Vieira da Silva promete taxa de execução do QREN "superior a 20 por cento" para este ano

15-06-2010
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PSD agendou debate sobre o QREN para acusar Governo de "incompetência". Mas foi acossado pelo resto da oposição devido ao apoio às medidas de austeridade

O ministro da Economia, Vieira da Silva, aproveitou ontem a passagem pelo Parlamento para prometer para este ano uma das maiores taxas de execução de sempre do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), o programa de fundos comunitários que apoiam o desenvolvimento do país. O governante respondeu assim às críticas das oposições no debate sobre "competitividade da economia e execução do QREN".

"Com base na execução efectuada, o Governo prevê uma execução no final de 2010 superior a 20 por cento, o que fará com que este ano seja um dos anos de mais elevada utilização de fundos comunitários na nossa economia", anunciou ontem Vieira da Silva quando falava das "cinco linhas fundamentais" da política económica do seu executivo.

Vieira da Silva acrescentou mesmo que o executivo de José Sócrates está a fazer um esforço para "acelerar" a distribuição de fundos. "Nos últimos seis meses, a execução do QREN acelerou de forma muito significativa, passando de 6,6 por cento para 11,8 por cento, isto é, uma injecção adicional na economia superior a mil milhões de euros".

Mas, antes do anúncio, o líder da bancada social-democrata, Miguel Macedo, havia já usado os mesmos números para atacar a equipa de José Sócrates. Disse que 11,8 por cento de taxa de execução era sinal de "fracasso" quando se estava já a "meio do período de vigência" do programa.

O deputado do CDS-PP Telmo Correia precisou melhor o porquê do alegado fracasso. "Nesta altura, a execução devia ser de 45,5 por cento. Ou seja, mais de sete mil milhões de euros de atraso", afirmou.

Telmo Correia questionou ainda o Governo sobre quais seriam "os efeitos das medidas excepcionais na economia portuguesa e competitividade do país". Uma pergunta que o ministro da Economia, Vieira da Silva, teve de ouvir das restantes bancadas. Só que estas - tal como fez o Bloco de Esquerda - lembraram que aí também o PSD tinha responsabilidades.

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A deputado do Bloco de Esquerda Cecília Honório perguntou mesmo aos sociais-democratas se não haviam aprovado, juntamente com o PS, "um aumento vergonhoso nos impostos". Por isso mesmo, o deputado comunista Agostinho Lopes considerou "estranhíssimo" o agendamento do debate pelo PSD, acusando este partido de "colaboração total" e "cumplicidade" com o PS.

Nem Vieira da Silva nem Miguel Macedo responderam à batata quente lançada por CDS, PCP e BE. O líder da bancada do PSD preferiu destacar o "acordo" de toda a oposição em caracterizar o QREN como "uma oportunidade perdida". O ministro da Economia optou por realçar que Portugal era o quarto país da EU "em termos de pagamentos" relativos ao programa.

Vieira da Silva foi ainda questionado sobre o risco das medidas de austeridade poder levar a um aumento do número de falências de empresas. Respondeu que o problema até nem era esse, mas antes "as dificuldades das empresas em renovar os seus quadros ou crescer do ponto de vista do emprego".

PSD agendou debate sobre o QREN para acusar Governo de "incompetência". Mas foi acossado pelo resto da oposição devido ao apoio às medidas de austeridade

O ministro da Economia, Vieira da Silva, aproveitou ontem a passagem pelo Parlamento para prometer para este ano uma das maiores taxas de execução de sempre do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), o programa de fundos comunitários que apoiam o desenvolvimento do país. O governante respondeu assim às críticas das oposições no debate sobre "competitividade da economia e execução do QREN".

"Com base na execução efectuada, o Governo prevê uma execução no final de 2010 superior a 20 por cento, o que fará com que este ano seja um dos anos de mais elevada utilização de fundos comunitários na nossa economia", anunciou ontem Vieira da Silva quando falava das "cinco linhas fundamentais" da política económica do seu executivo.

Vieira da Silva acrescentou mesmo que o executivo de José Sócrates está a fazer um esforço para "acelerar" a distribuição de fundos. "Nos últimos seis meses, a execução do QREN acelerou de forma muito significativa, passando de 6,6 por cento para 11,8 por cento, isto é, uma injecção adicional na economia superior a mil milhões de euros".

Mas, antes do anúncio, o líder da bancada social-democrata, Miguel Macedo, havia já usado os mesmos números para atacar a equipa de José Sócrates. Disse que 11,8 por cento de taxa de execução era sinal de "fracasso" quando se estava já a "meio do período de vigência" do programa.

O deputado do CDS-PP Telmo Correia precisou melhor o porquê do alegado fracasso. "Nesta altura, a execução devia ser de 45,5 por cento. Ou seja, mais de sete mil milhões de euros de atraso", afirmou.

Telmo Correia questionou ainda o Governo sobre quais seriam "os efeitos das medidas excepcionais na economia portuguesa e competitividade do país". Uma pergunta que o ministro da Economia, Vieira da Silva, teve de ouvir das restantes bancadas. Só que estas - tal como fez o Bloco de Esquerda - lembraram que aí também o PSD tinha responsabilidades.

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A deputado do Bloco de Esquerda Cecília Honório perguntou mesmo aos sociais-democratas se não haviam aprovado, juntamente com o PS, "um aumento vergonhoso nos impostos". Por isso mesmo, o deputado comunista Agostinho Lopes considerou "estranhíssimo" o agendamento do debate pelo PSD, acusando este partido de "colaboração total" e "cumplicidade" com o PS.

Nem Vieira da Silva nem Miguel Macedo responderam à batata quente lançada por CDS, PCP e BE. O líder da bancada do PSD preferiu destacar o "acordo" de toda a oposição em caracterizar o QREN como "uma oportunidade perdida". O ministro da Economia optou por realçar que Portugal era o quarto país da EU "em termos de pagamentos" relativos ao programa.

Vieira da Silva foi ainda questionado sobre o risco das medidas de austeridade poder levar a um aumento do número de falências de empresas. Respondeu que o problema até nem era esse, mas antes "as dificuldades das empresas em renovar os seus quadros ou crescer do ponto de vista do emprego".

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