Governo justifica aumento dos preços com a conjuntura internacional

23-01-2011
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Esta foi a principal justificação apresentada ontem pelo Governo no debate de urgência sobre o aumento dos preços convocado pelo PCP e que foi aproveitado pela oposição para criticar o aumento de impostos e dos principais bens de consumo.

O PCP enumerou a longa lista e (algumas) altas percentagens de aumentos, das taxas moderadoras e medicamentos aos combustíveis e portagens, passando pelos transportes, propinas, pão, rendas de casa, electricidade, gás, IVA, IRS e custas judiciais. A que se somam o agravamento do desemprego e "cortes feitos de forma cega", como o congelamento de pensões e o aumento do salário mínimo em apenas 10 euros quando estava previsto que fossem 25. "O Governo tira com uma mão e... tira também com a outra. Aumenta os preços e baixa os rendimentos", criticou o deputado comunista João Ramos, acrescentando que "90 por cento da factura da crise é dirigida aos trabalhadores".

Fazendo-se representar por quatro secretários de Estado, o Governo tratou de desvalorizar a iniciativa do PCP - "que no início de cada ano pede um debate de urgência sobre o mesmo tema, classificando os aumentos de exagerados", acusaram.

O secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, lembrou a pressão que paira sobre Portugal para a redução do défice (daí a necessidade de aumentar impostos) e a subida generalizada das matérias-primas (sobretudo dos combustíveis, que tem impacto em cadeia no resto do quotidiano), congratulou-se com o resultado da venda da dívida de anteontem e com o cumprimento do défice estabelecido para 2010. "Sabemos que pedimos sacrifícios, mas darão resultados e permitirão salvar o essencial do Estado Social", justificou, preferindo enveredar pelo contributo da política energética que, com as renováveis, "cria emprego e reduz as importações".

O PSD criticou o estado de abandono da agricultura e os aumentos injustificados dos combustíveis; o CDS disse que o Governo "vive do marketing". Heloísa Apolónia, dos Verdes questionou a "sensibilidade social do Governo", que "furtou poder de compra à população", e juntou-se ao bloquista Filipe Soares para criticar as consequências da liberalização do mercado. Zorrinho lembrou que "os preços administrativos acabaram há muito tempo", que é preciso fixá-los consoante o das matérias-primas.

Esta foi a principal justificação apresentada ontem pelo Governo no debate de urgência sobre o aumento dos preços convocado pelo PCP e que foi aproveitado pela oposição para criticar o aumento de impostos e dos principais bens de consumo.

O PCP enumerou a longa lista e (algumas) altas percentagens de aumentos, das taxas moderadoras e medicamentos aos combustíveis e portagens, passando pelos transportes, propinas, pão, rendas de casa, electricidade, gás, IVA, IRS e custas judiciais. A que se somam o agravamento do desemprego e "cortes feitos de forma cega", como o congelamento de pensões e o aumento do salário mínimo em apenas 10 euros quando estava previsto que fossem 25. "O Governo tira com uma mão e... tira também com a outra. Aumenta os preços e baixa os rendimentos", criticou o deputado comunista João Ramos, acrescentando que "90 por cento da factura da crise é dirigida aos trabalhadores".

Fazendo-se representar por quatro secretários de Estado, o Governo tratou de desvalorizar a iniciativa do PCP - "que no início de cada ano pede um debate de urgência sobre o mesmo tema, classificando os aumentos de exagerados", acusaram.

O secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, lembrou a pressão que paira sobre Portugal para a redução do défice (daí a necessidade de aumentar impostos) e a subida generalizada das matérias-primas (sobretudo dos combustíveis, que tem impacto em cadeia no resto do quotidiano), congratulou-se com o resultado da venda da dívida de anteontem e com o cumprimento do défice estabelecido para 2010. "Sabemos que pedimos sacrifícios, mas darão resultados e permitirão salvar o essencial do Estado Social", justificou, preferindo enveredar pelo contributo da política energética que, com as renováveis, "cria emprego e reduz as importações".

O PSD criticou o estado de abandono da agricultura e os aumentos injustificados dos combustíveis; o CDS disse que o Governo "vive do marketing". Heloísa Apolónia, dos Verdes questionou a "sensibilidade social do Governo", que "furtou poder de compra à população", e juntou-se ao bloquista Filipe Soares para criticar as consequências da liberalização do mercado. Zorrinho lembrou que "os preços administrativos acabaram há muito tempo", que é preciso fixá-los consoante o das matérias-primas.

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