Mais pelo Minho: Referendo? O que é isso?

18-12-2009
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A política tem destas coisas. E, infelizmente, tem destas coisas muitas vezes. O que hoje é mentira, amanhã é a mais pura das verdades e a luta de hoje contra o que está mal passa a ser, amanhã, a defesa de tudo aquilo contra o que se lutava ontem.Defensor Moura, (ainda) presidente da Câmara de Viana do Castelo, lutou, em Janeiro, contra a integração do seu município na Comunidade Intermunicipal Minho-Lima. Lutou, na minha opinião, sem razão de ser. Mas lutou, convicto de que estava certo, com uma força tal que não ousou em chamar às urnas os seus munícipes para referendarem essa adesão. Ganhou o referendo, ainda que sem força de lei, mas ganhou a sua luta. E ganhou mais! Ganhou oportunidade (há quem lhe chame coragem) e vá de criticar os eleitos do seu distrito, do seu partido, no Parlamento. Ganhou, por isso mesmo, mais alguns inimigos, nomeadamente os seus colegas autarcas socialistas do Alto Minho. E perdeu, também... Perdeu a hipótese de voltar a concorrer à Câmara de Viana do Castelo pelo Partido Socialista. Quando se luta por aquilo em que se acredita, são riscos que se correm.Mas eis que, com Defensor Moura arredado da corrida autárquica e empurrado para o Parlamento nas próximas legislativas, o seu sucessor nas próximas eleições autárquicas, seu colega na vereação socialista de Viana do Castelo, chega-se à frente e... assim de repente, praticamente arrasa toda a razão da luta de Moura. A pensar na cadeira do poder em Viana, já admite, logo após as autárquicas, fazer o que Defensor Moura criticou e que lhe custou a cabeça, e levar Viana do Castelo para a CIM Minho-Lima.Fez-se um referendo? Fez-se. Gastaram-se milhares em campanha e logística? Sim, gastaram-se. Valeu de alguma coisa? Aparentemente sim, valeu a promoção do líder da concelhia a (candidato a) presidente da Câmara. E assim vai a política no Alto Minho.


A política tem destas coisas. E, infelizmente, tem destas coisas muitas vezes. O que hoje é mentira, amanhã é a mais pura das verdades e a luta de hoje contra o que está mal passa a ser, amanhã, a defesa de tudo aquilo contra o que se lutava ontem.Defensor Moura, (ainda) presidente da Câmara de Viana do Castelo, lutou, em Janeiro, contra a integração do seu município na Comunidade Intermunicipal Minho-Lima. Lutou, na minha opinião, sem razão de ser. Mas lutou, convicto de que estava certo, com uma força tal que não ousou em chamar às urnas os seus munícipes para referendarem essa adesão. Ganhou o referendo, ainda que sem força de lei, mas ganhou a sua luta. E ganhou mais! Ganhou oportunidade (há quem lhe chame coragem) e vá de criticar os eleitos do seu distrito, do seu partido, no Parlamento. Ganhou, por isso mesmo, mais alguns inimigos, nomeadamente os seus colegas autarcas socialistas do Alto Minho. E perdeu, também... Perdeu a hipótese de voltar a concorrer à Câmara de Viana do Castelo pelo Partido Socialista. Quando se luta por aquilo em que se acredita, são riscos que se correm.Mas eis que, com Defensor Moura arredado da corrida autárquica e empurrado para o Parlamento nas próximas legislativas, o seu sucessor nas próximas eleições autárquicas, seu colega na vereação socialista de Viana do Castelo, chega-se à frente e... assim de repente, praticamente arrasa toda a razão da luta de Moura. A pensar na cadeira do poder em Viana, já admite, logo após as autárquicas, fazer o que Defensor Moura criticou e que lhe custou a cabeça, e levar Viana do Castelo para a CIM Minho-Lima.Fez-se um referendo? Fez-se. Gastaram-se milhares em campanha e logística? Sim, gastaram-se. Valeu de alguma coisa? Aparentemente sim, valeu a promoção do líder da concelhia a (candidato a) presidente da Câmara. E assim vai a política no Alto Minho.

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