PS, CDS, PCP e BE uniram-se hoje na oposição à privatização da RTP, com os socialistas a contraporem com a necessidade de reforçar e melhorar o serviço público.
«Queremos aqui deixar bem claro a nossa frontal oposição à hipótese de privatização», afirmou a deputada socialista Inês de Medeiros, numa declaração política no plenário da Assembleia da República.
Referindo-se directamente à proposta constante do projecto de revisão constitucional do PSD, que «aceita a possibilidade da RTP-RDP vir a ser privatizada», Inês de Medeiros recusou tal possibilidade, considerando que a ser concretizada «iria contra os interesses do Estado e dos portugueses».
Por outro lado, continuou, «lesaria o desenvolvimento da indústria audiovisual e causaria graves prejuízos para o próprio sector privado de rádio e televisão», na medida que a entrada de mais canais no mercado publicitário teria consequências na saúde financeira das empresas.
«Estamos sempre abertos ao diálogo e à reflexão, mas desde que essa reflexão seja no sentido de reforçar e melhorar o serviço público e não de o fragilizar ou mesmo aniquilar», sublinhou.
Juntando-se na defesa do serviço público de televisão, a deputada do CDS-PP Cecília Meireles disse também não ser favorável à privatização da RTP, mas alertou para a necessidade da empresa ser «bem gerida e com o mínimo custo para o contribuinte».
«Acompanhamos o PS na defesa da RTP», corroborou igualmente a deputada do BE Catarina Martins, ressalvando, porém, a necessidade de defender a televisão pública «com actos».
Catarina Martins deixou também o alerta para a «gestão ruinosa» que a RTP tem tido, desafiando os socialistas a aprovarem a proposta do BE para que aquela estação de televisão possa ter um «plano estratégico» que seja discutido na Assembleia da República e que aposte na «desgovernamentalização» da empresa.
A deputada do PCP Rita Rato manifestou igualmente a oposição do partido à privatização da RTP, embora reconhecendo a necessidade de uma reestruturação da empresa.
Contrapondo a posição do PS e da restante oposição, a deputada do PSD Carla Rodrigues questionou a existência de um serviço público de televisão.
«Em 2009, o serviço público custou 188 milhões de euros em indemnizações compensatórias», salientou, interrogando se «alguma coisa justifica tão pesado encargo para o erário público».
SOL/Lusa
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PS, CDS, PCP e BE uniram-se hoje na oposição à privatização da RTP, com os socialistas a contraporem com a necessidade de reforçar e melhorar o serviço público.
«Queremos aqui deixar bem claro a nossa frontal oposição à hipótese de privatização», afirmou a deputada socialista Inês de Medeiros, numa declaração política no plenário da Assembleia da República.
Referindo-se directamente à proposta constante do projecto de revisão constitucional do PSD, que «aceita a possibilidade da RTP-RDP vir a ser privatizada», Inês de Medeiros recusou tal possibilidade, considerando que a ser concretizada «iria contra os interesses do Estado e dos portugueses».
Por outro lado, continuou, «lesaria o desenvolvimento da indústria audiovisual e causaria graves prejuízos para o próprio sector privado de rádio e televisão», na medida que a entrada de mais canais no mercado publicitário teria consequências na saúde financeira das empresas.
«Estamos sempre abertos ao diálogo e à reflexão, mas desde que essa reflexão seja no sentido de reforçar e melhorar o serviço público e não de o fragilizar ou mesmo aniquilar», sublinhou.
Juntando-se na defesa do serviço público de televisão, a deputada do CDS-PP Cecília Meireles disse também não ser favorável à privatização da RTP, mas alertou para a necessidade da empresa ser «bem gerida e com o mínimo custo para o contribuinte».
«Acompanhamos o PS na defesa da RTP», corroborou igualmente a deputada do BE Catarina Martins, ressalvando, porém, a necessidade de defender a televisão pública «com actos».
Catarina Martins deixou também o alerta para a «gestão ruinosa» que a RTP tem tido, desafiando os socialistas a aprovarem a proposta do BE para que aquela estação de televisão possa ter um «plano estratégico» que seja discutido na Assembleia da República e que aposte na «desgovernamentalização» da empresa.
A deputada do PCP Rita Rato manifestou igualmente a oposição do partido à privatização da RTP, embora reconhecendo a necessidade de uma reestruturação da empresa.
Contrapondo a posição do PS e da restante oposição, a deputada do PSD Carla Rodrigues questionou a existência de um serviço público de televisão.
«Em 2009, o serviço público custou 188 milhões de euros em indemnizações compensatórias», salientou, interrogando se «alguma coisa justifica tão pesado encargo para o erário público».
SOL/Lusa