Documentos pedidos sobre o Taguspark podem dar novas audições

22-04-2010
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A convocação de mais personalidades para depor na comissão de inquérito está dependente do conteúdo dos documentos do processo Taguspark-Figo, cuja entrega ao Parlamento o deputado João Semedo requereu na passada semana, poucos dias depois de ter deixado de estar em segredo de justiça.

Os deputados de todos os partidos da oposição contactados pelo PÚBLICO consideram essa documentação fundamental depois de se ter sabido que antes da tentativa de compra da TVI pela PT, já a Taguspark andara longos meses em conversações com a Prisa para a compra de uma participação na Media Capital. E classificam mesmo Rui Pedro Soares como o pivot dessa compra. "O que esta comissão está a analisar é a interferência governamental na compra da TVI e não há balizas se essa intervenção foi ou não apenas através da PT", realça a deputada centrista Cecília Meireles. "Isto não pode ser um processo fechado, consoante formos ouvindo as pessoas podemos ir chamando outras", diz, lembrando que Rui Pedro Soares será ouvido já esta semana. "Espero que possamos ir mais longe não nas perguntas mas nas respostas, porque na Comissão de Ética tivemos muitas recusas por causa de sigilo." Lembrando que os deputados estão "a correr contra o tempo", o comunista João Oliveira defende que é preciso confirmar se Rui Pedro Soares teve acção no negócio do Taguspark com a TVI e com quem - e depois decidir quem chamar. Também o PSD considera "inevitável" fazer um balanço consoante os novos dados e Pedro Duarte diz estar disposto a ouvir a Taguspark.

"Tanto as declarações de José Miguel Júdice confirmando que trabalhara como advogado para um negócio de instalação da Media Capital no Taguspark, como as informações disponíveis sustentam com solidez que houve uma tentativa anterior à PT para comprar a TVI", defende João Semedo. Para o deputado bloquista, ainda "há um conjunto de indefinições sobre como, quando e com quem começou a tentativa de compra da TVI. Parece que houve duas operações e a segunda só avançou porque a primeira falhou". João Semedo lembra que "os protagonistas são os mesmos nos dois casos e sempre com ligações ao PS ou ao Governo". E isso pode levar a mais audições? "Depende do que lermos nos documentos." Maria Lopes

A convocação de mais personalidades para depor na comissão de inquérito está dependente do conteúdo dos documentos do processo Taguspark-Figo, cuja entrega ao Parlamento o deputado João Semedo requereu na passada semana, poucos dias depois de ter deixado de estar em segredo de justiça.

Os deputados de todos os partidos da oposição contactados pelo PÚBLICO consideram essa documentação fundamental depois de se ter sabido que antes da tentativa de compra da TVI pela PT, já a Taguspark andara longos meses em conversações com a Prisa para a compra de uma participação na Media Capital. E classificam mesmo Rui Pedro Soares como o pivot dessa compra. "O que esta comissão está a analisar é a interferência governamental na compra da TVI e não há balizas se essa intervenção foi ou não apenas através da PT", realça a deputada centrista Cecília Meireles. "Isto não pode ser um processo fechado, consoante formos ouvindo as pessoas podemos ir chamando outras", diz, lembrando que Rui Pedro Soares será ouvido já esta semana. "Espero que possamos ir mais longe não nas perguntas mas nas respostas, porque na Comissão de Ética tivemos muitas recusas por causa de sigilo." Lembrando que os deputados estão "a correr contra o tempo", o comunista João Oliveira defende que é preciso confirmar se Rui Pedro Soares teve acção no negócio do Taguspark com a TVI e com quem - e depois decidir quem chamar. Também o PSD considera "inevitável" fazer um balanço consoante os novos dados e Pedro Duarte diz estar disposto a ouvir a Taguspark.

"Tanto as declarações de José Miguel Júdice confirmando que trabalhara como advogado para um negócio de instalação da Media Capital no Taguspark, como as informações disponíveis sustentam com solidez que houve uma tentativa anterior à PT para comprar a TVI", defende João Semedo. Para o deputado bloquista, ainda "há um conjunto de indefinições sobre como, quando e com quem começou a tentativa de compra da TVI. Parece que houve duas operações e a segunda só avançou porque a primeira falhou". João Semedo lembra que "os protagonistas são os mesmos nos dois casos e sempre com ligações ao PS ou ao Governo". E isso pode levar a mais audições? "Depende do que lermos nos documentos." Maria Lopes

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