A Cinco Tons: Jerónimo de Sousa : serenidade e cautelas

27-01-2011
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Nesta tripla campanha eleitoral ainda não tinha assistido a nenhum comício com Jerónimo de Sousa. Ontem, por razões profissionais, estive no almoço que a CDU realizou em Évora com o líder do PCP. Sobre a assistência nada de especial, os discursos em geral também, o próprio décor - tudo foi semelhante ao que geralmente é, quer no PCP, quer por se tratar de campanha eleitoral. E gostei da forma como Jerónimo tinha estruturado o seu discurso. Também sei que dada já a experiência que tem (eu acompanhei-o bastante logo na altura em que foi escolhido para líder do PCP), e a rodagem que estas triplas campanhas eleitorais lhe proporcionaram, Jerónimo lida com a palavra com elegância, respeito e alguma contenção. Aqui em Évora falou naquilo que é, na sua opinião, a diferença do PCP relativamente aos outros partidos: a atitude colectiva e o pôr a defesa dos trabalhadores no centro do combate político. Mas Jerónimo de Sousa - parece-me - quis também deixar outra mensagem: perante alguma euforia colectiva que parece existir na campanha da CDU, em Évora, disse que "cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém" e que, por vezes, no PCP o balão das expectativas incha muito e, depois, quando não se conseguem os resultados pretendidos existe alguma depressão, mas quer ganhe ou perca a Câmara o PCP estará disponível para a luta logo a seguir ao dia das eleições. Jerónimo de Sousa, até por saber - como todos sabem - que estas eleições muitas vezes desenterram as pequenas raivas e tricas pessoais ao nível local, disse, depois, que nas listas dos outros partidos também há gente honesta e que o PCP não detém o monopólio da honestidade. Detém isso sim a bandeira do trabalho colectivo e não do individualismo ou da criatividade de um só homem ou de um só candidato - disse ainda Jerónimo de Sousa, num tom confiante, mas sereno, sem grandes arroubos ou demagogia política, como é característica destes períodos eleitorais. É uma serenidade que é importante para que o combate político não se situe apenas ao nível da sargeta.


Nesta tripla campanha eleitoral ainda não tinha assistido a nenhum comício com Jerónimo de Sousa. Ontem, por razões profissionais, estive no almoço que a CDU realizou em Évora com o líder do PCP. Sobre a assistência nada de especial, os discursos em geral também, o próprio décor - tudo foi semelhante ao que geralmente é, quer no PCP, quer por se tratar de campanha eleitoral. E gostei da forma como Jerónimo tinha estruturado o seu discurso. Também sei que dada já a experiência que tem (eu acompanhei-o bastante logo na altura em que foi escolhido para líder do PCP), e a rodagem que estas triplas campanhas eleitorais lhe proporcionaram, Jerónimo lida com a palavra com elegância, respeito e alguma contenção. Aqui em Évora falou naquilo que é, na sua opinião, a diferença do PCP relativamente aos outros partidos: a atitude colectiva e o pôr a defesa dos trabalhadores no centro do combate político. Mas Jerónimo de Sousa - parece-me - quis também deixar outra mensagem: perante alguma euforia colectiva que parece existir na campanha da CDU, em Évora, disse que "cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém" e que, por vezes, no PCP o balão das expectativas incha muito e, depois, quando não se conseguem os resultados pretendidos existe alguma depressão, mas quer ganhe ou perca a Câmara o PCP estará disponível para a luta logo a seguir ao dia das eleições. Jerónimo de Sousa, até por saber - como todos sabem - que estas eleições muitas vezes desenterram as pequenas raivas e tricas pessoais ao nível local, disse, depois, que nas listas dos outros partidos também há gente honesta e que o PCP não detém o monopólio da honestidade. Detém isso sim a bandeira do trabalho colectivo e não do individualismo ou da criatividade de um só homem ou de um só candidato - disse ainda Jerónimo de Sousa, num tom confiante, mas sereno, sem grandes arroubos ou demagogia política, como é característica destes períodos eleitorais. É uma serenidade que é importante para que o combate político não se situe apenas ao nível da sargeta.

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