Corte na aldeia: As proas giram sozinhas

03-08-2010
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No desequilíbrio dos mares,as proas giram sozinhas...Numa das naves que afundaramé que certamente tu vinhas.Eu te esperei todos os séculossem desespero e sem desgosto,e morri de infinitas mortesguardando sempre o mesmo rostoQuando as ondas te carregarammeu olhos, entre águas e areias,cegaram como os das estátuas,a tudo quanto existe alheias.Minhas mãos pararam sobre o are endureceram junto ao vento,e perderam a cor que tinhame a lembrança do movimento.E o sorriso que eu te levavadesprendeu-se e caiu de mim:e só talvez ele ainda vivadentro destas águas sem fim.Cecília Meirelespindaro


No desequilíbrio dos mares,as proas giram sozinhas...Numa das naves que afundaramé que certamente tu vinhas.Eu te esperei todos os séculossem desespero e sem desgosto,e morri de infinitas mortesguardando sempre o mesmo rostoQuando as ondas te carregarammeu olhos, entre águas e areias,cegaram como os das estátuas,a tudo quanto existe alheias.Minhas mãos pararam sobre o are endureceram junto ao vento,e perderam a cor que tinhame a lembrança do movimento.E o sorriso que eu te levavadesprendeu-se e caiu de mim:e só talvez ele ainda vivadentro destas águas sem fim.Cecília Meirelespindaro

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