Perguntas/Respostas – Económico Weekend

28-12-2009
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Para uma peça sobre o impacto da luta dos professores nas próximas eleições, em que a deputada socialista Celeste Correia admite que o fim da maioria absoluta do PS passou pelo conflito aberto no sector da Educação e onde alguns analistas – Rui Ramos, em particular – fazem uma inversão de marcha imperfeita acerca dos professores, desdizendo o que antes disseram, sempre com os sindicatos como fantasma muito particular.

Reproduzo aqui as três respostas, visto só surgir uma na edição impressa:

Na sua opinião, e pela percepção que tem do contacto com os professores, o não voto no PS que partidos é que pode vir a beneficiar?

O não voto no PS irá beneficiar todos os partidos da oposição parlamentar pois vão dar-se dois fenómenos cumulativos: por um lado há abstencionistas que irão votar, por vezes voltando a fazê-lo em partidos em que tinham deixado de votar. Por outro, irá verificar-se saída do eleitorado flutuante (e de algum fixo e esta será a novidade) do PS para os partidos que lhe são mais próximos: o PSD à direita e o Bloco à esquerda.

A promessa dos partidos de acabar com o modelo de avaliação na próxima legislatura está a conquistar o voto dos professores?

Nem isso seria necessário, tamanha é a insatisfação dos professores para com esta liderança do PS. Só que ao prometerem algo que é pedido pela esmagadora maioria dos professores, fizeram com que muitos professores, em especial os que antes votavam PS, optassem por votar agora em outros partidos e não que preferissem abster-se.

Acha que Maria de Lurdes Rodrigues lançou medidas positivas que acabaram por ser totalmente “abafadas” com o modelo de avaliação e o Estatuto da Carreira Docente?

Acho que terá sido parcialmente ao contrário. Ou seja, Maria de Lurdes Rodrigues poderia ver reconhecido o mérito de algumas medidas, caso tivesse sabido implementá-las com a colaboração de todos os agentes educativos. Ao tentar impor inicialmente, de um modo ilegal ou mal regulamentado, medidas como as aulas de substituição ou as actividades de enriquecimento curricular, criou um clima de suspeição que depois só se agravou e tornou quase impossível o diálogo com os professores. Medidas acertadas, pelo menos no plano teórico, como algumas colocada em prática no 1º ciclo, acabaram por ser atraiçoadas pelo modo apressado e conflitual como foram implementadas, quase como se fossem críticas ao trabalho anterior dos docentes, que se limitavam a cumprir o quadro legal existente.

Para uma peça sobre o impacto da luta dos professores nas próximas eleições, em que a deputada socialista Celeste Correia admite que o fim da maioria absoluta do PS passou pelo conflito aberto no sector da Educação e onde alguns analistas – Rui Ramos, em particular – fazem uma inversão de marcha imperfeita acerca dos professores, desdizendo o que antes disseram, sempre com os sindicatos como fantasma muito particular.

Reproduzo aqui as três respostas, visto só surgir uma na edição impressa:

Na sua opinião, e pela percepção que tem do contacto com os professores, o não voto no PS que partidos é que pode vir a beneficiar?

O não voto no PS irá beneficiar todos os partidos da oposição parlamentar pois vão dar-se dois fenómenos cumulativos: por um lado há abstencionistas que irão votar, por vezes voltando a fazê-lo em partidos em que tinham deixado de votar. Por outro, irá verificar-se saída do eleitorado flutuante (e de algum fixo e esta será a novidade) do PS para os partidos que lhe são mais próximos: o PSD à direita e o Bloco à esquerda.

A promessa dos partidos de acabar com o modelo de avaliação na próxima legislatura está a conquistar o voto dos professores?

Nem isso seria necessário, tamanha é a insatisfação dos professores para com esta liderança do PS. Só que ao prometerem algo que é pedido pela esmagadora maioria dos professores, fizeram com que muitos professores, em especial os que antes votavam PS, optassem por votar agora em outros partidos e não que preferissem abster-se.

Acha que Maria de Lurdes Rodrigues lançou medidas positivas que acabaram por ser totalmente “abafadas” com o modelo de avaliação e o Estatuto da Carreira Docente?

Acho que terá sido parcialmente ao contrário. Ou seja, Maria de Lurdes Rodrigues poderia ver reconhecido o mérito de algumas medidas, caso tivesse sabido implementá-las com a colaboração de todos os agentes educativos. Ao tentar impor inicialmente, de um modo ilegal ou mal regulamentado, medidas como as aulas de substituição ou as actividades de enriquecimento curricular, criou um clima de suspeição que depois só se agravou e tornou quase impossível o diálogo com os professores. Medidas acertadas, pelo menos no plano teórico, como algumas colocada em prática no 1º ciclo, acabaram por ser atraiçoadas pelo modo apressado e conflitual como foram implementadas, quase como se fossem críticas ao trabalho anterior dos docentes, que se limitavam a cumprir o quadro legal existente.

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