A Cinco Tons: Tanto silêncio à volta do Diário do Alentejo

27-01-2011
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Em todas as eleições autárquicas, no Alentejo, o Diário do Alentejo tem sido, regra geral, um dos temas recorrentes. Isto porque o semanário de Beja é propriedade da Associação de Municípios e sempre que há alterações eleitorais o jornal é muito sensível a essas mudanças. Durante muitos anos, enquanto o poder autárquico do PCP se manteve inalterável no distrito, o Diário do Alentejo foi uma voz ortodoxa e completamente alinhada com a estratégia daquele partido. Depois o PS ganhou a maioria das Câmaras e durante 4 anos António José Brito tentou dar um cunho menos ideológico e mais jornalístico ao semanário, mas o peso institucional do Diário do Alentejo não o deixou escapar a várias polémicas. Há 4 anos, a CDU ficou de novo à frente da associação de municípios e o jornal voltou, de novo, a uma perspectiva mais ideológica e menos informativa. Hoje e depois das eleições do passado dia 11, a correlação de forças na Associação de Municipios de Beja voltou a alterar-se e resta esperar pela nova direcção desta entidade, que tutela o Diário do Alentejo. Mas a verdade é que o Diário do Alentejo não tem hoje o peso nem a importância que já teve: é um jornal quase sem impacto, que a direcção formal de João Matias e efectiva de Carlos Pereira anestesiaram nestes últimos anos. O aparecimento do Alentejo Popular e do Correio Alentejo veio também minar o espaço do Diário do Alentejo que, ao contrário do que se passava anteriormente, hoje já pouco anima as conversas e os debates. Daí, talvez, este silêncio continuado em torno de um jornal que, noutras eleições, esteve sempre no centro do debate político regional. Sobretudo do autárquico. E que hoje vegeta, apenas e só, como porta-voz mínimo dos sectores menos esclarecidos do PCP baixo-alentejano. Porque os mais lúcidos construíram uma voz alternativa: o Alentejo Popular, um semanário menos dependente dos humores dos pequenos e médios poderes autárquicos e mais afirmativo politicamente.


Em todas as eleições autárquicas, no Alentejo, o Diário do Alentejo tem sido, regra geral, um dos temas recorrentes. Isto porque o semanário de Beja é propriedade da Associação de Municípios e sempre que há alterações eleitorais o jornal é muito sensível a essas mudanças. Durante muitos anos, enquanto o poder autárquico do PCP se manteve inalterável no distrito, o Diário do Alentejo foi uma voz ortodoxa e completamente alinhada com a estratégia daquele partido. Depois o PS ganhou a maioria das Câmaras e durante 4 anos António José Brito tentou dar um cunho menos ideológico e mais jornalístico ao semanário, mas o peso institucional do Diário do Alentejo não o deixou escapar a várias polémicas. Há 4 anos, a CDU ficou de novo à frente da associação de municípios e o jornal voltou, de novo, a uma perspectiva mais ideológica e menos informativa. Hoje e depois das eleições do passado dia 11, a correlação de forças na Associação de Municipios de Beja voltou a alterar-se e resta esperar pela nova direcção desta entidade, que tutela o Diário do Alentejo. Mas a verdade é que o Diário do Alentejo não tem hoje o peso nem a importância que já teve: é um jornal quase sem impacto, que a direcção formal de João Matias e efectiva de Carlos Pereira anestesiaram nestes últimos anos. O aparecimento do Alentejo Popular e do Correio Alentejo veio também minar o espaço do Diário do Alentejo que, ao contrário do que se passava anteriormente, hoje já pouco anima as conversas e os debates. Daí, talvez, este silêncio continuado em torno de um jornal que, noutras eleições, esteve sempre no centro do debate político regional. Sobretudo do autárquico. E que hoje vegeta, apenas e só, como porta-voz mínimo dos sectores menos esclarecidos do PCP baixo-alentejano. Porque os mais lúcidos construíram uma voz alternativa: o Alentejo Popular, um semanário menos dependente dos humores dos pequenos e médios poderes autárquicos e mais afirmativo politicamente.

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