Dias com árvores: Aprendendo a olhar

28-05-2010
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. Embora estivesse pouca gente na Fundação Eng. António de Almeida à hora marcada para o início da palestra no passado sábado, a sala lá se foi compondo e acabámos por registar quase quarenta ouvintes.A chuva terá obviamente dissuadido algumas presenças, mas a primeira parte do programa decorreu em local abrigado, com uma janela espreitando discretamente a promessa do jardim; e, quando chegou a altura de sairmos, recebeu-nos um odor a terra fresca num jardim reluzente, acabado de lavar.Teresa Andresen une um raro dom de comunicar com uma óbvia paixão pelos jardins e um profundo conhecimento da génese e história desses lugares que, na Terra, criam uma frágil evocação do paraíso. Começando por recordar alguns dos grandes mestres jardineiros (Marques Loureiro, Jacinto de Matos, Moreira da Silva) que marcaram a história e o carácter urbano do Porto nos séculos XIX e XX, e terminando com uma citação de Sophia de Mello Breyner Andresen, ofereceu-nos uma viagem fotográfica por jardins de várias épocas e lugares; aprendemos como o jardim se mostra ou se esconde, como se fecha sobre si próprio ou se abre à paisagem envolvente. Visitámos de seguida, por gentileza da Fundação, a Casa Museu do Eng. António de Almeida. Apesar de a casa, seguindo o gosto da época, não ter acesso directo ao jardim, a presença das flores é uma constante: quadros, tapeçarias, papel de parede, porcelanas, móveis, cortinas - tudo é decorado com motivos florais.No jardim reinavam azáleas, rododendros, camélias e um carvalho soberbo ostentando a folhagem nova.Não houve garden party como nos tempos de Olga Andresen, a senhora da casa, embora a chuva não tivesse faltado e os músicos de granito, hoje mais corroídos pela humidade, lá continuassem expectantes. Uma óptima tarde de sábado em Abril..


. Embora estivesse pouca gente na Fundação Eng. António de Almeida à hora marcada para o início da palestra no passado sábado, a sala lá se foi compondo e acabámos por registar quase quarenta ouvintes.A chuva terá obviamente dissuadido algumas presenças, mas a primeira parte do programa decorreu em local abrigado, com uma janela espreitando discretamente a promessa do jardim; e, quando chegou a altura de sairmos, recebeu-nos um odor a terra fresca num jardim reluzente, acabado de lavar.Teresa Andresen une um raro dom de comunicar com uma óbvia paixão pelos jardins e um profundo conhecimento da génese e história desses lugares que, na Terra, criam uma frágil evocação do paraíso. Começando por recordar alguns dos grandes mestres jardineiros (Marques Loureiro, Jacinto de Matos, Moreira da Silva) que marcaram a história e o carácter urbano do Porto nos séculos XIX e XX, e terminando com uma citação de Sophia de Mello Breyner Andresen, ofereceu-nos uma viagem fotográfica por jardins de várias épocas e lugares; aprendemos como o jardim se mostra ou se esconde, como se fecha sobre si próprio ou se abre à paisagem envolvente. Visitámos de seguida, por gentileza da Fundação, a Casa Museu do Eng. António de Almeida. Apesar de a casa, seguindo o gosto da época, não ter acesso directo ao jardim, a presença das flores é uma constante: quadros, tapeçarias, papel de parede, porcelanas, móveis, cortinas - tudo é decorado com motivos florais.No jardim reinavam azáleas, rododendros, camélias e um carvalho soberbo ostentando a folhagem nova.Não houve garden party como nos tempos de Olga Andresen, a senhora da casa, embora a chuva não tivesse faltado e os músicos de granito, hoje mais corroídos pela humidade, lá continuassem expectantes. Uma óptima tarde de sábado em Abril..

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