Clube de Reflexão Política: Ricardo Póvoa: Energia e eficiência energética

03-08-2010
marcar artigo


A eficiência energética é de facto uma importante problemática das sociedades modernas.
Do ponto de vista da engenharia, esta problemática faz sentido, não só porque as fontes não renováveis estão realmente a esgotar-se, como também, e principalmente, pelo facto da energia disponível no instante em que a utilizamos, ou por outras palavras, a potência disponível, ser de facto limitada. Se queremos cultivar sociedades que do ponto de vista energético são muito exigentes, como Nova York ou Hong Kong, temos realmente, não só que produzir mais, mas também que reduzir o consumo instantâneo de cada consumidor, afim de poder abastecer o máximo número possível de consumidores ao mesmo tempo. Também, a energia não pode ser armazenada em grandes quantidades; é produzida para instantes depois ser consumida. Isto é uma limitação física da natureza. Assim, é erróneo pensar, por exemplo, que pelo facto de não termos consumido energia ontem, poderemos utilizar toda a que quisermos hoje, já que a de ontem terá sido guardada algures.
Por outro lado, tem havido uma preocupação grande por parte deste governo, em criar parques de geração de energia com recurso a fontes renováveis, com vista a diminuir a nossa dependência do petróleo, por razões ambientais e económicas. Contudo as fontes renováveis pecam por não existir sempre que se deseja, e pelo facto de às vezes haver em demasia, o que dificulta a conversão para electricidade. Por isso, é importante relembrar que a solução para a energia, principalmente no nosso país, não é apenas criar parques geradores (até porque temos uma área finita) mas principalmente passa pela criação de meios de gestão optimizada dos recursos disponíveis, através de tecnologia (Smart Grids), ou através de legislação.
Em suma, a energia é um bem e a sua distribuição é um serviço público, em que o nosso país deverá sem dúvida apostar, para um futuro mais próspero.
Ricardo Filipe PóvoaInstituto Superior TécnicoMembro do Clube A Linha


A eficiência energética é de facto uma importante problemática das sociedades modernas.
Do ponto de vista da engenharia, esta problemática faz sentido, não só porque as fontes não renováveis estão realmente a esgotar-se, como também, e principalmente, pelo facto da energia disponível no instante em que a utilizamos, ou por outras palavras, a potência disponível, ser de facto limitada. Se queremos cultivar sociedades que do ponto de vista energético são muito exigentes, como Nova York ou Hong Kong, temos realmente, não só que produzir mais, mas também que reduzir o consumo instantâneo de cada consumidor, afim de poder abastecer o máximo número possível de consumidores ao mesmo tempo. Também, a energia não pode ser armazenada em grandes quantidades; é produzida para instantes depois ser consumida. Isto é uma limitação física da natureza. Assim, é erróneo pensar, por exemplo, que pelo facto de não termos consumido energia ontem, poderemos utilizar toda a que quisermos hoje, já que a de ontem terá sido guardada algures.
Por outro lado, tem havido uma preocupação grande por parte deste governo, em criar parques de geração de energia com recurso a fontes renováveis, com vista a diminuir a nossa dependência do petróleo, por razões ambientais e económicas. Contudo as fontes renováveis pecam por não existir sempre que se deseja, e pelo facto de às vezes haver em demasia, o que dificulta a conversão para electricidade. Por isso, é importante relembrar que a solução para a energia, principalmente no nosso país, não é apenas criar parques geradores (até porque temos uma área finita) mas principalmente passa pela criação de meios de gestão optimizada dos recursos disponíveis, através de tecnologia (Smart Grids), ou através de legislação.
Em suma, a energia é um bem e a sua distribuição é um serviço público, em que o nosso país deverá sem dúvida apostar, para um futuro mais próspero.
Ricardo Filipe PóvoaInstituto Superior TécnicoMembro do Clube A Linha

marcar artigo