Dias com árvores: Metamorfoses

19-12-2009
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«Na campina deserta e silenciosa haviaUma árvore só. (...)Tinha um século já. (...)Uma vez encontrei - surgia a madrugadaNo horizonte inflamado - a árvore derrubada.(...)Ela que resistiraAo frio, à chuva, ao sol, aos vendavais, caíraAos golpes do machado em ímpeto leonino...(...)Hoje, quem sabe lá que vento ou que destinoTe levou pelo mundo em frágil desatino,Saudoso do lar, dos bosques, do arvoredo?Sozinho, abandonado à noite dum degredo,Quem sabe se tu és, ó roble destruído,A tábua a que se chega o náufago perdido,Um berço, um cadafalso, um túmulo, um altar,Ou se andas pelo céu no fumo dalgum lar?... »António Feijó, Poesias Completas


«Na campina deserta e silenciosa haviaUma árvore só. (...)Tinha um século já. (...)Uma vez encontrei - surgia a madrugadaNo horizonte inflamado - a árvore derrubada.(...)Ela que resistiraAo frio, à chuva, ao sol, aos vendavais, caíraAos golpes do machado em ímpeto leonino...(...)Hoje, quem sabe lá que vento ou que destinoTe levou pelo mundo em frágil desatino,Saudoso do lar, dos bosques, do arvoredo?Sozinho, abandonado à noite dum degredo,Quem sabe se tu és, ó roble destruído,A tábua a que se chega o náufago perdido,Um berço, um cadafalso, um túmulo, um altar,Ou se andas pelo céu no fumo dalgum lar?... »António Feijó, Poesias Completas

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