"Cor. De Lisboa é caso para dizer que até os daltónicos lhe discutem a cor. Veja lá, de preferência o ocre pombalino, recomenda um byroniano de passagem. O verde, o verde, contrapõe alguém logo a seguir, com os olhos no Terreiro do Paço, «até o cavalo de D. José vai ficando verde, comido de mar», já lá dizia Cecília Meireles. Ou o branco, o branco lembra espumas de oceano, cal de muros, Mediterrâneo, «sente-se uma nostalgia branca...» escreveu Mary McCarthy numa Carta de Portugal, e Alain Tanner, cineasta civilizado, nã esteve com mais aquelas e chamou a isto Cidade Branca."José Cardoso Pires in Lisboa, Livro de Bordo
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"Cor. De Lisboa é caso para dizer que até os daltónicos lhe discutem a cor. Veja lá, de preferência o ocre pombalino, recomenda um byroniano de passagem. O verde, o verde, contrapõe alguém logo a seguir, com os olhos no Terreiro do Paço, «até o cavalo de D. José vai ficando verde, comido de mar», já lá dizia Cecília Meireles. Ou o branco, o branco lembra espumas de oceano, cal de muros, Mediterrâneo, «sente-se uma nostalgia branca...» escreveu Mary McCarthy numa Carta de Portugal, e Alain Tanner, cineasta civilizado, nã esteve com mais aquelas e chamou a isto Cidade Branca."José Cardoso Pires in Lisboa, Livro de Bordo