estradas perdidas: PROTAGONISTAS DE "AO VOLANTE DO PODER" NO DEBATE DO ORÇAMENTO DO ESTADO

23-12-2009
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Um grande número de protagonistas do livro "Ao Volante do Poder" (ver blog www.aovolantedopoder.blogspot.com), editado dia 17 de Outubro pela Bertrand e que relata peripécias dos nossos políticos em visita a Nova Iorque, estão desde ontem na Assembleia da República, em Lisboa, a participar no debate do Orçamento de Estado para 2008. MULHERES E LIMUSINASOutros estarão, com certeza, a assistir em casa ou nos seus gabinetes, em Portugal ou no estrangeiro. Entre eles deverá estar um ex-primeiro-ministro e um ex-ministro, citados no capítulo "Mulheres e Limusinas": "Numa viagem a Nova Iorque, o então primeiro-ministro encontrava-se alojado num hotel e um dos seus ministros noutra unidade hoteleira. Um assessor do primeiro-ministro veio pedir-me para espiaro ministro. Mais tarde, este soube que o assessor tinha andado lápelo hotel e deu ordens para que tentassem saber o que outro tinhaandado lá a fazer. O ministro não fazia ideia de que o assessor foralá, procurando que eu desse conta dos passos do mesmo. Deixei-os aespiarem-se uns aos outros...A participar, na AR, destacamos por exemplo,Jaime Gama, o líder da bancada parlamentar do PSD, Pedro Santana Lopes, o deputado Correia de Jesus, o actual primeiro-ministro José Sócrates, o actual ministro das Finanças, Teixeira dos Santos e muitos outros.TEIXEIRA DOS SANTOS E A ROUTE 66Recorde-se que foi Pedro Faria, o protagonista do "Ao Volante do Poder" quem, depois de transportar diversas vezes Teixeira dos Santos, inclusivamente por esse bairro famoso da Big Apple que se chama Bronx, quem organizou ao actual ministro uma viagem na Route 66. O mesmo Teixeira dos Santos é citado, por exemplo, nas páginas 85, 86, 102 e 114:Leia-se na página 102: "Já na sua qualidade de ministro das Finanças, acompanhei-o quatrodias na reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), emWashington. Num dos dias da estadia, um assessor disse-lhe que existiapressão de certas pessoas do Partido Socialista para que as vagaspara directores de serviços fossem preenchidas por gente do partido.Teixeira dos Santos respondeu um pouco irritado: «É-me indiferenteque as pessoas sejam do Benfica, do Sporting ou do Futebol Clube doPorto. Vou escolher as mais competentes».CORREIA DE JESUS EM NOVA IORQUECorreia de Jesus é outro protagonista que visitava Nova Iorque e em especial os clubes luso-americanos da área: "Outro orador militante era o madeirense e social-democrata Correia de Jesus, secretário de Estado das Comunidades do governo deCavaco Silva. Adorava presentear a comunidade com improvisos. Nofim do discurso, segurava-me as duas abas do casaco e perguntava:«Pedro Faria, falei bem?»SANTANA LOPES E AS ASSESSORASSantana Lopes também foi transportado pela empresa do co-autor do livro e é citado na página 122: "Santana Lopes, então secretário de Estado da Cultura, deslocou-sea Washington a uma exposição e requisitou uma limusina longa parasi e mais cinco ou seis belas assessoras. No regresso, transportei-o aoJFK para que pudesse apanhar o Concorde. Conseguiu apanhar o aviãomas alguém se esqueceu de me pagar parte dos fretes..."JAIME GAMA E A LIBERTAÇÃO DE TIMOR-LESTERecordemos que o livro está à venda na FNAC, nas livrarias Bertrand e em algumas livrarias independentes e contem entre outros, episódios sobre os bastidores das negociações pela libertação de Timor-Leste, como este: "Quando não conseguia contactar directamente Jaime Gama, AntónioGuterres ligava para o meu telemóvel. Numa ocasião, Jaime Gamaencontrava-se no exterior da viatura na Brodway, a folhear livros emsegunda-mão, e fui eu que atendi o então primeiro-ministro.Transportara Jaime Gama a um almoço com o então secretário--geral das Nações Unidas, Kofi Annan e Ali Alatas, quando a Indonésiafinalmente cedeu em relação a Timor-Leste. Nada fazia prevero que iria acontecer nessa refeição. Quando o ministro chegou aocarro, não cabia em si de contentamento: «Pedro Faria, você não vaiacreditar, o governo indonésio atirou a toalha ao chão!». O que até hábem pouco tempo era considerado impensável, acontecera e eu fora aprimeira pessoa a saber. Gama perguntou-me pelos seus assessores epegou em seguida no telefone para comunicar com Lisboa.

Um grande número de protagonistas do livro "Ao Volante do Poder" (ver blog www.aovolantedopoder.blogspot.com), editado dia 17 de Outubro pela Bertrand e que relata peripécias dos nossos políticos em visita a Nova Iorque, estão desde ontem na Assembleia da República, em Lisboa, a participar no debate do Orçamento de Estado para 2008. MULHERES E LIMUSINASOutros estarão, com certeza, a assistir em casa ou nos seus gabinetes, em Portugal ou no estrangeiro. Entre eles deverá estar um ex-primeiro-ministro e um ex-ministro, citados no capítulo "Mulheres e Limusinas": "Numa viagem a Nova Iorque, o então primeiro-ministro encontrava-se alojado num hotel e um dos seus ministros noutra unidade hoteleira. Um assessor do primeiro-ministro veio pedir-me para espiaro ministro. Mais tarde, este soube que o assessor tinha andado lápelo hotel e deu ordens para que tentassem saber o que outro tinhaandado lá a fazer. O ministro não fazia ideia de que o assessor foralá, procurando que eu desse conta dos passos do mesmo. Deixei-os aespiarem-se uns aos outros...A participar, na AR, destacamos por exemplo,Jaime Gama, o líder da bancada parlamentar do PSD, Pedro Santana Lopes, o deputado Correia de Jesus, o actual primeiro-ministro José Sócrates, o actual ministro das Finanças, Teixeira dos Santos e muitos outros.TEIXEIRA DOS SANTOS E A ROUTE 66Recorde-se que foi Pedro Faria, o protagonista do "Ao Volante do Poder" quem, depois de transportar diversas vezes Teixeira dos Santos, inclusivamente por esse bairro famoso da Big Apple que se chama Bronx, quem organizou ao actual ministro uma viagem na Route 66. O mesmo Teixeira dos Santos é citado, por exemplo, nas páginas 85, 86, 102 e 114:Leia-se na página 102: "Já na sua qualidade de ministro das Finanças, acompanhei-o quatrodias na reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), emWashington. Num dos dias da estadia, um assessor disse-lhe que existiapressão de certas pessoas do Partido Socialista para que as vagaspara directores de serviços fossem preenchidas por gente do partido.Teixeira dos Santos respondeu um pouco irritado: «É-me indiferenteque as pessoas sejam do Benfica, do Sporting ou do Futebol Clube doPorto. Vou escolher as mais competentes».CORREIA DE JESUS EM NOVA IORQUECorreia de Jesus é outro protagonista que visitava Nova Iorque e em especial os clubes luso-americanos da área: "Outro orador militante era o madeirense e social-democrata Correia de Jesus, secretário de Estado das Comunidades do governo deCavaco Silva. Adorava presentear a comunidade com improvisos. Nofim do discurso, segurava-me as duas abas do casaco e perguntava:«Pedro Faria, falei bem?»SANTANA LOPES E AS ASSESSORASSantana Lopes também foi transportado pela empresa do co-autor do livro e é citado na página 122: "Santana Lopes, então secretário de Estado da Cultura, deslocou-sea Washington a uma exposição e requisitou uma limusina longa parasi e mais cinco ou seis belas assessoras. No regresso, transportei-o aoJFK para que pudesse apanhar o Concorde. Conseguiu apanhar o aviãomas alguém se esqueceu de me pagar parte dos fretes..."JAIME GAMA E A LIBERTAÇÃO DE TIMOR-LESTERecordemos que o livro está à venda na FNAC, nas livrarias Bertrand e em algumas livrarias independentes e contem entre outros, episódios sobre os bastidores das negociações pela libertação de Timor-Leste, como este: "Quando não conseguia contactar directamente Jaime Gama, AntónioGuterres ligava para o meu telemóvel. Numa ocasião, Jaime Gamaencontrava-se no exterior da viatura na Brodway, a folhear livros emsegunda-mão, e fui eu que atendi o então primeiro-ministro.Transportara Jaime Gama a um almoço com o então secretário--geral das Nações Unidas, Kofi Annan e Ali Alatas, quando a Indonésiafinalmente cedeu em relação a Timor-Leste. Nada fazia prevero que iria acontecer nessa refeição. Quando o ministro chegou aocarro, não cabia em si de contentamento: «Pedro Faria, você não vaiacreditar, o governo indonésio atirou a toalha ao chão!». O que até hábem pouco tempo era considerado impensável, acontecera e eu fora aprimeira pessoa a saber. Gama perguntou-me pelos seus assessores epegou em seguida no telefone para comunicar com Lisboa.

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