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07-02-2011
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Já só faltam cerca de 120 mil euros para pagar a Auto-escada para os Bombeiros da Póvoa de Varzim, cuja campanha de angariação de fundos começou no Verão passado. Um equipamento que ronda 660 mil euros a que se deverá juntar mais tarde um auto-tanque, de complemento, perfazendo os anunciados 900 mil euros da campanha iniciada pelo empresário Artur Antunes, dono do grupo Casa do Papel. A chamada 'Bola de Neve' viria a envolver vários particulares e colectividades ou entidades, como a Câmara da Póvoa e as diversas Juntas de Freguesia do concelho.

Rui Coelho, presidente da Real Associação Humanitária dos Bombeiros da Póvoa de Varzim (RAHBPV), confirmou que a Auto-escada está "em construção", tendo já sido pagos dois terços do seu valor. Ainda falta angariar alguma parte da verba para finalizar o pagamento, o que deverá rondar cerca de 120 mil euros. "A última prestação a saldar será de 239 mil euros", garantiu Rui Coelho, que conta com a entrega da auto-escada em finais de Março ou início de Abril. Este responsável adiantou ainda que o primeiro pagamento foi no mês de Julho, altura em que foi dada ordem de construção do equipamento: "nem sabíamos que demorava tanto tempo a ser construído e quando dissemos que estaria cá no Natal de 2010, foi mais por optimismo e ansiedade de ter a Auto-escada do que pelo conhecimento exacto da situação". O certo é que, sublinhou Rui Coelho, "está tudo a decorrer dentro da normalidade, pelo que nos disseram os dois comandantes das corporações da Póvoa e Vila do Conde, que se deslocaram a Itália, à fábrica, para verificar o fabrico e inteirarem-se já das bases do seu funcionamento".

Empresários vão ser alvo de "bombardeamento cirúrgico"

A estratégia que se segue, afirmou Artur Antunes, é "um bombardeamento cirúrgico, isto é, abordar várias empresas de vários sectores, uma a uma. Sabemos que os empresários até são boas pessoas e sensíveis a estes problemas, desde que lhes seja explicado para que serve o equipamento e porque precisamos dele. Repare-se que há muitos hotéis e restaurantes que, porventura, poderão ser os primeiros a precisarem da Auto-escada. As pessoas têm que pensar que os bombeiros não são pedintes nem nossos funcionários, são voluntários - a palavra diz tudo. É preciso mudar um pouco as mentalidades".

A campanha vai seguir também na imprensa, rádios e Norte Litoral TV para continuar a sensibilização. E além dos contactos directos com alguns empresários seguem cartas todas as semanas para empresas, por sectores, como Saúde, Restauração e Hotelaria, entre outros. "Eu estava à espera que estes empresários se aliassem à campanha voluntariamente em vez de termos de ser nós a ir ao encontro deles. Mas os que colaboraram não chegaram e é preciso mais este esforço, por isso, fizemos uma selecção na internet de várias empresas e estão a ser enviadas cartas todas as semanas", explicou o idealista da campanha a favor dos Bombeiros.

Festa popular está a ser estudada

No final de Março ou início de Abril, assim que houver data de entrega da Auto-escada, será estudado um espaço numa freguesia gratuito para fazer uma grande festa popular, em que a entrada seja de valor simbólico, "por exemplo 10 Euros ou mais, consoante cada um puder", disse Artur Antunes, a que se juntará "leilões de vários objectos de colecção, pois temos várias coisas que nos deram para leiloar e ainda não houve oportunidade". Está também a ser estudada uma demonstração pública do funcionamento da Auto-escada.

Autarquia de Vila do Conde esteve calada

No que diz respeito aos apoios das autarquias, Antunes refere que nada há a dizer quanto à Câmara da Póvoa, que "prometeu com a verba que cumpriu, apesar da crise". No que concerne a Vila do Conde, houve bom entendimento entre as duas corporações e direcções dos Bombeiros.

Acontece que, explicou Antunes, "foi dado a entender ao Dr. Abel Maia, presidente da Associação dos Bombeiros de Vila do Conde, que deveria ser a instituição a apelar junto da Câmara de Vila do Conde. Mas não sabemos se o fez ou não, pois não era de bom tom sermos nós, eu e o Dr. Rui Coelho, a fazermos o apelo à autarquia vilacondense. Mas não temos tido qualquer feedback da corporação vizinha quanto a esse eventual contacto com a Câmara, nem da própria Câmara houve qualquer manifestação a favor ou não da colaboração na campanha".

Rui Coelho salientou, por seu lado, que "os colegas dos Bombeiros de Vila do Conde tomaram a iniciativa de nos contactar para disponibilizarem o apoio. Creio que poderá ter havido algum travão ao entusiasmo com algumas notícias que saíram em jornais de Vila do Conde, que salientaram algum provincianismo bacoco de rivalidade entre as duas cidades".

Governo tem tido atitude "caricata"

No que concerne ao governo, o Ministério da Administração interna foi questionado pelos deputados poveiros na Assembleia da república, Jorge Machado (PCP) e Carla Barros (PSD). O Estado já respondeu, afirmando que "esta Auto-escada já foi alvo de dois concursos públicos", lembrou Artur Antunes, "em que diz que nunca apareceram concorrentes". O empresário sublinhou que "nestes casos em que os concursos ascendem a 400 mil euros, quando ela pode custar 600 ou 700 mil, o que faz com que nenhuma empresa se candidate". De acordo com Antunes, o "mais caricato" é que no final da resposta, afirma-se que "para o ano - em 2011 já - a escada vai ser posta a concurso. Ora, o que eu digo é que o governo poupe dinheiro e, em vez de abrir concurso de 400 mil euros, nos dê 300 mil apenas e nós paramos a campanha e saldamos tudo. Isto não faz qualquer sentido".

Já só faltam cerca de 120 mil euros para pagar a Auto-escada para os Bombeiros da Póvoa de Varzim, cuja campanha de angariação de fundos começou no Verão passado. Um equipamento que ronda 660 mil euros a que se deverá juntar mais tarde um auto-tanque, de complemento, perfazendo os anunciados 900 mil euros da campanha iniciada pelo empresário Artur Antunes, dono do grupo Casa do Papel. A chamada 'Bola de Neve' viria a envolver vários particulares e colectividades ou entidades, como a Câmara da Póvoa e as diversas Juntas de Freguesia do concelho.

Rui Coelho, presidente da Real Associação Humanitária dos Bombeiros da Póvoa de Varzim (RAHBPV), confirmou que a Auto-escada está "em construção", tendo já sido pagos dois terços do seu valor. Ainda falta angariar alguma parte da verba para finalizar o pagamento, o que deverá rondar cerca de 120 mil euros. "A última prestação a saldar será de 239 mil euros", garantiu Rui Coelho, que conta com a entrega da auto-escada em finais de Março ou início de Abril. Este responsável adiantou ainda que o primeiro pagamento foi no mês de Julho, altura em que foi dada ordem de construção do equipamento: "nem sabíamos que demorava tanto tempo a ser construído e quando dissemos que estaria cá no Natal de 2010, foi mais por optimismo e ansiedade de ter a Auto-escada do que pelo conhecimento exacto da situação". O certo é que, sublinhou Rui Coelho, "está tudo a decorrer dentro da normalidade, pelo que nos disseram os dois comandantes das corporações da Póvoa e Vila do Conde, que se deslocaram a Itália, à fábrica, para verificar o fabrico e inteirarem-se já das bases do seu funcionamento".

Empresários vão ser alvo de "bombardeamento cirúrgico"

A estratégia que se segue, afirmou Artur Antunes, é "um bombardeamento cirúrgico, isto é, abordar várias empresas de vários sectores, uma a uma. Sabemos que os empresários até são boas pessoas e sensíveis a estes problemas, desde que lhes seja explicado para que serve o equipamento e porque precisamos dele. Repare-se que há muitos hotéis e restaurantes que, porventura, poderão ser os primeiros a precisarem da Auto-escada. As pessoas têm que pensar que os bombeiros não são pedintes nem nossos funcionários, são voluntários - a palavra diz tudo. É preciso mudar um pouco as mentalidades".

A campanha vai seguir também na imprensa, rádios e Norte Litoral TV para continuar a sensibilização. E além dos contactos directos com alguns empresários seguem cartas todas as semanas para empresas, por sectores, como Saúde, Restauração e Hotelaria, entre outros. "Eu estava à espera que estes empresários se aliassem à campanha voluntariamente em vez de termos de ser nós a ir ao encontro deles. Mas os que colaboraram não chegaram e é preciso mais este esforço, por isso, fizemos uma selecção na internet de várias empresas e estão a ser enviadas cartas todas as semanas", explicou o idealista da campanha a favor dos Bombeiros.

Festa popular está a ser estudada

No final de Março ou início de Abril, assim que houver data de entrega da Auto-escada, será estudado um espaço numa freguesia gratuito para fazer uma grande festa popular, em que a entrada seja de valor simbólico, "por exemplo 10 Euros ou mais, consoante cada um puder", disse Artur Antunes, a que se juntará "leilões de vários objectos de colecção, pois temos várias coisas que nos deram para leiloar e ainda não houve oportunidade". Está também a ser estudada uma demonstração pública do funcionamento da Auto-escada.

Autarquia de Vila do Conde esteve calada

No que diz respeito aos apoios das autarquias, Antunes refere que nada há a dizer quanto à Câmara da Póvoa, que "prometeu com a verba que cumpriu, apesar da crise". No que concerne a Vila do Conde, houve bom entendimento entre as duas corporações e direcções dos Bombeiros.

Acontece que, explicou Antunes, "foi dado a entender ao Dr. Abel Maia, presidente da Associação dos Bombeiros de Vila do Conde, que deveria ser a instituição a apelar junto da Câmara de Vila do Conde. Mas não sabemos se o fez ou não, pois não era de bom tom sermos nós, eu e o Dr. Rui Coelho, a fazermos o apelo à autarquia vilacondense. Mas não temos tido qualquer feedback da corporação vizinha quanto a esse eventual contacto com a Câmara, nem da própria Câmara houve qualquer manifestação a favor ou não da colaboração na campanha".

Rui Coelho salientou, por seu lado, que "os colegas dos Bombeiros de Vila do Conde tomaram a iniciativa de nos contactar para disponibilizarem o apoio. Creio que poderá ter havido algum travão ao entusiasmo com algumas notícias que saíram em jornais de Vila do Conde, que salientaram algum provincianismo bacoco de rivalidade entre as duas cidades".

Governo tem tido atitude "caricata"

No que concerne ao governo, o Ministério da Administração interna foi questionado pelos deputados poveiros na Assembleia da república, Jorge Machado (PCP) e Carla Barros (PSD). O Estado já respondeu, afirmando que "esta Auto-escada já foi alvo de dois concursos públicos", lembrou Artur Antunes, "em que diz que nunca apareceram concorrentes". O empresário sublinhou que "nestes casos em que os concursos ascendem a 400 mil euros, quando ela pode custar 600 ou 700 mil, o que faz com que nenhuma empresa se candidate". De acordo com Antunes, o "mais caricato" é que no final da resposta, afirma-se que "para o ano - em 2011 já - a escada vai ser posta a concurso. Ora, o que eu digo é que o governo poupe dinheiro e, em vez de abrir concurso de 400 mil euros, nos dê 300 mil apenas e nós paramos a campanha e saldamos tudo. Isto não faz qualquer sentido".

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