CDS-PP diz que programa do PS nega realidade do país

29-04-2011
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“O programa parece bastante omisso em relação a questões prévias essenciais, como é o caso da dimensão da dívida e da despesa pública - que são perfeitamente incomportáveis -- e sobre as quais muito pouco é dito”, disse à agência Lusa a deputada centrista Cecília Meireles.

Numa primeira análise, a deputada considerou também o programa socialista omisso em relação “à questão essencial a resolver nos próximos quatro anos”, o crescimento económico e o emprego.

“Sobre isso, também muito pouco é dito”, afirmou Cecília Meireles, defendendo que o programa dos socialistas parece ter sido elaborado há dois anos: “Lendo com mais atenção algumas partes, ficamos a perceber porquê: há uma absoluta negação da realidade e daquilo que está a passar-se em Portugal”.

Como exemplo, cita os números da polémica. “Quando se fala num défice de 6,8 por cento em 2010, isto claramente é negar, não só que o INE e o Eurostat já disseram que na realidade o défice foi de 9,1 por cento, como é também fingir que não houve BPN e BPP, que não há problemas nas empresas públicas, em particular nas de transportes, é fingir que não há scuts”.

A deputada frisou ainda: “Quando fingimos que não há problemas, é impossível chegar a soluções”.

Esta é a principal crítica do CDS ao programa do PS, apresentado na quarta-feira ao final do dia, embora haja outras questões que suscitam dúvidas aos centristas, como a alta velocidade e o novo aeroporto.

“Sobre isso, não achei esclarecedor, não consegui perceber se vai avançar o TGV imediatamente ou não. Fiquei com a sensação que sim, mas não é completamente esclarecedor”, disse Cecília Meireles.

A deputada insistiu que o que se espera dos partidos que concorrem às eleições de 5 de Junho é que esclareçam os eleitores sobre questões importantes, elegendo esta como uma delas.

Em relação às promessas feitas pelo PS na área da saúde, nomeadamente na política do medicamento, e na da Justiça, o CDS-PP também duvida que sejam para concretizar, por entender que os socialistas não têm manifestado interesse em adotar medidas de racionalização e organização.

O secretário-geral do PS, José Sócrates, definiu sete “desafios estratégicos”, que passam pela educação, energias renováveis e equipamentos sociais e de saúde, elegendo a justiça e reforma do sistema público como “questões chave” para uma “ação imediata”.

Na apresentação do programa eleitoral, Sócrates apontou como prioritário o aumento da escolarização dos jovens, na perspetiva do cumprimento da escolaridade obrigatória até ao fim do ensino secundário, conforme lei aprovada na anterior legislatura.

“O programa parece bastante omisso em relação a questões prévias essenciais, como é o caso da dimensão da dívida e da despesa pública - que são perfeitamente incomportáveis -- e sobre as quais muito pouco é dito”, disse à agência Lusa a deputada centrista Cecília Meireles.

Numa primeira análise, a deputada considerou também o programa socialista omisso em relação “à questão essencial a resolver nos próximos quatro anos”, o crescimento económico e o emprego.

“Sobre isso, também muito pouco é dito”, afirmou Cecília Meireles, defendendo que o programa dos socialistas parece ter sido elaborado há dois anos: “Lendo com mais atenção algumas partes, ficamos a perceber porquê: há uma absoluta negação da realidade e daquilo que está a passar-se em Portugal”.

Como exemplo, cita os números da polémica. “Quando se fala num défice de 6,8 por cento em 2010, isto claramente é negar, não só que o INE e o Eurostat já disseram que na realidade o défice foi de 9,1 por cento, como é também fingir que não houve BPN e BPP, que não há problemas nas empresas públicas, em particular nas de transportes, é fingir que não há scuts”.

A deputada frisou ainda: “Quando fingimos que não há problemas, é impossível chegar a soluções”.

Esta é a principal crítica do CDS ao programa do PS, apresentado na quarta-feira ao final do dia, embora haja outras questões que suscitam dúvidas aos centristas, como a alta velocidade e o novo aeroporto.

“Sobre isso, não achei esclarecedor, não consegui perceber se vai avançar o TGV imediatamente ou não. Fiquei com a sensação que sim, mas não é completamente esclarecedor”, disse Cecília Meireles.

A deputada insistiu que o que se espera dos partidos que concorrem às eleições de 5 de Junho é que esclareçam os eleitores sobre questões importantes, elegendo esta como uma delas.

Em relação às promessas feitas pelo PS na área da saúde, nomeadamente na política do medicamento, e na da Justiça, o CDS-PP também duvida que sejam para concretizar, por entender que os socialistas não têm manifestado interesse em adotar medidas de racionalização e organização.

O secretário-geral do PS, José Sócrates, definiu sete “desafios estratégicos”, que passam pela educação, energias renováveis e equipamentos sociais e de saúde, elegendo a justiça e reforma do sistema público como “questões chave” para uma “ação imediata”.

Na apresentação do programa eleitoral, Sócrates apontou como prioritário o aumento da escolarização dos jovens, na perspetiva do cumprimento da escolaridade obrigatória até ao fim do ensino secundário, conforme lei aprovada na anterior legislatura.

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