Açores, SA: ups

19-12-2009
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Carta Aberta ao Presidente do Governo Regional,

Deixo dois desafios ao Presidente do Governo: Desaprove e demarque-se do infame ataque pessoal feito pelo Dr. Vasco Cordeiro; garanta que o seu Governo deixa de recorrer a pressões, públicas ou privadas. A pretexto de uma decisão que tomei, na qualidade de Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas, reconhecendo a utilidade pública de um investimento turístico, o Dr. Vasco Cordeiro, membro do Governo Regional dos Açores, atacou-me, pública e pessoalmente, de forma soez e infame

Também publicamente, digo aos açorianos que não só, na altura, decidi, técnica e politicamente em consciência, como continuo a considerar adequada a decisão que tomei, pelo que a tomaria de novo.

Acresce que, da parte das entidades competentes, não pende, nunca pendeu, nenhuma acusação contra a minha pessoa, pela decisão que tomei.

Quanto a Carlos Costa Neves, a sua constituição como arguido poderá estar relacionada com o facto de ter assinado o despacho que permitia o abate de sobreiros na Herdade da Vargem Fresca, posteriormente revogado pelo actual ministro da Agricultura, Jaime Silva. Já os dois funcionários do CDS/PP, cujas identidades não foi possível apurar, terão sido confrontados com os depósitos fraccionados de um milhão de euros feitos na conta do partido, em Dezembro de 2004, dois meses antes das eleições legislativas de Fevereiro de 2005.

O DCIAP tem até ao final deste mês para tomar uma decisão quanto ao desfecho do processo. Em Março deste ano, após um pedido de aceleração processual feito por José António Barreiros, advogado de Abel Pinheiro, o Procurador-Geral da República deu um prazo de 90 dias para a conclusão das investigações. Com os três novos arguidos, o processo já tem um total de 12: Luís Horta e Costa, José Manuel de Sousa e Carlos Calvário, Eduardo Mendia, Vítor Campos e um terceiro membro que o Expresso não conseguiu identificar, todos administradores do GES, António Gonçalves, ex-responsável pelo Núcleo Florestal do Ribatejo que chegou a integrar uma lista do CDS/PP à Câmara de Abrantes nas eleições autárquicas de 2001. Uma das últimas diligências do processo passou pela audição, enquanto testemunha, de José Maria Ricciardi, administrador do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI).

Recorde-se que em Agosto de 2006, o DCIAP decidiu arquivar as suspeitas sobre o ex-ministro do Ambiente Luís Nobre Guedes. No "despacho intercalar", os magistrados manifestaram uma "convicção segura" de que Nobre Guedes não cometeu qualquer crime, apesar de também ter assinado o despacho que permitia o abate de sobreiros.

Jornal Expresso, Junho de 2007

".Carlos Costa Neves, presidente do PSD/Açores, Novembro de 2006

Carta Aberta ao Presidente do Governo Regional,

Deixo dois desafios ao Presidente do Governo: Desaprove e demarque-se do infame ataque pessoal feito pelo Dr. Vasco Cordeiro; garanta que o seu Governo deixa de recorrer a pressões, públicas ou privadas. A pretexto de uma decisão que tomei, na qualidade de Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas, reconhecendo a utilidade pública de um investimento turístico, o Dr. Vasco Cordeiro, membro do Governo Regional dos Açores, atacou-me, pública e pessoalmente, de forma soez e infame

Também publicamente, digo aos açorianos que não só, na altura, decidi, técnica e politicamente em consciência, como continuo a considerar adequada a decisão que tomei, pelo que a tomaria de novo.

Acresce que, da parte das entidades competentes, não pende, nunca pendeu, nenhuma acusação contra a minha pessoa, pela decisão que tomei.

Quanto a Carlos Costa Neves, a sua constituição como arguido poderá estar relacionada com o facto de ter assinado o despacho que permitia o abate de sobreiros na Herdade da Vargem Fresca, posteriormente revogado pelo actual ministro da Agricultura, Jaime Silva. Já os dois funcionários do CDS/PP, cujas identidades não foi possível apurar, terão sido confrontados com os depósitos fraccionados de um milhão de euros feitos na conta do partido, em Dezembro de 2004, dois meses antes das eleições legislativas de Fevereiro de 2005.

O DCIAP tem até ao final deste mês para tomar uma decisão quanto ao desfecho do processo. Em Março deste ano, após um pedido de aceleração processual feito por José António Barreiros, advogado de Abel Pinheiro, o Procurador-Geral da República deu um prazo de 90 dias para a conclusão das investigações. Com os três novos arguidos, o processo já tem um total de 12: Luís Horta e Costa, José Manuel de Sousa e Carlos Calvário, Eduardo Mendia, Vítor Campos e um terceiro membro que o Expresso não conseguiu identificar, todos administradores do GES, António Gonçalves, ex-responsável pelo Núcleo Florestal do Ribatejo que chegou a integrar uma lista do CDS/PP à Câmara de Abrantes nas eleições autárquicas de 2001. Uma das últimas diligências do processo passou pela audição, enquanto testemunha, de José Maria Ricciardi, administrador do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI).

Recorde-se que em Agosto de 2006, o DCIAP decidiu arquivar as suspeitas sobre o ex-ministro do Ambiente Luís Nobre Guedes. No "despacho intercalar", os magistrados manifestaram uma "convicção segura" de que Nobre Guedes não cometeu qualquer crime, apesar de também ter assinado o despacho que permitia o abate de sobreiros.

Jornal Expresso, Junho de 2007

".Carlos Costa Neves, presidente do PSD/Açores, Novembro de 2006

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