O Cachimbo de Magritte: Custa muito ser diferente

28-05-2010
marcar artigo


O Pedro é engenheiro de telecomunicações, um dos melhores do país e trabalha para uma multinacional. O Pedro vive sozinho em Lisboa e é homossexual. O Pedro tem pendente um processo de adopção do André que tem quatro anos e está entregue pelo Estado a uma instituição desde os dois meses. O André adora o Pedro. Na pendência do processo o Pedro visita o André todas as semanas, passam tardes juntos e todos os funcionários na instituição gostam muito do Pedro. O processo está bem encaminhado mas os processos de adopção demoram sempre anos.Entretanto o Pedro inicia uma relação estável com o Miguel, ambos pretendem casar. No entanto o Pedro é alertado na conservatória que se casar o processo de adopção do André é anulado. Mais, como casado não poderá reiniciar outro processo de adopção. Entretanto na instituição informam o Pedro que um outro casal iniciou um processo para adopção e que aguardam que o processo do Pedro termine para se candidatarem à adopção do André.O Pedro não quer acreditar que, afinal, o seu casamento é diferente e que se casar terá de abandonar o processo de adopção do André. O Pedro tem de optar por casar com o Miguel ou adoptar o André. Sente-se revoltado, discriminado, traído pelo legislador. Não aceita que o seu casamento seja de segunda.Custa muito ser diferente.


O Pedro é engenheiro de telecomunicações, um dos melhores do país e trabalha para uma multinacional. O Pedro vive sozinho em Lisboa e é homossexual. O Pedro tem pendente um processo de adopção do André que tem quatro anos e está entregue pelo Estado a uma instituição desde os dois meses. O André adora o Pedro. Na pendência do processo o Pedro visita o André todas as semanas, passam tardes juntos e todos os funcionários na instituição gostam muito do Pedro. O processo está bem encaminhado mas os processos de adopção demoram sempre anos.Entretanto o Pedro inicia uma relação estável com o Miguel, ambos pretendem casar. No entanto o Pedro é alertado na conservatória que se casar o processo de adopção do André é anulado. Mais, como casado não poderá reiniciar outro processo de adopção. Entretanto na instituição informam o Pedro que um outro casal iniciou um processo para adopção e que aguardam que o processo do Pedro termine para se candidatarem à adopção do André.O Pedro não quer acreditar que, afinal, o seu casamento é diferente e que se casar terá de abandonar o processo de adopção do André. O Pedro tem de optar por casar com o Miguel ou adoptar o André. Sente-se revoltado, discriminado, traído pelo legislador. Não aceita que o seu casamento seja de segunda.Custa muito ser diferente.

marcar artigo