O país do Burro: Sempre novos, sempre os mesmos

23-01-2011
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“Menos Estado, melhor Estado”. Embora esteja velho e gasto, este clichet é o que melhor sintetiza o programa eleitoral do PSD. Um PSD que agora se apresenta como o motor do combate à corrupção, apesar de não ter hesitado em brindar dois arguidos com a imunidade parlamentar que se seguirá à eleição nas suas listas e não obstante ter-se oposto a todas as iniciativas legislativas da esquerda para a combater, um PSD que agora promete enriquecer o país e que, juntamente com o PS, é um dos principais responsáveis pelo seu empobrecimento, um PSD que agora se diz apostado em pôr fim ao dirigismo asfixiante do Estado e que, quando foi poder, nunca resistiu a fazer do Estado o mesmo que o seu rival PS, colocando-o ao serviço dos seus boys e das empresas dos seus empresários. Menos Estado e melhor Estado como e para quem? Tem havido cada vez menos e pior Estado para a maioria dos portugueses, tem havido mais e melhor Estado para uma minoria de bem colocados próximos do poder. É uma transferência de Estado com 35 anos. Os mesmos 35 em que assistimos, invariavelmente, à mesma cena patética dos sempre “novos” PSD e PS a acusarem-se mutuamente para se verem livres de si próprios, para que não nos vejamos livres dos dois. E foram eles. Tudo o que somos foi obra sua. De um e do outro. Iguais a si próprios, sempre novos, sempre os mesmos. De sempre.


“Menos Estado, melhor Estado”. Embora esteja velho e gasto, este clichet é o que melhor sintetiza o programa eleitoral do PSD. Um PSD que agora se apresenta como o motor do combate à corrupção, apesar de não ter hesitado em brindar dois arguidos com a imunidade parlamentar que se seguirá à eleição nas suas listas e não obstante ter-se oposto a todas as iniciativas legislativas da esquerda para a combater, um PSD que agora promete enriquecer o país e que, juntamente com o PS, é um dos principais responsáveis pelo seu empobrecimento, um PSD que agora se diz apostado em pôr fim ao dirigismo asfixiante do Estado e que, quando foi poder, nunca resistiu a fazer do Estado o mesmo que o seu rival PS, colocando-o ao serviço dos seus boys e das empresas dos seus empresários. Menos Estado e melhor Estado como e para quem? Tem havido cada vez menos e pior Estado para a maioria dos portugueses, tem havido mais e melhor Estado para uma minoria de bem colocados próximos do poder. É uma transferência de Estado com 35 anos. Os mesmos 35 em que assistimos, invariavelmente, à mesma cena patética dos sempre “novos” PSD e PS a acusarem-se mutuamente para se verem livres de si próprios, para que não nos vejamos livres dos dois. E foram eles. Tudo o que somos foi obra sua. De um e do outro. Iguais a si próprios, sempre novos, sempre os mesmos. De sempre.

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