Choupal/IC2: Maioria das forças políticas de Coimbra rejeita construção de viaduto sobre mata nacional

29-05-2010
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Coimbra, 23 Jul (Lusa) -- A maioria dos candidatos à Câmara Municipal de Coimbra rejeitou, na quarta-feira à noite, a construção de um viaduto sobre a mata nacional do Choupal, previsto no traçado do novo IC2, que foi defendido pelo candidato do PS. Num debate promovido pelo movimento Plataforma do Choupal, na Oficina Municipal do Teatro, em que faltou o candidato da coligação "Por Coimbra", PCP, Bloco de Esquerda e o candidato independente Pina Prata criticaram o traçado por atingir parcialmente o "pulmão da cidade". O debate começou com a intervenção de Pina Prata, antigo vice-presidente da Câmara no actual mandato do social-democrata Carlos Encarnação, com quem se incompatibilizou, que não está contra o projecto de ligação entre o Almegue e Trouxemil, mas sim "contra a travessia na zona do Choupal". Citando um documento de Massano Cardoso, provedor municipal do Ambiente, o candidato independente afirmou que nada tem contra o projecto mas "sim contra o sítio onde se faz a travessia que vai provocar um grande impacte numa zona de grande importância e valor paisagístico". Catarina Martins, do Bloco de Esquerda (BE), considera que o projecto em causa é uma "agressão, não só sobre o Choupal, mas à cidade, que mexe directamente com a identidade de Coimbra e das pessoas". "Esta travessia pode propiciar a que o núcleo onde está o nosso património, aquilo que pode configurar uma marca identitária e de desenvolvimento, possa ser afectado por esta obra", sublinhou. "Somos também contra este traçado do IC2 que já está de pé na metade sul e que nos preocupa, não só na travessia do Choupal, mas também pelo grave erro urbanístico que constitui o próprio desenho desta via", acrescentou a candidata do BE. Também o candidato da CDU, Francisco Queirós, se mostrou "claramente contra uma solução que destrua parte do Choupal", embora admita que se tem de ter a "ideia de que em determinados momentos algum património nem sempre poderá ser mantido e recuperado". "Havia que procurar alternativas e o PCP e a CDU desde a primeira hora defendeu que se tinha de dialogar com as pessoas e encontrar alternativas", salientou, recordando a apresentação de um projecto de resolução na Assembleia da República, em Abril, que deverá ser discutido hoje, onde se recomenda ao Governo que reequacione o traçado do IC2 junto da cidade de Coimbra de modo a preservar a mata. Assumindo a defesa da nova travessia do IC2 pela Mata do Choupal, o candidato socialista, Álvaro Maia Seco, considerado o "autor do projecto", no âmbito de um estudo mais alargado realizado há uns anos atrás, garantiu que "esta é globalmente a melhor solução" por servir o acesso a Coimbra e, no futuro, ter "acesso privilegiado à estação intermodal de transporte". Álvaro Maia Seco destacou que a construção do IC2 no traçado previsto vai permitir "requalificar a entrada na cidade" e defendeu que o impacte sobre o Choupal pode ser "compensado com a ampliação da mancha verde até à Fernão Magalhães, ligando a mata ao centro da cidade". AMV. Lusa/fim


Coimbra, 23 Jul (Lusa) -- A maioria dos candidatos à Câmara Municipal de Coimbra rejeitou, na quarta-feira à noite, a construção de um viaduto sobre a mata nacional do Choupal, previsto no traçado do novo IC2, que foi defendido pelo candidato do PS. Num debate promovido pelo movimento Plataforma do Choupal, na Oficina Municipal do Teatro, em que faltou o candidato da coligação "Por Coimbra", PCP, Bloco de Esquerda e o candidato independente Pina Prata criticaram o traçado por atingir parcialmente o "pulmão da cidade". O debate começou com a intervenção de Pina Prata, antigo vice-presidente da Câmara no actual mandato do social-democrata Carlos Encarnação, com quem se incompatibilizou, que não está contra o projecto de ligação entre o Almegue e Trouxemil, mas sim "contra a travessia na zona do Choupal". Citando um documento de Massano Cardoso, provedor municipal do Ambiente, o candidato independente afirmou que nada tem contra o projecto mas "sim contra o sítio onde se faz a travessia que vai provocar um grande impacte numa zona de grande importância e valor paisagístico". Catarina Martins, do Bloco de Esquerda (BE), considera que o projecto em causa é uma "agressão, não só sobre o Choupal, mas à cidade, que mexe directamente com a identidade de Coimbra e das pessoas". "Esta travessia pode propiciar a que o núcleo onde está o nosso património, aquilo que pode configurar uma marca identitária e de desenvolvimento, possa ser afectado por esta obra", sublinhou. "Somos também contra este traçado do IC2 que já está de pé na metade sul e que nos preocupa, não só na travessia do Choupal, mas também pelo grave erro urbanístico que constitui o próprio desenho desta via", acrescentou a candidata do BE. Também o candidato da CDU, Francisco Queirós, se mostrou "claramente contra uma solução que destrua parte do Choupal", embora admita que se tem de ter a "ideia de que em determinados momentos algum património nem sempre poderá ser mantido e recuperado". "Havia que procurar alternativas e o PCP e a CDU desde a primeira hora defendeu que se tinha de dialogar com as pessoas e encontrar alternativas", salientou, recordando a apresentação de um projecto de resolução na Assembleia da República, em Abril, que deverá ser discutido hoje, onde se recomenda ao Governo que reequacione o traçado do IC2 junto da cidade de Coimbra de modo a preservar a mata. Assumindo a defesa da nova travessia do IC2 pela Mata do Choupal, o candidato socialista, Álvaro Maia Seco, considerado o "autor do projecto", no âmbito de um estudo mais alargado realizado há uns anos atrás, garantiu que "esta é globalmente a melhor solução" por servir o acesso a Coimbra e, no futuro, ter "acesso privilegiado à estação intermodal de transporte". Álvaro Maia Seco destacou que a construção do IC2 no traçado previsto vai permitir "requalificar a entrada na cidade" e defendeu que o impacte sobre o Choupal pode ser "compensado com a ampliação da mancha verde até à Fernão Magalhães, ligando a mata ao centro da cidade". AMV. Lusa/fim

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