Rumo a Bombordo: Os valores irreais da CM Seixal

24-12-2009
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Hoje vou voltar, aqui no blogue, a falar das Receitas do Orçamento para o ano de 2009 do Município do Seixal. Olhando para essas receitas atentamente, repara-se que as grandes verbas aparecem ligadas ao imobiliário, tal como já havia mencionado - a execução orçamental é grandemente dependente do mercado imobiliário.Em quase 124 milhões de Orçamento total – 123.979.880€ para ser exacto -, cerca de 28% vem do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), em 19.500.000€, e do IMT - Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas Imóveis, no valor de 14.900.000€.Depois há os impostos indirectos sobre a construção onde o RMTEU e o TRIU, referente a fases de loteamento, de onde a Câmara consegue ir buscar mais de 9% da Receita - 2.601.000€ e 4.681.800€, respectivamente.Com a venda dos terrenos das antigas oficinas, situadas no Fogueteiro, surgem mais 8,4% do Orçamento da Receita – 10.500.000€. Contudo, este afigura-se ser um negócio que, com a actual crise geral e do mercado imobiliário por arrasto e em particular, faz com que seja, a meu ver, uma venda pouco oportuna.Ao referir aqui tudo isto, quero em primeiro lugar demonstrar que esta Câmara está refém do sector imobiliário, na realidade como podemos verificar quase 50% do orçamento municipal tem origem neste sector. É dele que o município retira os maiores dividendos.Em segundo lugar, quero vincar aqui a absoluta irrealidade que é o Orçamento para 2009 da CMS, quase anedótico.Sabe o caro leitor qual a diferença entre uma qualquer Agência Imobiliária e a Câmara Municipal do Seixal?É que das duas, apenas a Câmara consegue calcular uma subida de lucros, provenientes do imobiliário, para o ano em curso.Basta atentar nos valores orçamentados do IMT e no valor executado na mesma rúbrica, que foi bastante inferior no ano passado, para poder afirmar que falamos de valores fantasiosos. Se a venda de casas parou, a crise no imobiliário é algo generalizado, como é possível apresentar no Orçamento da Receita para 2009 valores crescentes em relação ao orçamento anterior? Irreal. A venda de casas parou, aqui no Seixal isso não é excepção. Então como se pode esperar que cresça o IMT tal como o Orçamento sugere? Algo vai mal, seguramente.Perante todos estes valores e fracos argumentos apresentados, vê-se a necessidade e dependência que esta Câmara tem para com o sector imobiliário, o que não justificando nada, ajuda a perceber algumas opções...Comente para o Jornal Comércio do Seixal e Sesimbra, e sobre o mesmo tema não deixe de consultar o Blog Revolta das Laranjas de Paulo Edson Cunha.


Hoje vou voltar, aqui no blogue, a falar das Receitas do Orçamento para o ano de 2009 do Município do Seixal. Olhando para essas receitas atentamente, repara-se que as grandes verbas aparecem ligadas ao imobiliário, tal como já havia mencionado - a execução orçamental é grandemente dependente do mercado imobiliário.Em quase 124 milhões de Orçamento total – 123.979.880€ para ser exacto -, cerca de 28% vem do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), em 19.500.000€, e do IMT - Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas Imóveis, no valor de 14.900.000€.Depois há os impostos indirectos sobre a construção onde o RMTEU e o TRIU, referente a fases de loteamento, de onde a Câmara consegue ir buscar mais de 9% da Receita - 2.601.000€ e 4.681.800€, respectivamente.Com a venda dos terrenos das antigas oficinas, situadas no Fogueteiro, surgem mais 8,4% do Orçamento da Receita – 10.500.000€. Contudo, este afigura-se ser um negócio que, com a actual crise geral e do mercado imobiliário por arrasto e em particular, faz com que seja, a meu ver, uma venda pouco oportuna.Ao referir aqui tudo isto, quero em primeiro lugar demonstrar que esta Câmara está refém do sector imobiliário, na realidade como podemos verificar quase 50% do orçamento municipal tem origem neste sector. É dele que o município retira os maiores dividendos.Em segundo lugar, quero vincar aqui a absoluta irrealidade que é o Orçamento para 2009 da CMS, quase anedótico.Sabe o caro leitor qual a diferença entre uma qualquer Agência Imobiliária e a Câmara Municipal do Seixal?É que das duas, apenas a Câmara consegue calcular uma subida de lucros, provenientes do imobiliário, para o ano em curso.Basta atentar nos valores orçamentados do IMT e no valor executado na mesma rúbrica, que foi bastante inferior no ano passado, para poder afirmar que falamos de valores fantasiosos. Se a venda de casas parou, a crise no imobiliário é algo generalizado, como é possível apresentar no Orçamento da Receita para 2009 valores crescentes em relação ao orçamento anterior? Irreal. A venda de casas parou, aqui no Seixal isso não é excepção. Então como se pode esperar que cresça o IMT tal como o Orçamento sugere? Algo vai mal, seguramente.Perante todos estes valores e fracos argumentos apresentados, vê-se a necessidade e dependência que esta Câmara tem para com o sector imobiliário, o que não justificando nada, ajuda a perceber algumas opções...Comente para o Jornal Comércio do Seixal e Sesimbra, e sobre o mesmo tema não deixe de consultar o Blog Revolta das Laranjas de Paulo Edson Cunha.

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