social-democrata, classificou a ideia como "um passo positivo, e que vai ao encontro de propostas formuladas o ano passado nesse sentido pelo Movimento Cívico Regiões, Sim!

O PSD incluiu a regionalização na revisão constitucional através da proposta de arranque gradual. A ideia era começar com uma experiência-piloto numa única região. Segundo Passos Coelho, a solução proposta permitiria arrancar com a regionalização de uma forma menos onerosa para os cofres do Estado. "Avançar hoje de forma audaciosa podia aumentar a incerteza [junto das entidades externas] e criar fora do país a ideia de que não só não sabemos tratar bem das nossas contas, como ainda nos preparamos para aumentar grandemente as nossas dificuldades."

Conselheiro do presidente do PSD para a área económica impõe condições. Defensor Moura, candidato a Belém, "recusa liminarmente"

a São ainda poucas, mas começaram já a escutar-se vozes contra a proposta social-democrata para dar um novo alento à regionalização. No PSD, um dos principais conselheiros do líder impõe condições. Dentro do PS, Defensor Moura, candidato a Belém e militante do partido manifestou-se contra a ideia da região-piloto.

Sem ter sido o mais assertivo nas reticências colocadas à solução que o seu PSD apresentou na proposta de revisão constitucional, Nogueira Leite fez saber da sua discordância através da rede social Twitter. Colocou um post onde se podia ler: "Admito que o PSD fale de regionalização, se assumir redução drástica do numero de concelhos e freguesias. Senão nem aceito discutir com esta crise." A posição de Nogueira Leite ganha relevo devido à sua actual posição. É um dos principais conselheiros de Passos Coelho para a economia e foi quem negociou o PEC II em nome dos sociais-democratas.

Quem "recusa liminarmente a criação de uma qualquer região-piloto" é Defensor Moura. O candidato a Belém, ex-deputado e autarca socialista, que se assume como o "único candidato à Presidência da República que se manifestou apoiante da regionalização" considera que "a designação prévia de uma qualquer região-piloto pelo poder central, deixando as restantes para as calendas, seria mais uma inadmissível expressão do centralismo da administração pública portuguesa".

Ainda assim, a proposta foi bem acolhida por outros, nomeadamente por quem defende a regionalização.

Marco António Costa, presidente da distrital do Porto no PSD, classificou a proposta como um "passo significativo" no processo: "[A regionalização] só vencerá resistências quando comprovadamente se verificar que pode ser um facto importante para o desenvolvimento do país."

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Miguel Freitas, presidente do PS Algarve, foi rápido a oferecer aquela zona do país para testar a proposta: "No caso de haver um acordo relativamente a um processo gradual, é evidente que o Algarve é a região que está mais bem preparada para avançar para a regionalização."

Mendes Bota, presidente do Movimento Cívico Regiões, Sim! e dirigente social-democrata, classificou a ideia como "um passo positivo, e que vai ao encontro de propostas formuladas o ano passado nesse sentido pelo Movimento Cívico Regiões, Sim!

O PSD incluiu a regionalização na revisão constitucional através da proposta de arranque gradual. A ideia era começar com uma experiência-piloto numa única região. Segundo Passos Coelho, a solução proposta permitiria arrancar com a regionalização de uma forma menos onerosa para os cofres do Estado. "Avançar hoje de forma audaciosa podia aumentar a incerteza [junto das entidades externas] e criar fora do país a ideia de que não só não sabemos tratar bem das nossas contas, como ainda nos preparamos para aumentar grandemente as nossas dificuldades."

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