Octávio V Gonçalves: Depois da caldeirada, servem-se os habituais mexilhões

03-08-2010
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O desfecho do caso Freeport, desde há meses zelosamente anunciado, apenas vem confirmar o triste fado da justiça à portuguesa: quem se lixa é sempre o mexilhão, por inexistência de redes que permitam apanhar o peixe graúdo.
Da próxima, até se torna preferível que não se dêem à maçada de abrir investigações, devendo arquivar-se ab initio qualquer queixa ou denúncia que surja, porque os desenlaces são absolutamente previsíveis, além de que se poupavam recursos ao Estado e não se alimentava a imagem de uma justiça forte com os fracos e medrosa com os fortes.
O que não se aguenta mais é o desplante e a falta de vergonha daqueles que pressionam e condicionam a justiça (recordam-se de Lopes da Mota?) desde o início, alegando perseguições e campanhas negras para se colocarem acima do escrutínio da investigação judicial, ao invés de exigirem investigações completas e de proporcionarem a disponibilidade pessoal, as condições e os meios que permitissem apurar tudo sem subterfúgios, reticências ou sombras.
É absolutamente indigno vir afirmar-se, neste caso, que a justiça ilibou Sócrates, quando a mesma, perante os indícios e as acusações ocorrentes (tanto de familiares de Sócrates, como dos putativos mexilhões acusados), não teve a coragem e a transparência de investigar tudo, como aconteceria se estivessem em causa cidadãos rasos, nas mesmas circunstâncias.


O desfecho do caso Freeport, desde há meses zelosamente anunciado, apenas vem confirmar o triste fado da justiça à portuguesa: quem se lixa é sempre o mexilhão, por inexistência de redes que permitam apanhar o peixe graúdo.
Da próxima, até se torna preferível que não se dêem à maçada de abrir investigações, devendo arquivar-se ab initio qualquer queixa ou denúncia que surja, porque os desenlaces são absolutamente previsíveis, além de que se poupavam recursos ao Estado e não se alimentava a imagem de uma justiça forte com os fracos e medrosa com os fortes.
O que não se aguenta mais é o desplante e a falta de vergonha daqueles que pressionam e condicionam a justiça (recordam-se de Lopes da Mota?) desde o início, alegando perseguições e campanhas negras para se colocarem acima do escrutínio da investigação judicial, ao invés de exigirem investigações completas e de proporcionarem a disponibilidade pessoal, as condições e os meios que permitissem apurar tudo sem subterfúgios, reticências ou sombras.
É absolutamente indigno vir afirmar-se, neste caso, que a justiça ilibou Sócrates, quando a mesma, perante os indícios e as acusações ocorrentes (tanto de familiares de Sócrates, como dos putativos mexilhões acusados), não teve a coragem e a transparência de investigar tudo, como aconteceria se estivessem em causa cidadãos rasos, nas mesmas circunstâncias.

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