O Arquivo: Jardim com larga maioria

05-08-2010
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Alberto João Jardim ganhou as eleições legislativas da Madeira com maioria absoluta e reforçou claramente a votação alcançada nas anteriores eleições. Na reacção à vitória, exigiu bom-senso, calma, isenção e responsabilidade. O líder do PSD/Madeira, Alberto João Jardim afirmou que o “interesse nacional exige bom senso, calma, isenção, responsabilidade tanto dos órgãos de Estado como de governo próprio da Região”. João Jardim falava após alcançar a nona vitória consecutiva nas eleições legislativas na Madeira. Declarou que “uma democracia civilizada aceita a vontade de um povo”, acrescentando que “tudo o que se passou está ultrapassado”. “Deixem a Madeira e o seu povo trabalhar”, apelou. Para Jardim, “Portugal não pode continuar doente com a permissividades em males sociais graves como a droga. Doente com absurdos a que chamam causas fracturantes, mas que mais não são do que decadência, inversão de valores, ausência de cultura, tragédias familiares e aumento da criminalidade”. “Recuso que a Madeira esteja sujeita a uma inflação legislativa nacional incompetente, a qual obstrui sistematicamente o investimento, alarga a praga burocrática, asfixia a economia e provoca o desemprego”, disse. “Recuso a montagem de um Estado policial em Portugal destinado também a perseguir quem não alinha pelo pensamento único subtilmente institucionalizado”, acrescentou.Alberto João Jardim disse ainda recusar “um aparelho de justiça ideologicamente penetrado, mediaticamente exibicionista e que invada áreas dos restantes poderes de Estado”. O líder madeirense sustentou apoiar “todas as movimentações populares democráticas que visem mudanças de fundo em Portugal”.“Defendo o princípio da unidade diferenciada, em que a Madeira, no quadro da unidade nacional, tem direito ao seu sistema de desenvolvimento próprio e diferente, ficando para o Estado apenas as competências que consubstanciam a essência, e só esta, da mesma unidade nacional”. Num alerta para o interior do partido na Região, Jardim frisou: “ninguém é eterno na política. Hoje na Madeira fechou-se um tempo político-eleitoral. Os autonomistas madeirenses, e sobretudo os sociais-democratas têm agora de reflectir 2011, sempre com discrição, inteligência e lealdade. 2011 é já amanhã. Não se tolera erros que comprometam o futuro da Madeira”. “Celebremos a festa da vitória. Amanhã toca a trabalhar”, concluiu.À hora de fecho desta edição, o PSD-M liderava a contagem dos votos na Madeira com pouco mais de 69 por cento quando estavam apuradas 27 das 54 freguesias da Madeira. Na segunda posição encontrava-se o PS com 25,3 por cento dos votos, seguindo-se o CDS/PP com 3,01 por cento. O MPT e o BE assumiam naquele momento a quarta posição “ex aequo” com 1,81 por cento dos votos cada, à frente da CDU, com 1,2, e do PND, com 0,6 por cento. Nas eleições de 2004, o PSD ganhou com 53,6 por cento dos votos e elegeu 44 deputados, enquanto o PS obteve 27,5 por cento e elegeu 13 deputados. Derrota de SócratesO líder do PSD, Marques Mendes, considerou que a vitória de Alberto João Jardim na Madeira foi “uma derrota para o primeiro-ministro, José Sócrates, que deve tirar daí ilações”. “É importante para a coesão nacional que não haja conflitos e o primeiro-ministro deve reflectir sobre esta derrota e não insistir em teimosias”, disse Marques Mendes, referindo-se à Lei de finanças Regionais, que considerou “injusta e de bloqueio financeiro à Madeira”.“É uma grande vitória do povo madeirense, de PSD-M e de Alberto João Jardim, a quem apresento os meus sinceros parabéns”, acrescentou, lamentando apenas a taxa de abstenção registada. PSD/A fala na derrota dos centralistasO líder do PSD/Açores afirmou que o primeiro-ministro, José Sócrates, é um dos “grandes derrotados” das eleições na Madeira. “Os grande derrotados são os centralistas de Lisboa”, adiantou Carlos Costa Neves, ao destacar a “grande vitória” do PSD/Madeira, liderado por Alberto João Jardim. O dirigente social-democrata açoriano considerou, ainda, que as eleições regionais mostraram uma “votação contra o centralismo”, ao destacar a Lei de Finanças Regionais, que regula o relacionamento financeiro entre o Estado e as Regiões Autónomas. Costa Neves adiantou que, perante os resultados nas regionais, a “humildade democrática” obrigaria a alterações na LFR, mas a “arrogância” da governação socialista impedirá qualquer iniciativa neste sentido.PS diz que foi perda de tempoO presidente do Governo açoriano afirmou que as eleições na Madeira “constituíram uma perda de tempo e de energias”, alegando que “não trouxeram nada de novo” para o país e para a região. “A antecipação das eleições regionais, apesar do aumento da votação do PSD, não trouxe nada de novo na vida política interna da Madeira, como também na relação com o Governo e a Assembleia da República e, como tal, constituíram uma perda de tempo e de energia para todos”, disse Carlos César. Relativamente à alteração da Lei de Finanças Regionais, que regula o relacionamento financeiro entre o Estado e as Regiões Autónomas, Carlos César adiantou que a própria lei “prevê a sua alteração em 2013 e que não faz qualquer sentido falar de novo no assunto”. O chefe do executivo açoriano afirmou, ainda, que a campanha eleitoral na Madeira decorreu de forma “muito diferente” do que é habitual nos Açores. “Governo não muda a Lei das Finanças Regionais”O porta-voz do PS recusou tirar “qualquer conclusão nacional” da vitória de Alberto João Jardim nas eleições regionais antecipadas na Madeira, garantindo que a Lei das Finanças Regionais não será alterada. Em declarações aos jornalistas na sede nacional do PS, em Lisboa, Vitalino Canas recusou que o resultado alcançado pelos socialistas nas eleições na região autónoma da Madeira corresponda a uma derrota do Governo, preferindo atribuir a vitória social-democrata “à campanha populista” de Alberto João Jardim. Exercício inútilConsiderando as eleições antecipadas “um exercício inútil”, Vitalino Canas assinalou “a necessidade de todos os portugueses, independentemente do local onde residem, fazerem “um esforço” para a consolidação das finanças públicas.Disse-o quando reiterava que “o Governo não irá rever a Lei das Finanças Regionais”. O porta-voz insistiu que a Lei das Finanças Regionais é “justa” e que “o PS vai continuar fiel ao seu programa”. O responsável socialista, que começou a sua declaração por “felicitar o PSD da Madeira pela vitória”, endereçou ainda “um abraço solidário e fraternal” aos socialistas madeirenses, destacando as “condições difíceis” que tiveram de enfrentar durante a campanha eleitoral. Vitalino Canas desvalorizou também a ausência de dirigentes nacionais durante a campanha na Madeira, garantindo que existiu “uma total articulação” entre a direcção nacional do partido e a direcção regional. Ao mesmo, o porta-voz socialista aproveitou para criticar a tentativa do líder do PSD, Luís Marques Mendes, de se “colar aos resultados”. “Devia também colar-se a todos os disparates”, acrescentou.


Alberto João Jardim ganhou as eleições legislativas da Madeira com maioria absoluta e reforçou claramente a votação alcançada nas anteriores eleições. Na reacção à vitória, exigiu bom-senso, calma, isenção e responsabilidade. O líder do PSD/Madeira, Alberto João Jardim afirmou que o “interesse nacional exige bom senso, calma, isenção, responsabilidade tanto dos órgãos de Estado como de governo próprio da Região”. João Jardim falava após alcançar a nona vitória consecutiva nas eleições legislativas na Madeira. Declarou que “uma democracia civilizada aceita a vontade de um povo”, acrescentando que “tudo o que se passou está ultrapassado”. “Deixem a Madeira e o seu povo trabalhar”, apelou. Para Jardim, “Portugal não pode continuar doente com a permissividades em males sociais graves como a droga. Doente com absurdos a que chamam causas fracturantes, mas que mais não são do que decadência, inversão de valores, ausência de cultura, tragédias familiares e aumento da criminalidade”. “Recuso que a Madeira esteja sujeita a uma inflação legislativa nacional incompetente, a qual obstrui sistematicamente o investimento, alarga a praga burocrática, asfixia a economia e provoca o desemprego”, disse. “Recuso a montagem de um Estado policial em Portugal destinado também a perseguir quem não alinha pelo pensamento único subtilmente institucionalizado”, acrescentou.Alberto João Jardim disse ainda recusar “um aparelho de justiça ideologicamente penetrado, mediaticamente exibicionista e que invada áreas dos restantes poderes de Estado”. O líder madeirense sustentou apoiar “todas as movimentações populares democráticas que visem mudanças de fundo em Portugal”.“Defendo o princípio da unidade diferenciada, em que a Madeira, no quadro da unidade nacional, tem direito ao seu sistema de desenvolvimento próprio e diferente, ficando para o Estado apenas as competências que consubstanciam a essência, e só esta, da mesma unidade nacional”. Num alerta para o interior do partido na Região, Jardim frisou: “ninguém é eterno na política. Hoje na Madeira fechou-se um tempo político-eleitoral. Os autonomistas madeirenses, e sobretudo os sociais-democratas têm agora de reflectir 2011, sempre com discrição, inteligência e lealdade. 2011 é já amanhã. Não se tolera erros que comprometam o futuro da Madeira”. “Celebremos a festa da vitória. Amanhã toca a trabalhar”, concluiu.À hora de fecho desta edição, o PSD-M liderava a contagem dos votos na Madeira com pouco mais de 69 por cento quando estavam apuradas 27 das 54 freguesias da Madeira. Na segunda posição encontrava-se o PS com 25,3 por cento dos votos, seguindo-se o CDS/PP com 3,01 por cento. O MPT e o BE assumiam naquele momento a quarta posição “ex aequo” com 1,81 por cento dos votos cada, à frente da CDU, com 1,2, e do PND, com 0,6 por cento. Nas eleições de 2004, o PSD ganhou com 53,6 por cento dos votos e elegeu 44 deputados, enquanto o PS obteve 27,5 por cento e elegeu 13 deputados. Derrota de SócratesO líder do PSD, Marques Mendes, considerou que a vitória de Alberto João Jardim na Madeira foi “uma derrota para o primeiro-ministro, José Sócrates, que deve tirar daí ilações”. “É importante para a coesão nacional que não haja conflitos e o primeiro-ministro deve reflectir sobre esta derrota e não insistir em teimosias”, disse Marques Mendes, referindo-se à Lei de finanças Regionais, que considerou “injusta e de bloqueio financeiro à Madeira”.“É uma grande vitória do povo madeirense, de PSD-M e de Alberto João Jardim, a quem apresento os meus sinceros parabéns”, acrescentou, lamentando apenas a taxa de abstenção registada. PSD/A fala na derrota dos centralistasO líder do PSD/Açores afirmou que o primeiro-ministro, José Sócrates, é um dos “grandes derrotados” das eleições na Madeira. “Os grande derrotados são os centralistas de Lisboa”, adiantou Carlos Costa Neves, ao destacar a “grande vitória” do PSD/Madeira, liderado por Alberto João Jardim. O dirigente social-democrata açoriano considerou, ainda, que as eleições regionais mostraram uma “votação contra o centralismo”, ao destacar a Lei de Finanças Regionais, que regula o relacionamento financeiro entre o Estado e as Regiões Autónomas. Costa Neves adiantou que, perante os resultados nas regionais, a “humildade democrática” obrigaria a alterações na LFR, mas a “arrogância” da governação socialista impedirá qualquer iniciativa neste sentido.PS diz que foi perda de tempoO presidente do Governo açoriano afirmou que as eleições na Madeira “constituíram uma perda de tempo e de energias”, alegando que “não trouxeram nada de novo” para o país e para a região. “A antecipação das eleições regionais, apesar do aumento da votação do PSD, não trouxe nada de novo na vida política interna da Madeira, como também na relação com o Governo e a Assembleia da República e, como tal, constituíram uma perda de tempo e de energia para todos”, disse Carlos César. Relativamente à alteração da Lei de Finanças Regionais, que regula o relacionamento financeiro entre o Estado e as Regiões Autónomas, Carlos César adiantou que a própria lei “prevê a sua alteração em 2013 e que não faz qualquer sentido falar de novo no assunto”. O chefe do executivo açoriano afirmou, ainda, que a campanha eleitoral na Madeira decorreu de forma “muito diferente” do que é habitual nos Açores. “Governo não muda a Lei das Finanças Regionais”O porta-voz do PS recusou tirar “qualquer conclusão nacional” da vitória de Alberto João Jardim nas eleições regionais antecipadas na Madeira, garantindo que a Lei das Finanças Regionais não será alterada. Em declarações aos jornalistas na sede nacional do PS, em Lisboa, Vitalino Canas recusou que o resultado alcançado pelos socialistas nas eleições na região autónoma da Madeira corresponda a uma derrota do Governo, preferindo atribuir a vitória social-democrata “à campanha populista” de Alberto João Jardim. Exercício inútilConsiderando as eleições antecipadas “um exercício inútil”, Vitalino Canas assinalou “a necessidade de todos os portugueses, independentemente do local onde residem, fazerem “um esforço” para a consolidação das finanças públicas.Disse-o quando reiterava que “o Governo não irá rever a Lei das Finanças Regionais”. O porta-voz insistiu que a Lei das Finanças Regionais é “justa” e que “o PS vai continuar fiel ao seu programa”. O responsável socialista, que começou a sua declaração por “felicitar o PSD da Madeira pela vitória”, endereçou ainda “um abraço solidário e fraternal” aos socialistas madeirenses, destacando as “condições difíceis” que tiveram de enfrentar durante a campanha eleitoral. Vitalino Canas desvalorizou também a ausência de dirigentes nacionais durante a campanha na Madeira, garantindo que existiu “uma total articulação” entre a direcção nacional do partido e a direcção regional. Ao mesmo, o porta-voz socialista aproveitou para criticar a tentativa do líder do PSD, Luís Marques Mendes, de se “colar aos resultados”. “Devia também colar-se a todos os disparates”, acrescentou.

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