Foi oportuna esta visita do nosso Presidente à Cova da Moura. Não se pode abrandar o discurso da tolerância, e há momentos em que esse discurso tem de ser politicamente destacado.Contudo, e se é verdade, é incompreensivel que Sampaio peça autorização ao embaixador de Cabo Verde para visitar a Cova da Moura. E se pediu autorização, é incompreensivel que os serviços da Presidência não tenham guardado segredo. Então o presidente pede um visto para visitar um bairro em Lisboa?A visita presidencial correu bem, e julgo que teve o efeito desejado. Confesso, no entanto, que tive muita dificuldade em encontrar a nossa primeira dama. De t-shirt branca e "rabo de cavalo" confundia-se com os seguranças...A luta pela integração das comunidades africanas - já é um lugar-comum dizê-lo - tem de começar nas escolas e nas gerações mais novas. Talvez não fosse pior haver professores especiais para as escolas destes bairros. Professores com esperiência nos PALOP's, antigos cooperantes, de regresso a Portugal. O Ministério da Educação não deveria - nos concursos de professores- tratar todas as escolas por igual, porque nem todas as escolas são iguais.
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Foi oportuna esta visita do nosso Presidente à Cova da Moura. Não se pode abrandar o discurso da tolerância, e há momentos em que esse discurso tem de ser politicamente destacado.Contudo, e se é verdade, é incompreensivel que Sampaio peça autorização ao embaixador de Cabo Verde para visitar a Cova da Moura. E se pediu autorização, é incompreensivel que os serviços da Presidência não tenham guardado segredo. Então o presidente pede um visto para visitar um bairro em Lisboa?A visita presidencial correu bem, e julgo que teve o efeito desejado. Confesso, no entanto, que tive muita dificuldade em encontrar a nossa primeira dama. De t-shirt branca e "rabo de cavalo" confundia-se com os seguranças...A luta pela integração das comunidades africanas - já é um lugar-comum dizê-lo - tem de começar nas escolas e nas gerações mais novas. Talvez não fosse pior haver professores especiais para as escolas destes bairros. Professores com esperiência nos PALOP's, antigos cooperantes, de regresso a Portugal. O Ministério da Educação não deveria - nos concursos de professores- tratar todas as escolas por igual, porque nem todas as escolas são iguais.