Dias com árvores: Rosas e cantigas

29-05-2010
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Eu hei-de despedir-me desta lida,Rosas? - Árvores! hei-de abrir-vos covasE deixar-vos ainda quando novas?Eu posso lá morrer, terra florida!A palavra de adeus é a mais sentidaDeste meu coração cheio de trovas...Só bens me dê o céu! eu tenho provasQue não há bem que pague o desta vida.E os cravos, manjerico, e limonete,Oh! que perfume dão às raparigas!Que lindos são nos seios do corpete!Como és, nuvem dos céus, água do mar,Flores que eu trato, rosas e cantigas,Cá, do outro mundo, me fareis voltar.Afonso Duarte (1884-1958)


Eu hei-de despedir-me desta lida,Rosas? - Árvores! hei-de abrir-vos covasE deixar-vos ainda quando novas?Eu posso lá morrer, terra florida!A palavra de adeus é a mais sentidaDeste meu coração cheio de trovas...Só bens me dê o céu! eu tenho provasQue não há bem que pague o desta vida.E os cravos, manjerico, e limonete,Oh! que perfume dão às raparigas!Que lindos são nos seios do corpete!Como és, nuvem dos céus, água do mar,Flores que eu trato, rosas e cantigas,Cá, do outro mundo, me fareis voltar.Afonso Duarte (1884-1958)

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