Rumo a Bombordo: Resposta ao Ponto Verde e a quem possa interessar II

18-12-2009
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Quanto ao Parque temático começo por contar uma história:Já há mais de dez anos (estou a ficar velho) ia eu, na minha qualidade de líder estudantil, reunir com o Ministro da Educação, na altura o Eng.º Marçal Grilo. Ainda antes de entrar na sala de reuniões fui interceptado por uma senhora, se bem me lembro seria a Directora Geral do Ensino Superior, que também participava no encontro e se queria inteirar das questões que eu trazia. O principal ponto da Ordem de Trabalhos era Acção Social Escolar, então comecei a debitar números, contas, estatísticas, simulações e argumentos que tinha estudado durante semanas e dos quais me encontrava seguro e orgulhoso.A resposta não podia ser mais decepcionante, mas ao mesmo tempo revelou-se uma grande lição:- Você é politico, não é funcionário do Ministério. Se quer um conselho, a bem dos alunos que representa, identifique o problema e diga como gostava do ver resolvido. Deixe o resto para os técnicos, que é para isso que cá estão. Se não o fizer discutirá apenas as dificuldades ou inexactidões do acessório mas não o que o trouxe cá.No ano seguinte a Acção Social Escolar tornou-se um instrumento universal no Ensino Superior, e isso é algo de que me orgulho muito.Quando li as suas inúmeras questões esse dia veio-me imediatamente à memória...No entanto, depois deste intróito, não deixarei de tentar, tendo em conta as suas questões, de partilhar consigo o que penso sobre o assunto Parque Temático, com a ressalva que o aqui dito apenas me responsabiliza a mim e não o Partido Socialista.Como já disse em anterior Post o diagnóstico é: Não há actividade económica relevante do sector turismo no município do Seixal. Não acredito em panaceias milagrosas, mas sei que para resolver este problema é necessário criar pólos de atracção no concelho do Seixal. Antes de mais ordenando o território e tornando o espaço público agradável, sem dúvida. Ai se inserem as ciclovias, as praias fluviais e os respectivos equipamentos de apoio.Mas a questão aqui é outra, reside na necessidade de criar riqueza localmente, porque criar riqueza localmente significa criar empregos directa e indirectamente estimulando o comércio local. Só assim se atenua o efeito pendular diário no sentido de Lisboa e só assim se melhoram as condições de vida de quem aqui habita. Menos carros, menos filas, menos poluição, mais tempo para a família, mais e melhor oferta comercial, mais e melhor oferta cultural, é disto que estamos a falar. O parque temático é uma ideia, qualquer outra é bem vinda, mas urge captar investimento para o concelho do Seixal no sector do Turismo. Mais, este investimento tem que ser efectuado num equipamento âncora que possa suportar outros investimentos, menores, mas suportados no poder de atracção do primeiro.Quanto à temática os descobrimentos parecem-me uma boa ideia, valoriza a história nacional e a história do concelho, já o Parque da Moita, e o tema da portugalidade, me soa um pouco a Exposição do Mundo Português...Quanto à área prevista eu via com bons olhos que um projecto deste tipo se desenrola-se nos terrenos que vão desde a Flor da Mata até à Quinta da Fidalga. Na minha opinião o equipamento a desenhar teria a forma de Corredor Verde e poderia desenvolver-se ao longo do percurso do Rio Judeu. Chamaria a atenção para a importância da natureza, iniciando-se nos pinhais e na produção de madeira, passando pela construção naval e acabando na epopeia dos descobrimentos. O núcleo central deste corredor verde/parque dos descobrimentos seria nas antigas oficinas da Câmara, que esta se prepara para vender com destino à especulação imobiliária. E todo o parque, a partir daí, se desenrolaria ao longo do espaço previsto para o Plano de Pormenor da Torre da Marinha, ou seja, desde os semáforos do Fogueteiro, passando pelo antigo parque oficinal, pela fábrica da seda até à fábrica de lanifícios, já junto à Ponte da Fraternidade.Assim se evitava a construção de mais habitações e se valorizava o concelho, com o aproveitamento de um local (junto ao nó da auto-estrada) com acessibilidades, que necessitando naturalmente de ser adaptadas, são já boas.A este propósito alerto que o Plano de Pormenor da Torre da Marinha é, na minha opinião, um péssimo projecto que prevê prédios de 6 andares ao longo de todo o trajecto que referi anteriormente, coroado com um edificio de DOZE ANDARES junto aos semáforos do Fogueteiro. Já transmiti esta minha opinião ao arquitecto responsável pelo projecto (Plano de Pormenor) mas ele respondeu-me que eu tinha falta de gosto, que uma torre quebra o sky-line e isso é bonito. Enfim... Perdoai-lhes Senhor. Finalmente de referir que não sei se este projecto tem interesse nacional, na minha opinião tem todo o interesse municipal e deveria ser desenvolvido por todas as forças vivas do concelho.Face ao exposto cocncluo que a minha preferência é mais uma espécie de parque temático.


Quanto ao Parque temático começo por contar uma história:Já há mais de dez anos (estou a ficar velho) ia eu, na minha qualidade de líder estudantil, reunir com o Ministro da Educação, na altura o Eng.º Marçal Grilo. Ainda antes de entrar na sala de reuniões fui interceptado por uma senhora, se bem me lembro seria a Directora Geral do Ensino Superior, que também participava no encontro e se queria inteirar das questões que eu trazia. O principal ponto da Ordem de Trabalhos era Acção Social Escolar, então comecei a debitar números, contas, estatísticas, simulações e argumentos que tinha estudado durante semanas e dos quais me encontrava seguro e orgulhoso.A resposta não podia ser mais decepcionante, mas ao mesmo tempo revelou-se uma grande lição:- Você é politico, não é funcionário do Ministério. Se quer um conselho, a bem dos alunos que representa, identifique o problema e diga como gostava do ver resolvido. Deixe o resto para os técnicos, que é para isso que cá estão. Se não o fizer discutirá apenas as dificuldades ou inexactidões do acessório mas não o que o trouxe cá.No ano seguinte a Acção Social Escolar tornou-se um instrumento universal no Ensino Superior, e isso é algo de que me orgulho muito.Quando li as suas inúmeras questões esse dia veio-me imediatamente à memória...No entanto, depois deste intróito, não deixarei de tentar, tendo em conta as suas questões, de partilhar consigo o que penso sobre o assunto Parque Temático, com a ressalva que o aqui dito apenas me responsabiliza a mim e não o Partido Socialista.Como já disse em anterior Post o diagnóstico é: Não há actividade económica relevante do sector turismo no município do Seixal. Não acredito em panaceias milagrosas, mas sei que para resolver este problema é necessário criar pólos de atracção no concelho do Seixal. Antes de mais ordenando o território e tornando o espaço público agradável, sem dúvida. Ai se inserem as ciclovias, as praias fluviais e os respectivos equipamentos de apoio.Mas a questão aqui é outra, reside na necessidade de criar riqueza localmente, porque criar riqueza localmente significa criar empregos directa e indirectamente estimulando o comércio local. Só assim se atenua o efeito pendular diário no sentido de Lisboa e só assim se melhoram as condições de vida de quem aqui habita. Menos carros, menos filas, menos poluição, mais tempo para a família, mais e melhor oferta comercial, mais e melhor oferta cultural, é disto que estamos a falar. O parque temático é uma ideia, qualquer outra é bem vinda, mas urge captar investimento para o concelho do Seixal no sector do Turismo. Mais, este investimento tem que ser efectuado num equipamento âncora que possa suportar outros investimentos, menores, mas suportados no poder de atracção do primeiro.Quanto à temática os descobrimentos parecem-me uma boa ideia, valoriza a história nacional e a história do concelho, já o Parque da Moita, e o tema da portugalidade, me soa um pouco a Exposição do Mundo Português...Quanto à área prevista eu via com bons olhos que um projecto deste tipo se desenrola-se nos terrenos que vão desde a Flor da Mata até à Quinta da Fidalga. Na minha opinião o equipamento a desenhar teria a forma de Corredor Verde e poderia desenvolver-se ao longo do percurso do Rio Judeu. Chamaria a atenção para a importância da natureza, iniciando-se nos pinhais e na produção de madeira, passando pela construção naval e acabando na epopeia dos descobrimentos. O núcleo central deste corredor verde/parque dos descobrimentos seria nas antigas oficinas da Câmara, que esta se prepara para vender com destino à especulação imobiliária. E todo o parque, a partir daí, se desenrolaria ao longo do espaço previsto para o Plano de Pormenor da Torre da Marinha, ou seja, desde os semáforos do Fogueteiro, passando pelo antigo parque oficinal, pela fábrica da seda até à fábrica de lanifícios, já junto à Ponte da Fraternidade.Assim se evitava a construção de mais habitações e se valorizava o concelho, com o aproveitamento de um local (junto ao nó da auto-estrada) com acessibilidades, que necessitando naturalmente de ser adaptadas, são já boas.A este propósito alerto que o Plano de Pormenor da Torre da Marinha é, na minha opinião, um péssimo projecto que prevê prédios de 6 andares ao longo de todo o trajecto que referi anteriormente, coroado com um edificio de DOZE ANDARES junto aos semáforos do Fogueteiro. Já transmiti esta minha opinião ao arquitecto responsável pelo projecto (Plano de Pormenor) mas ele respondeu-me que eu tinha falta de gosto, que uma torre quebra o sky-line e isso é bonito. Enfim... Perdoai-lhes Senhor. Finalmente de referir que não sei se este projecto tem interesse nacional, na minha opinião tem todo o interesse municipal e deveria ser desenvolvido por todas as forças vivas do concelho.Face ao exposto cocncluo que a minha preferência é mais uma espécie de parque temático.

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