Blogue Aduaneiro, Alfândegas, Customs, Douanes, Aduanas, Comércio Mundial, Import-Export: “RATING”

29-05-2010
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Os ratings normalmente tentam reflectir os factores específicos de risco de um país, os quais podem trazer consequências sobre a capacidade de uma entidade para saldar integral e pontualmente sua dívida. Fazem parte destes factores de riscos, o risco de intervenção soberana, como, por exemplo, o risco de um país impor políticas cambiais ou decretar moratória da dívida, o ambiente económico, estabilidade politica e social e outros bastante subjectivos de grande dificuldade de compreensão (interesses pouco claros).O quadro em anexo traz as escalas das classificações feitas pelas principais agências de rating do mundo, onde temos uma escala numérica crescente de risco que vai de 1 a 24. Países que se encontram na escala de 1 a 10 pertencem ao grupo de países de menor risco e, países que se encontram na escala acima de 10, fazem parte de países de maior risco, o que configura um comportamento especulativo no mercado financeiro. Países que estão na ordem da escala de 22 a 24 são países que declararam moratória de suas dívidas.Portugal estava classificado AA pela agencia de “rating” Fitch, tendo alterado recentemente a sua classificação para AA-Parece ser consensual que as três empresas (americanas) de rating não são de confiança, sabe-se, que defendem interesses instalados e emitem pareceres por” encomenda” e não a verdade económica.Não entendo como se continua a pactuar com esta realidade e nada se faça para rectificar esta nefasta influencia nos mercados internacionais.Segue excerto da opinião de Pedro Lino na Visão“A principal é o papel das agências de rating. Afinal para que servem? Como analisam a situação financeira dos países? Como decidem?Muito se falou sobre este assunto, que foi, a meu ver, o maior contribuidor para a dimensão desta crise. A falta de realismo na assunção e cálculo dos riscos sempre foi um calcanhar de Aquiles das agências.De facto estas agências apenas interessam a poucos, e têm um poder político inimaginável.Estas pequenas perguntas, fazem-me pensar no peso político que estas agências têm, e imagino o que aconteceria se um dia resolvessem baixar o rating dos Estados Unidos. Provavelmente não abririam as portas no dia seguinte. O grande beneficiado mais uma vez é o dólar americano, e por uma vez as empresas europeias exportadoras, que vêm um alívio na queda do euro.Para quando uma agência de rating Europeia? Isenta? E principalmente que não venha constatar o óbito, mas sim prevenir?Estas questões perdem-se nos corredores dos políticos que não percebem como a economia funciona, e apenas se apercebem que algo não está a correr bem quando ocorrem os terramotos”


Os ratings normalmente tentam reflectir os factores específicos de risco de um país, os quais podem trazer consequências sobre a capacidade de uma entidade para saldar integral e pontualmente sua dívida. Fazem parte destes factores de riscos, o risco de intervenção soberana, como, por exemplo, o risco de um país impor políticas cambiais ou decretar moratória da dívida, o ambiente económico, estabilidade politica e social e outros bastante subjectivos de grande dificuldade de compreensão (interesses pouco claros).O quadro em anexo traz as escalas das classificações feitas pelas principais agências de rating do mundo, onde temos uma escala numérica crescente de risco que vai de 1 a 24. Países que se encontram na escala de 1 a 10 pertencem ao grupo de países de menor risco e, países que se encontram na escala acima de 10, fazem parte de países de maior risco, o que configura um comportamento especulativo no mercado financeiro. Países que estão na ordem da escala de 22 a 24 são países que declararam moratória de suas dívidas.Portugal estava classificado AA pela agencia de “rating” Fitch, tendo alterado recentemente a sua classificação para AA-Parece ser consensual que as três empresas (americanas) de rating não são de confiança, sabe-se, que defendem interesses instalados e emitem pareceres por” encomenda” e não a verdade económica.Não entendo como se continua a pactuar com esta realidade e nada se faça para rectificar esta nefasta influencia nos mercados internacionais.Segue excerto da opinião de Pedro Lino na Visão“A principal é o papel das agências de rating. Afinal para que servem? Como analisam a situação financeira dos países? Como decidem?Muito se falou sobre este assunto, que foi, a meu ver, o maior contribuidor para a dimensão desta crise. A falta de realismo na assunção e cálculo dos riscos sempre foi um calcanhar de Aquiles das agências.De facto estas agências apenas interessam a poucos, e têm um poder político inimaginável.Estas pequenas perguntas, fazem-me pensar no peso político que estas agências têm, e imagino o que aconteceria se um dia resolvessem baixar o rating dos Estados Unidos. Provavelmente não abririam as portas no dia seguinte. O grande beneficiado mais uma vez é o dólar americano, e por uma vez as empresas europeias exportadoras, que vêm um alívio na queda do euro.Para quando uma agência de rating Europeia? Isenta? E principalmente que não venha constatar o óbito, mas sim prevenir?Estas questões perdem-se nos corredores dos políticos que não percebem como a economia funciona, e apenas se apercebem que algo não está a correr bem quando ocorrem os terramotos”

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