Octávio V Gonçalves: Retirada do tapete?

07-08-2010
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DaquiComeça a ganhar consistência a tese da desorientação, do rumo desvairado que tomou conta dos planos faraónicos de Sócrates e, sobretudo, de uma cisma severa no governo, entre um primeiro-ministro que perdeu politicamente o pé, tendo em conta a propaganda e as convicções alienadas da realidade e da seriedade que andou a vender ao desbarato ("muita confiança", "o país que melhor enfrentou e melhor estava a sair da crise"), e um ministro das Finanças, cada vez mais liderante da nova orientação governativa, absolutamente nos antípodas das juras e do aventureirismo de Sócrates.
Quando um ministro, com o peso político de Santos Silva, sente necessidade de vir a terreiro lembrar que a condução do governo está nas mãos de Sócrates é porque os indícios e as mensagens em sentido contrário estão a fazer o seu caminho e a criar mossa política.
Porém, o drama de Santos Silva e do PS socrático não reside no facto de Teixeira dos Santos, Cavaco Silva, os ex-ministros das Finanças ou a Alemanha estarem a usurpar o leme que Sócrates já não controla, antes está na circunstância de a gravidade da realidade social e económica do país ter retirado o tapete a Sócrates, agora circunscrito à construção em formato "legos" das suas fantasias megalómanas.
Sócrates, por mais demagogo e mentiroso que seja, ainda terá cara para enfrentar os portugueses, dando o dito por não dito relativamente à subida de impostos e a mais um ataque à classe média, sem meter o rabinho entre as pernas e assumir que andou a enganar o país?
É que o argumento da alteração radical da situação não pega, porque os partidos da oposição, o presidente da República e muitos economistas já há muito chamavam a atenção para o estado comatoso da economia e das finanças públicas portuguesas, algo que Sócrates sempre iludiu e negou.
Vale o facto de os portugueses começarem a despertar do sono e do torpor socráticos.


DaquiComeça a ganhar consistência a tese da desorientação, do rumo desvairado que tomou conta dos planos faraónicos de Sócrates e, sobretudo, de uma cisma severa no governo, entre um primeiro-ministro que perdeu politicamente o pé, tendo em conta a propaganda e as convicções alienadas da realidade e da seriedade que andou a vender ao desbarato ("muita confiança", "o país que melhor enfrentou e melhor estava a sair da crise"), e um ministro das Finanças, cada vez mais liderante da nova orientação governativa, absolutamente nos antípodas das juras e do aventureirismo de Sócrates.
Quando um ministro, com o peso político de Santos Silva, sente necessidade de vir a terreiro lembrar que a condução do governo está nas mãos de Sócrates é porque os indícios e as mensagens em sentido contrário estão a fazer o seu caminho e a criar mossa política.
Porém, o drama de Santos Silva e do PS socrático não reside no facto de Teixeira dos Santos, Cavaco Silva, os ex-ministros das Finanças ou a Alemanha estarem a usurpar o leme que Sócrates já não controla, antes está na circunstância de a gravidade da realidade social e económica do país ter retirado o tapete a Sócrates, agora circunscrito à construção em formato "legos" das suas fantasias megalómanas.
Sócrates, por mais demagogo e mentiroso que seja, ainda terá cara para enfrentar os portugueses, dando o dito por não dito relativamente à subida de impostos e a mais um ataque à classe média, sem meter o rabinho entre as pernas e assumir que andou a enganar o país?
É que o argumento da alteração radical da situação não pega, porque os partidos da oposição, o presidente da República e muitos economistas já há muito chamavam a atenção para o estado comatoso da economia e das finanças públicas portuguesas, algo que Sócrates sempre iludiu e negou.
Vale o facto de os portugueses começarem a despertar do sono e do torpor socráticos.

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