A palavra e o canto

20-05-2011
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25 de AbrilEra a liberdade que subia os Aliados,Em sucessivas vagas, nas nossas mãos contida.Arremessava os paralelos da raiva e da esperançaQue choviam sobre a hidra encurraladaEntre os edifícios da Câmara e dos Correios.Pedras contra balas! Mas os nossos corações,Esses, já se alegravam na certeza da vitória.E eis que chegam os comandos de Lamego,G3 em punho, de rubros cravos enfeitadas.Juntam-se a nós, compartilhando a fúria de alegria!Os agentes da polícia, fiel ao pútrido regime, desmoralizados,Atiram-se de qualquer forma para o interior de carrinhasQue voam ligeiras na avenida, de portas laterais escancaradas,Protegendo-os da ira popular na desordenada fuga .Já fogem, já fogem!E os nossos olhos marejados de lágrimasBrilhavam como tições ardentes na fogueira da mudança.Nas nossas bocas rasgavam-se risos abertos, francos, infantis.E recebíamos abraços efusivos de estranhos próximos, na bebedeira da vitória. Era a Santa Liberdade que chegava.O povo unido nunca mais será vencido!...Podem agora tentar desconstruirE espezinhar tudo aquilo em que acredito.Jamais conseguirão apagar essa grandiosa tela,Porque que a guardarei perenemente,Pintada de fresco na minha memória.Para sempre!Ponta Delgada, 2011-04-21


25 de AbrilEra a liberdade que subia os Aliados,Em sucessivas vagas, nas nossas mãos contida.Arremessava os paralelos da raiva e da esperançaQue choviam sobre a hidra encurraladaEntre os edifícios da Câmara e dos Correios.Pedras contra balas! Mas os nossos corações,Esses, já se alegravam na certeza da vitória.E eis que chegam os comandos de Lamego,G3 em punho, de rubros cravos enfeitadas.Juntam-se a nós, compartilhando a fúria de alegria!Os agentes da polícia, fiel ao pútrido regime, desmoralizados,Atiram-se de qualquer forma para o interior de carrinhasQue voam ligeiras na avenida, de portas laterais escancaradas,Protegendo-os da ira popular na desordenada fuga .Já fogem, já fogem!E os nossos olhos marejados de lágrimasBrilhavam como tições ardentes na fogueira da mudança.Nas nossas bocas rasgavam-se risos abertos, francos, infantis.E recebíamos abraços efusivos de estranhos próximos, na bebedeira da vitória. Era a Santa Liberdade que chegava.O povo unido nunca mais será vencido!...Podem agora tentar desconstruirE espezinhar tudo aquilo em que acredito.Jamais conseguirão apagar essa grandiosa tela,Porque que a guardarei perenemente,Pintada de fresco na minha memória.Para sempre!Ponta Delgada, 2011-04-21

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