Nissan: Subsídios à compra carros eléctricos são determinantes

27-01-2011
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Responsáveis da Nissan não receiam que novas medidas de austeridade acabem com as ajudas para compra de carros eléctricos

Carlos Tavares, vice-presidente executivo da Nissan, considera "determinante" que os subsídios do Governo à compra de carros eléctricos se mantenham durante alguns anos, afirmando igualmente que "não receia" que novas medidas de austeridade acabem com as ajudas.

"É muito importante para vencer a inércia, para criar uma dinâmica, que as ajudas do Governo estejam presentes durante alguns anos até que [a indústria automóvel] possa atingir um volume importante", disse Carlos Tavares à Lusa à margem dos primeiros testes de estrada do carro eléctrico Nissan Leaf em Lisboa.

O Governo inscreveu na proposta de Orçamento de Estado para 2011 um incentivo de 5.000 euros para cada um dos primeiros 5.000 compradores de um carro totalmente eléctrico, acumuláveis com 1.500 euros pela troca de um carro usado e isenções fiscais. O pacote de ajuda, no global, deve ultrapassar os 32 milhões de euros.

Carlos Tavares considera esse subsídio determinante. "É totalmente determinante, porque estamos a criar uma indústria completamente nova. A indústria automóvel actual tem pelo menos um século de experiência e investimento para produzir carros em grandes quantidades, o que ajuda imenso a reduzir os custos", diz o responsável.

Para se passar da tecnologia do motor de combustão para o motor eléctrico, sublinha Carlos Tavares, "há que pôr toda a máquina de produção em marcha. Para vencer esta inércia é preciso que, ao princípio, se crie uma ajuda para que os preços sejam atractivos".

Com preços atractivos cria-se volume e depois logo a indústria inicia o seu trabalho de reduzir os custos através da produtividade, acrescentou. "Temos ee encarar esta introdução [do carro eléctrico] como um projecto a longo prazo, não pode durar seis meses ou um ano. É um projecto de sociedade. Acho que o Governo vai ter capacidade de entender isso e de continuar a investir", sublinhou.

Carlos Tavares diz que a razão é simples. "Todos estes projectos trazem tecnologias e oportunidades para utilizar o talento dos vários países. E Portugal é um bom exemplo: através do conceito Mobi-e vê-se como Portugal está a utilizar o veículo eléctrico para promover novas tecnologias e o talento dos jovens portugueses, o que faz sentido mesmo em tempos de crise".

Presente na cerimónia, o secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, explicou a opção do Governo em manter os subsídios mesmo em período de austeridade. "Num orçamento de grande contenção foi decidido manter os incentivos. E num tempo de contenção justifica-se? Sim e muito, porque estes carros vão consumir energia produzida em Portugal", disse o responsável. Um dos grandes problemas do País, acrescentou, é o défice da balança comercial, e uma grande componente desse défice comercial é a importação da energia. "As famílias, mesmo do ponto de vista social, terão um ganho em substituir nos transportes energia fóssil por energia produzida em Portugal".

Responsáveis da Nissan não receiam que novas medidas de austeridade acabem com as ajudas para compra de carros eléctricos

Carlos Tavares, vice-presidente executivo da Nissan, considera "determinante" que os subsídios do Governo à compra de carros eléctricos se mantenham durante alguns anos, afirmando igualmente que "não receia" que novas medidas de austeridade acabem com as ajudas.

"É muito importante para vencer a inércia, para criar uma dinâmica, que as ajudas do Governo estejam presentes durante alguns anos até que [a indústria automóvel] possa atingir um volume importante", disse Carlos Tavares à Lusa à margem dos primeiros testes de estrada do carro eléctrico Nissan Leaf em Lisboa.

O Governo inscreveu na proposta de Orçamento de Estado para 2011 um incentivo de 5.000 euros para cada um dos primeiros 5.000 compradores de um carro totalmente eléctrico, acumuláveis com 1.500 euros pela troca de um carro usado e isenções fiscais. O pacote de ajuda, no global, deve ultrapassar os 32 milhões de euros.

Carlos Tavares considera esse subsídio determinante. "É totalmente determinante, porque estamos a criar uma indústria completamente nova. A indústria automóvel actual tem pelo menos um século de experiência e investimento para produzir carros em grandes quantidades, o que ajuda imenso a reduzir os custos", diz o responsável.

Para se passar da tecnologia do motor de combustão para o motor eléctrico, sublinha Carlos Tavares, "há que pôr toda a máquina de produção em marcha. Para vencer esta inércia é preciso que, ao princípio, se crie uma ajuda para que os preços sejam atractivos".

Com preços atractivos cria-se volume e depois logo a indústria inicia o seu trabalho de reduzir os custos através da produtividade, acrescentou. "Temos ee encarar esta introdução [do carro eléctrico] como um projecto a longo prazo, não pode durar seis meses ou um ano. É um projecto de sociedade. Acho que o Governo vai ter capacidade de entender isso e de continuar a investir", sublinhou.

Carlos Tavares diz que a razão é simples. "Todos estes projectos trazem tecnologias e oportunidades para utilizar o talento dos vários países. E Portugal é um bom exemplo: através do conceito Mobi-e vê-se como Portugal está a utilizar o veículo eléctrico para promover novas tecnologias e o talento dos jovens portugueses, o que faz sentido mesmo em tempos de crise".

Presente na cerimónia, o secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, explicou a opção do Governo em manter os subsídios mesmo em período de austeridade. "Num orçamento de grande contenção foi decidido manter os incentivos. E num tempo de contenção justifica-se? Sim e muito, porque estes carros vão consumir energia produzida em Portugal", disse o responsável. Um dos grandes problemas do País, acrescentou, é o défice da balança comercial, e uma grande componente desse défice comercial é a importação da energia. "As famílias, mesmo do ponto de vista social, terão um ganho em substituir nos transportes energia fóssil por energia produzida em Portugal".

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