Dias com árvores: Tibães

19-12-2009
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Na cerca do Mosteiro de Tibães, havia menos água do que esperávamos encontrar. Tem chovido pouco, e as plantas da estação, que brotam só com o solo humedecido, ainda não receberam sinal para despertarem do sono. No escadório sombreado por oliveiras que sobe para a Capelinha de São Bento, e que é pontuado por uma sucessão de tanques ligados por uma conduta de granito, também não se vê gota de água. O Outono aqui é menos visível do que na cidade: carvalhos, castanheiros e áceres só levemente se tingem de amarelo, e são avaros em largar as folhas; só os azevinhos, com os seus cachos de frutos vermelhos, é que se julgam já chegados ao Natal.Num pátio interior do mosteiro, há uma fonte octogonal encimada por uma taça musgosa de onde cai, por oito bicas, a água que na superfície do tanque desenha outros tantos padrões de círculos concêntricos. A plataforma quadrangular onde se situa a fonte, ajardinada de forma rigorosamente geométrica, fica separada das paredes em volta por passagens a cota mais baixa. Maciços de salvas (Salvia splendens) pintam de vermelho o bordo do quadrado; no seu interior, o branco da lobulária (Lobularia canariensis) contrasta com o cinzento rude da pedra. É um arranjo simplista mas apelativo, que combina com o carácter austero do mosteiro.P.S. Veja mais fotos e informações sobre o Mosteiro de Tibães no desNorte.


Na cerca do Mosteiro de Tibães, havia menos água do que esperávamos encontrar. Tem chovido pouco, e as plantas da estação, que brotam só com o solo humedecido, ainda não receberam sinal para despertarem do sono. No escadório sombreado por oliveiras que sobe para a Capelinha de São Bento, e que é pontuado por uma sucessão de tanques ligados por uma conduta de granito, também não se vê gota de água. O Outono aqui é menos visível do que na cidade: carvalhos, castanheiros e áceres só levemente se tingem de amarelo, e são avaros em largar as folhas; só os azevinhos, com os seus cachos de frutos vermelhos, é que se julgam já chegados ao Natal.Num pátio interior do mosteiro, há uma fonte octogonal encimada por uma taça musgosa de onde cai, por oito bicas, a água que na superfície do tanque desenha outros tantos padrões de círculos concêntricos. A plataforma quadrangular onde se situa a fonte, ajardinada de forma rigorosamente geométrica, fica separada das paredes em volta por passagens a cota mais baixa. Maciços de salvas (Salvia splendens) pintam de vermelho o bordo do quadrado; no seu interior, o branco da lobulária (Lobularia canariensis) contrasta com o cinzento rude da pedra. É um arranjo simplista mas apelativo, que combina com o carácter austero do mosteiro.P.S. Veja mais fotos e informações sobre o Mosteiro de Tibães no desNorte.

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