Dias com árvores: O outro espelho de Vénus

06-08-2010
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Legousia pentagonia (L.) DruceBénigne Legouz de Gerland (1695-1774) foi um aristocrata francês, patrono das ciências e das artes, que fundou, em 1771, o Jardim Botânico de L'Arquebuse, em Dijon. A ele foi dedicado o género Legousia, antes chamado Specularia, que abriga 15 espécies de plantas anuais, de pequena estatura, do norte de África, região mediterrânica e Médio Oriente. Sete espécies americanas, fáceis de identificar pelas brácteas conspícuas, integravam também o género até serem arrumadas num outro (Triodanis). A Legousia mais afamada é o espelho-de-Vénus (Legousia speculum-veneris (L.) Chaix), caprichosa na companhia, preferindo a de pinheiros-silvestres em lugares montanhosos. Floresce de Maio a Julho e distingue-se da espécie nas fotos por ter folhas (simples, alternas e sésseis) onduladas nas margens e flores (hermafroditas, com cerca de 2cm de diâmetro, azuis, raramente brancas) com sépalas maiores do que as pétalas.A Legousia pentagonia (L.) Druce, de folhas com margens ciliadas, aprecia terrenos cultivados ou pedregosos. Floresce em Julho e Agosto mas, se o sol se esconde, fecha de imediato as corolas. Em cada flor, as 5 pétalas reflexas são pontiagudas com um veio mediano vincado; o estilete - a coluna ao centro com um nectário na base - tem três estigmas no topo; e o pólen, nos cinco estames que circundam o estilete, prende-se ao seu exterior penugento com a ajuda de vários insectos visitantes. O fruto é uma cápsula cilíndrica estreita (vê-se na foto da direita) contendo sementes brilhantes; em vez de se abrir completamente, rasga três janelas junto a uma das pontas.Habituados às flores em sino das campanuláceas, demorámos a perceber que esta flor lilás estrelada poderia ser da mesma família. Tornou-se, por isso, a nossa referência, neste ano, para medir o deslumbre e o prazer que estes achados nos têm concedido.


Legousia pentagonia (L.) DruceBénigne Legouz de Gerland (1695-1774) foi um aristocrata francês, patrono das ciências e das artes, que fundou, em 1771, o Jardim Botânico de L'Arquebuse, em Dijon. A ele foi dedicado o género Legousia, antes chamado Specularia, que abriga 15 espécies de plantas anuais, de pequena estatura, do norte de África, região mediterrânica e Médio Oriente. Sete espécies americanas, fáceis de identificar pelas brácteas conspícuas, integravam também o género até serem arrumadas num outro (Triodanis). A Legousia mais afamada é o espelho-de-Vénus (Legousia speculum-veneris (L.) Chaix), caprichosa na companhia, preferindo a de pinheiros-silvestres em lugares montanhosos. Floresce de Maio a Julho e distingue-se da espécie nas fotos por ter folhas (simples, alternas e sésseis) onduladas nas margens e flores (hermafroditas, com cerca de 2cm de diâmetro, azuis, raramente brancas) com sépalas maiores do que as pétalas.A Legousia pentagonia (L.) Druce, de folhas com margens ciliadas, aprecia terrenos cultivados ou pedregosos. Floresce em Julho e Agosto mas, se o sol se esconde, fecha de imediato as corolas. Em cada flor, as 5 pétalas reflexas são pontiagudas com um veio mediano vincado; o estilete - a coluna ao centro com um nectário na base - tem três estigmas no topo; e o pólen, nos cinco estames que circundam o estilete, prende-se ao seu exterior penugento com a ajuda de vários insectos visitantes. O fruto é uma cápsula cilíndrica estreita (vê-se na foto da direita) contendo sementes brilhantes; em vez de se abrir completamente, rasga três janelas junto a uma das pontas.Habituados às flores em sino das campanuláceas, demorámos a perceber que esta flor lilás estrelada poderia ser da mesma família. Tornou-se, por isso, a nossa referência, neste ano, para medir o deslumbre e o prazer que estes achados nos têm concedido.

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