Troika e Governo na "fase B" da negociação

20-04-2011
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Depois das reuniões técnicas da semana passada, o resgate português vai começar a ser desenhado pelas equipas da Comissão Europeia (CE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) - a chamada troika. O valor do empréstimo, a sua duração e as contrapartidas que Portugal vai dar começam a ser negociados esta semana, com o Governo e com os partidos da oposição. O empréstimo deverá oscilar entre os 75 e os 90 mil milhões de euros. Como o próprio ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, já admitiu, as medidas de austeridade serão duras.

Na semana passada, a equipa de técnicos do CE, FMI e BCE terá feito uma análise à economia portuguesa e o levantamento das suas necessidades de financiamento. Esta semana, começa a negociação, não só entre a troika e o Governo, mas também entre este e os partidos. As equipas da CE, FMI e BCE terão contactos directos com a oposição, visto que a troika precisa de obter, no final das negociações, a garantia de que estes se comprometem a aplicar as medidas.

A semana de negociação do resgate europeu continuará, do lado português, num tom crispado. A primeira ronda entre Governo e os partidos da oposição foi marcada pelo azedume e os últimos sinais mostram que pouco mudou. José Sócrates abordou ontem o assunto para apelar para que "todas as lideranças políticas se concentrem na defesa dos interesses de Portugal".

Mas depois aconselhou os partidos a pôr de lado "quer a ânsia pelo poder, quer a disputa eleitoral". E rematou com a expectativa de que o PSD não sabotasse o seu trabalho: "O que eu espero sinceramente é que aqueles que de forma irresponsável sabotaram, puseram em causa uma solução mais favorável para Portugal, não voltem a comportar-se da mesma forma, agora que o país está a negociar com as instâncias internacionais."

Jürgen Kröger, do lado da CE, Rasmus Rüffer, do lado do BCE, e o Poul Thomsen, do lado do FMI, vão ser os rostos das negociações, que terão de ficar concluídas antes da reunião dos ministros europeus, a 16 de Maio. A base das negociações será o PEC IV. Teixeira dos Santos já admitiu que as medidas que saírem do plano de ajuda serão mais duras do que as do PEC e o próprio director-geral do FMI, Strauss-Kahn, disse na sexta-feira que "Portugal vai sofrer cortes orçamentais dolorosos e durante muito tempo". Ana Rita Faria e Nuno Sá LourençoSócrates pede à oposição que se concentre na "defesa dos interesses de Portugal" e ponha de lado "a disputa eleitoral"

Depois das reuniões técnicas da semana passada, o resgate português vai começar a ser desenhado pelas equipas da Comissão Europeia (CE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) - a chamada troika. O valor do empréstimo, a sua duração e as contrapartidas que Portugal vai dar começam a ser negociados esta semana, com o Governo e com os partidos da oposição. O empréstimo deverá oscilar entre os 75 e os 90 mil milhões de euros. Como o próprio ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, já admitiu, as medidas de austeridade serão duras.

Na semana passada, a equipa de técnicos do CE, FMI e BCE terá feito uma análise à economia portuguesa e o levantamento das suas necessidades de financiamento. Esta semana, começa a negociação, não só entre a troika e o Governo, mas também entre este e os partidos. As equipas da CE, FMI e BCE terão contactos directos com a oposição, visto que a troika precisa de obter, no final das negociações, a garantia de que estes se comprometem a aplicar as medidas.

A semana de negociação do resgate europeu continuará, do lado português, num tom crispado. A primeira ronda entre Governo e os partidos da oposição foi marcada pelo azedume e os últimos sinais mostram que pouco mudou. José Sócrates abordou ontem o assunto para apelar para que "todas as lideranças políticas se concentrem na defesa dos interesses de Portugal".

Mas depois aconselhou os partidos a pôr de lado "quer a ânsia pelo poder, quer a disputa eleitoral". E rematou com a expectativa de que o PSD não sabotasse o seu trabalho: "O que eu espero sinceramente é que aqueles que de forma irresponsável sabotaram, puseram em causa uma solução mais favorável para Portugal, não voltem a comportar-se da mesma forma, agora que o país está a negociar com as instâncias internacionais."

Jürgen Kröger, do lado da CE, Rasmus Rüffer, do lado do BCE, e o Poul Thomsen, do lado do FMI, vão ser os rostos das negociações, que terão de ficar concluídas antes da reunião dos ministros europeus, a 16 de Maio. A base das negociações será o PEC IV. Teixeira dos Santos já admitiu que as medidas que saírem do plano de ajuda serão mais duras do que as do PEC e o próprio director-geral do FMI, Strauss-Kahn, disse na sexta-feira que "Portugal vai sofrer cortes orçamentais dolorosos e durante muito tempo". Ana Rita Faria e Nuno Sá LourençoSócrates pede à oposição que se concentre na "defesa dos interesses de Portugal" e ponha de lado "a disputa eleitoral"

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