Defesa do Interesse Público: [Notícia] Janelão da Casa da Música não ficará tapado por edifício

15-10-2009
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JORNAL DE NOTÍCIAS . Grande Porto . 16/4/2005Janelão da Casa da Música não ficará tapado por edifíciopor Carla Sofia LuzDiálogo:Câmara cede terreno municipal nas traseiras do equipamento à Adicais que permite estender a futura sede do BPN e libertar a vista do auditório;Rui Rio juntou Koolhaas e Ginestal;Rem Koolhaas defendeu, no encontro de ontem, uma envolvente edificada para a Casa da MúsicaAs negociações já começaram. O lote nas traseiras da Casa da Música vai ter construção, mas o janelão do equipamento não será tapado. A Câmara do Porto comprometeu-se a ceder o terreno contíguo ao da Adicais - Investimentos Imobiliários, tendo a sociedade concordado em propôr uma nova solução urbanística para a envolvente. Ainda sem fumo branco, os primeiros passos para o consenso foram dados, ontem de manhã, na reunião que juntou Rui Rio, os arquitectos Rem Koolhaas e Ginestal Machado e Rui Costa, presidente do Conselho de Administração da Adicais.O arquitecto holandês acedeu ao convite, feito anteontem por Rui Rio, e trouxe esquissos e ideias para o futuro remate urbano do equipamento cultural no encontro na Câmara, que se realizou a meio da manhã. O objectivo é libertar o janelão e manter o ângulo actual de visão do auditório da Casa da Música. O projecto aprovado para a futura sede do Banco Português de Negócios tapa 80% do janelão. Merece, por isso, o desacordo de Koolhaas, que é favorável à existência de construção nas traseiras da Casa da Música.Na acta da sessão, divulgada no site da autarquia, é referido que Koolhaas e Ginestal Machado "foram unânimes na defesa da existência de construção para o local, considerando que, urbanisticamente, uma envolvente edificada é benéfica para o enquadramento da Casa da Música". Aliás, o arquitecto holandês - acompanhado de alguns elementos da sua equipa - manifestou que não foi surpreendido pelo edifício, pois, ao idealizar o equipamento cultural na Boavista, sabia da "existência dos projectos de construção previstos para a envolvente".Cedência a votaçãoA presença de Rem Koolhaas no Porto para a inauguração da Casa da Música (ler páginas 42 e 43) foi determinante para obter-se o encontro de vontades, que nunca foi alcançado anteriormente nas negociações entre a Câmara e a Adicais desde 2002 até ao ano passado."O facto do arquitecto estar no Porto possibilitou um encontro, que procurava há muito tempo, mas não tinha conseguido. Posso dar o lote 2, se for necessário, e também estou disponível para aprovar tudo o que merecer o acordo de ambas as partes, dentro da capacidade construtiva permitida", explicou, ao JN, Rui Rio, presidente da Câmara portuense.Face à disponibilidade municipal para a cedência do lote 2 - terreno que chegou a ser dado ao Conservatório de Música do Porto e, posteriormente, devolvido pela Direcção Regional de Educação do Norte à autarquia. Essa propriedade fica contígua à parcela adquirida, em hasta pública, pela Adicais, com 13 506 metros quadrados de capacidade construtiva. A união dos dois lotes permitirá executar uma solução urbanística distinta, abrindo um canal para a manutenção das vistas do auditório. Mas o licenciamento de uma proposta alternativa obriga à oficialização da entrega do segundo lote, que terá de ser votada no Executivo e na Assembleia Municipal do Porto.Agora, cabe a Ginestal Machado desenvolver o novo projecto para uma área de implantação maior. Os dois escritórios de arquitectura manterão contactos, até se encontrar a solução consensal. A harmonização da futura sede do BPN com a Casa da Música deverá ser conseguida em pouco tempo, face à vontade da Adicais de iniciar a execução do edifício em breve, até porque tem três anos e oito meses para finalizá-lo."Se houver mais terreno, haverá um novo projecto. Vamos trabalhar uma proposta urbanística diferente, que crie condições para libertar o ângulo visual", sublinhou, também, o arquitecto Ginestal Machado. Na próxima semana, deverá realizar-se nova reunião na autarquia e já poderá haver uma solução concreta para discutir. Na acta do encontro de ontem, é referenciado que "as partes decidiram proceder, de imediato, ao desenvolvimento dos trabalhos de concepção, com a participação da Câmara".

JORNAL DE NOTÍCIAS . Grande Porto . 16/4/2005Janelão da Casa da Música não ficará tapado por edifíciopor Carla Sofia LuzDiálogo:Câmara cede terreno municipal nas traseiras do equipamento à Adicais que permite estender a futura sede do BPN e libertar a vista do auditório;Rui Rio juntou Koolhaas e Ginestal;Rem Koolhaas defendeu, no encontro de ontem, uma envolvente edificada para a Casa da MúsicaAs negociações já começaram. O lote nas traseiras da Casa da Música vai ter construção, mas o janelão do equipamento não será tapado. A Câmara do Porto comprometeu-se a ceder o terreno contíguo ao da Adicais - Investimentos Imobiliários, tendo a sociedade concordado em propôr uma nova solução urbanística para a envolvente. Ainda sem fumo branco, os primeiros passos para o consenso foram dados, ontem de manhã, na reunião que juntou Rui Rio, os arquitectos Rem Koolhaas e Ginestal Machado e Rui Costa, presidente do Conselho de Administração da Adicais.O arquitecto holandês acedeu ao convite, feito anteontem por Rui Rio, e trouxe esquissos e ideias para o futuro remate urbano do equipamento cultural no encontro na Câmara, que se realizou a meio da manhã. O objectivo é libertar o janelão e manter o ângulo actual de visão do auditório da Casa da Música. O projecto aprovado para a futura sede do Banco Português de Negócios tapa 80% do janelão. Merece, por isso, o desacordo de Koolhaas, que é favorável à existência de construção nas traseiras da Casa da Música.Na acta da sessão, divulgada no site da autarquia, é referido que Koolhaas e Ginestal Machado "foram unânimes na defesa da existência de construção para o local, considerando que, urbanisticamente, uma envolvente edificada é benéfica para o enquadramento da Casa da Música". Aliás, o arquitecto holandês - acompanhado de alguns elementos da sua equipa - manifestou que não foi surpreendido pelo edifício, pois, ao idealizar o equipamento cultural na Boavista, sabia da "existência dos projectos de construção previstos para a envolvente".Cedência a votaçãoA presença de Rem Koolhaas no Porto para a inauguração da Casa da Música (ler páginas 42 e 43) foi determinante para obter-se o encontro de vontades, que nunca foi alcançado anteriormente nas negociações entre a Câmara e a Adicais desde 2002 até ao ano passado."O facto do arquitecto estar no Porto possibilitou um encontro, que procurava há muito tempo, mas não tinha conseguido. Posso dar o lote 2, se for necessário, e também estou disponível para aprovar tudo o que merecer o acordo de ambas as partes, dentro da capacidade construtiva permitida", explicou, ao JN, Rui Rio, presidente da Câmara portuense.Face à disponibilidade municipal para a cedência do lote 2 - terreno que chegou a ser dado ao Conservatório de Música do Porto e, posteriormente, devolvido pela Direcção Regional de Educação do Norte à autarquia. Essa propriedade fica contígua à parcela adquirida, em hasta pública, pela Adicais, com 13 506 metros quadrados de capacidade construtiva. A união dos dois lotes permitirá executar uma solução urbanística distinta, abrindo um canal para a manutenção das vistas do auditório. Mas o licenciamento de uma proposta alternativa obriga à oficialização da entrega do segundo lote, que terá de ser votada no Executivo e na Assembleia Municipal do Porto.Agora, cabe a Ginestal Machado desenvolver o novo projecto para uma área de implantação maior. Os dois escritórios de arquitectura manterão contactos, até se encontrar a solução consensal. A harmonização da futura sede do BPN com a Casa da Música deverá ser conseguida em pouco tempo, face à vontade da Adicais de iniciar a execução do edifício em breve, até porque tem três anos e oito meses para finalizá-lo."Se houver mais terreno, haverá um novo projecto. Vamos trabalhar uma proposta urbanística diferente, que crie condições para libertar o ângulo visual", sublinhou, também, o arquitecto Ginestal Machado. Na próxima semana, deverá realizar-se nova reunião na autarquia e já poderá haver uma solução concreta para discutir. Na acta do encontro de ontem, é referenciado que "as partes decidiram proceder, de imediato, ao desenvolvimento dos trabalhos de concepção, com a participação da Câmara".

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