Dias com árvores: Paineira ou sumaúma?

19-12-2009
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Jardim BotânicoO nome científico desta árvore, que até há pouco era Chorisia speciosa, tem dado azo a algumas confusões. O género Chorisia foi incorporado no género Ceiba, mas alguém com autoridade no assunto decretou erradamente que duas espécies antes diferenciadas, C. speciosa e C. insignis, seriam apenas variedades da mesma espécie (que ficaria a chamar-se Ceiba insignis). Esse erro acabou por ser corrigido, mas deixou marcas nalgumas placas dos nossos jardins botânicos. A Ceiba speciosa é uma espécie brasileira, com grandes flores rosadas, folhas compostas digitadas, tronco espinhento verde (nos espécimes jovens) ou cinzento (nos adultos); a Ceiba insignis, proveniente do Perú e Equador, é em tudo semelhante, com a diferença de que tem flores amarelas. Enquanto não há floração é difícil distinguir as duas espécies; por isso temos de esperar alguns anos para decidir se as jovens Ceibas do Jardim Botânico do Porto, plantadas em redor de um lago com nenúfares e no canteiro das suculentas, são speciosas ou insignis. Jardim das VirtudesQuanto à árvore adulta no Jardim das Virtudes, no Porto, as flores não deixam dúvida de que se trata de uma C. speciosa. Desta vez floresceu um pouco mais cedo do que em anos anteriores, mas o clima da nossa cidade não lhe é muito favorável: a floração é sempre escassa e não há produção de frutos, que seriam grandes cápsulas recheadas de paina (espécie de rama branca). No Brasil o nome da árvore é justamente paineira ou paineira-rosa. Uma outra árvore do mesmo género, a Ceiba pentandra, também brasileira, conhecida vulgarmente por sumaúma (em inglês kapok), fornece rama de melhor qualidade, antes muito usada para recheio de colchões, coletes salva-vidas, etc. Em alguns jardins públicos portugueses (por exemplo em Angra e em Lisboa), e até em algumas publicações, atribui-se erradamente à Ceiba speciosa o nome de sumaúma, mas não nos consta que exista alguma verdadeira sumaúma em Portugal.Fotos: pva/ mdlr


Jardim BotânicoO nome científico desta árvore, que até há pouco era Chorisia speciosa, tem dado azo a algumas confusões. O género Chorisia foi incorporado no género Ceiba, mas alguém com autoridade no assunto decretou erradamente que duas espécies antes diferenciadas, C. speciosa e C. insignis, seriam apenas variedades da mesma espécie (que ficaria a chamar-se Ceiba insignis). Esse erro acabou por ser corrigido, mas deixou marcas nalgumas placas dos nossos jardins botânicos. A Ceiba speciosa é uma espécie brasileira, com grandes flores rosadas, folhas compostas digitadas, tronco espinhento verde (nos espécimes jovens) ou cinzento (nos adultos); a Ceiba insignis, proveniente do Perú e Equador, é em tudo semelhante, com a diferença de que tem flores amarelas. Enquanto não há floração é difícil distinguir as duas espécies; por isso temos de esperar alguns anos para decidir se as jovens Ceibas do Jardim Botânico do Porto, plantadas em redor de um lago com nenúfares e no canteiro das suculentas, são speciosas ou insignis. Jardim das VirtudesQuanto à árvore adulta no Jardim das Virtudes, no Porto, as flores não deixam dúvida de que se trata de uma C. speciosa. Desta vez floresceu um pouco mais cedo do que em anos anteriores, mas o clima da nossa cidade não lhe é muito favorável: a floração é sempre escassa e não há produção de frutos, que seriam grandes cápsulas recheadas de paina (espécie de rama branca). No Brasil o nome da árvore é justamente paineira ou paineira-rosa. Uma outra árvore do mesmo género, a Ceiba pentandra, também brasileira, conhecida vulgarmente por sumaúma (em inglês kapok), fornece rama de melhor qualidade, antes muito usada para recheio de colchões, coletes salva-vidas, etc. Em alguns jardins públicos portugueses (por exemplo em Angra e em Lisboa), e até em algumas publicações, atribui-se erradamente à Ceiba speciosa o nome de sumaúma, mas não nos consta que exista alguma verdadeira sumaúma em Portugal.Fotos: pva/ mdlr

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