Inspecção quer saber se há reclamações de doentes por lhes terem pedido medicamentos

20-04-2011
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Ministra Ana Jorge criticou ontem o pedido feito a utentes pela Maternidade Alfredo da Costa

A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) mandou já a todas as administrações dos hospitais públicos uma série de perguntas questionando se alguma vez receberam reclamações acerca de pedidos de medicamentos ou outros materiais médicos feitos a doentes ou seus familiares. As unidades têm que responder à inspecção ainda durante este mês.

Apesar de não ter recebido nenhuma queixa formal, a IGAS avançou com o processo depois de terem vindo a público alegadas situações em que foi pedido aos doentes que levassem medicamentos.

António Arnaut, o criador da lei do Serviço Nacional de Saúde (SNS), classificou ontem de "humilhante para a dignidade do utente" e "ofensivo para o SNS" a alegada recusa e pedido de medicamentos e outro material a doentes hospitalizados. Em declarações à agência Lusa, Arnaut foi peremptório: "Os cidadãos portugueses ainda não chegaram tão baixo que possam aceitar tentativas deste género".

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Estava agendada para ontem a primeira ida de inspectores à Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. A auditoria às contas e funcionamento da instituição já estava prevista mas foi antecipada por a instituição ter feito um pedido de donativos aos seus utentes.

Prática comum

O director da maternidade lisboeta, Jorge Branco, alegou que esta é uma prática "muito comum" noutros países europeus e que "pode ajudar nas despesas" da maternidade, este ano confrontada com um "orçamento muito restritivo" e que só dá dinheiro quem quiser.

A ministra da Saúde, Ana Jorge, criticou ontem o pedido de ajuda feito pela administração da Maternidade Alfredo da Costa, que considerou "um pouco extemporâneo" e "sem razão", garantindo que "não há ruptura" no funcionamento daquela instituição.

Ministra Ana Jorge criticou ontem o pedido feito a utentes pela Maternidade Alfredo da Costa

A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) mandou já a todas as administrações dos hospitais públicos uma série de perguntas questionando se alguma vez receberam reclamações acerca de pedidos de medicamentos ou outros materiais médicos feitos a doentes ou seus familiares. As unidades têm que responder à inspecção ainda durante este mês.

Apesar de não ter recebido nenhuma queixa formal, a IGAS avançou com o processo depois de terem vindo a público alegadas situações em que foi pedido aos doentes que levassem medicamentos.

António Arnaut, o criador da lei do Serviço Nacional de Saúde (SNS), classificou ontem de "humilhante para a dignidade do utente" e "ofensivo para o SNS" a alegada recusa e pedido de medicamentos e outro material a doentes hospitalizados. Em declarações à agência Lusa, Arnaut foi peremptório: "Os cidadãos portugueses ainda não chegaram tão baixo que possam aceitar tentativas deste género".

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Estava agendada para ontem a primeira ida de inspectores à Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. A auditoria às contas e funcionamento da instituição já estava prevista mas foi antecipada por a instituição ter feito um pedido de donativos aos seus utentes.

Prática comum

O director da maternidade lisboeta, Jorge Branco, alegou que esta é uma prática "muito comum" noutros países europeus e que "pode ajudar nas despesas" da maternidade, este ano confrontada com um "orçamento muito restritivo" e que só dá dinheiro quem quiser.

A ministra da Saúde, Ana Jorge, criticou ontem o pedido de ajuda feito pela administração da Maternidade Alfredo da Costa, que considerou "um pouco extemporâneo" e "sem razão", garantindo que "não há ruptura" no funcionamento daquela instituição.

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