As regras do FMI

20-04-2011
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Empréstimos por três anos, reembolsos só ao fim de dez

Mesmo se o pacote de assistência financeira para Portugal vai vigorar durante três anos, os empréstimos europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI) só terão de ser reembolsados até 2021.

Na prática, o país só terá de pagar juros durante os primeiros três anos em que a ajuda será canalizada para Portugal - em princípio, 80 mil milhões de euros, dos quais cerca de 53 mil milhões dos países da zona euro e do orçamento comunitário, e 27 mil milhões a cargo do FM. A partir de 2014, Portugal disporá de um prazo de sete anos e meio para reembolsar a totalidade do que receber.

Este prazo alargado foi definido pelos países do euro logo de raiz no pacote de ajuda à Irlanda, em Novembro passado, e estendido em Março à Grécia, cujo programa original previa a amortização ao fim de apenas três anos.

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O prolongamento dos prazos, que também se aplicará a Portugal, foi acompanhado de uma decisão, tomada igualmente em Março, de redução das taxas de juro exigidas aos países "ajudados". Os juros, calculados a partir da taxa a que os fundos europeus levantam fundos no mercado, eram inicialmente majorados de uma penalidade de três pontos percentuais (300 pontos de base) para eliminar qualquer elemento de "subsídio", como pretendido pela Alemanha.

Com a decisão de Março, que já está a ser aplicada à Grécia mas só será generalizada a partir do Verão, a penalidade é reduzida em 100 pontos de base. Este passo permitiu a Atenas passar a pagar 4,2 por cento para os empréstimos a três anos (em vez dos 5,7 por cento iniciais), e 4,7 por cento nas maturidades a sete anos.

No arranque do seu programa específico, Portugal deverá ter taxas de juro próximas das fixadas inicialmente para Atenas. Só que, logo que a decisão sobre a redução dos juros entrar em vigor, depois de Junho, Portugal vai poder beneficiar do mesmo corte de 100 pontos de base, com efeitos retroactivos para o início do programa. Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas

Empréstimos por três anos, reembolsos só ao fim de dez

Mesmo se o pacote de assistência financeira para Portugal vai vigorar durante três anos, os empréstimos europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI) só terão de ser reembolsados até 2021.

Na prática, o país só terá de pagar juros durante os primeiros três anos em que a ajuda será canalizada para Portugal - em princípio, 80 mil milhões de euros, dos quais cerca de 53 mil milhões dos países da zona euro e do orçamento comunitário, e 27 mil milhões a cargo do FM. A partir de 2014, Portugal disporá de um prazo de sete anos e meio para reembolsar a totalidade do que receber.

Este prazo alargado foi definido pelos países do euro logo de raiz no pacote de ajuda à Irlanda, em Novembro passado, e estendido em Março à Grécia, cujo programa original previa a amortização ao fim de apenas três anos.

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O prolongamento dos prazos, que também se aplicará a Portugal, foi acompanhado de uma decisão, tomada igualmente em Março, de redução das taxas de juro exigidas aos países "ajudados". Os juros, calculados a partir da taxa a que os fundos europeus levantam fundos no mercado, eram inicialmente majorados de uma penalidade de três pontos percentuais (300 pontos de base) para eliminar qualquer elemento de "subsídio", como pretendido pela Alemanha.

Com a decisão de Março, que já está a ser aplicada à Grécia mas só será generalizada a partir do Verão, a penalidade é reduzida em 100 pontos de base. Este passo permitiu a Atenas passar a pagar 4,2 por cento para os empréstimos a três anos (em vez dos 5,7 por cento iniciais), e 4,7 por cento nas maturidades a sete anos.

No arranque do seu programa específico, Portugal deverá ter taxas de juro próximas das fixadas inicialmente para Atenas. Só que, logo que a decisão sobre a redução dos juros entrar em vigor, depois de Junho, Portugal vai poder beneficiar do mesmo corte de 100 pontos de base, com efeitos retroactivos para o início do programa. Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas

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