Octávio V. Gonçalves: Ribau, bau, bau... pardais ao ninho

21-05-2011
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Daqui...O despeito político, o oportunismo ou o deslumbramento provinciano com uma nova linha de comboio nem sempre são bons conselheiros, mesmo que o objectivo humanitário de dar a mão a Sócrates, num momento aflitivo para a sua credibilidade pública, até pudesse ter algo de bem-intencionado e samaritano.
Todavia, Ribau Esteves excedeu-se na sua postura bonzinha em relação a Sócrates e, ao não concretizar quem e em que circunstâncias Sócrates é insultado gratuitamente, acaba a fazer figura de cowboy tresloucado a disparar sobre muitos jornalistas, agentes da justiça, políticos e demais cidadãos que têm dado um contributo inestimável para que os portugueses conheçam o carácter e a conduta de quem nos (des)governa e assumiu, farisaicamente e sem autoridade subjacente, o papel de detractor "gratuito" de classes profissionais honradas.
Disparando sem alvos certos, Ribau atinge pelas costas muitos companheiros do seu próprio partido, legitimamente empenhados em esclarecer, na Comissão de Inquérito, aquilo que parece uma tentativa de Sócrates para, em conluio com alguns "amigos", estancar as notícias que apresentavam factos sobre a sua conduta pública (ao contrário do que alguns pretendem fazer crer, a obsessão pelo controlo da comunicação social nada tinha a ver com o governo e com as suas políticas, mas tão-só com a necessidade de silenciamento das notícias acerca de episódios, no mínimo pouco transparentes e edificantes, da vida pública do cidadão Sócrates).
Ficamos, assim, sem saber se, no elevado critério de Ribau, chamar mentiroso a alguém que mente, reiterada e desavergonhadamente, é um "insulto gratuito". O que nos fazia falta agora, era a constatação de que Sócrates, afinal, não passa de um "canastrão" vitimizado e empurrado por forças negras para uma novela "venezuelana" que ele não precipitou ou na qual não tem responsabilidades.
Ribau Esteves daria um excelente contributo para a desinfestação do pântano político e moral em que o país se vai afundando, e para o qual a conduta pessoal e política de Sócrates contribuiu decisivamente, se concretizasse quem insulta gratuitamente Sócrates e relativamente a que matérias, condutas ou episódios.
Ao proferir esta atoarda genérica num contexto de distribuição de "milho" por parte de Sócrates, Ribau parece resvalar para uma esperteza circunstancial típica de pardais agradecidos e arrebatados com as "migalhas".
A saudável alternância democrática fica a ganhar se estes pardais, por uma vez, "aninharem".


Daqui...O despeito político, o oportunismo ou o deslumbramento provinciano com uma nova linha de comboio nem sempre são bons conselheiros, mesmo que o objectivo humanitário de dar a mão a Sócrates, num momento aflitivo para a sua credibilidade pública, até pudesse ter algo de bem-intencionado e samaritano.
Todavia, Ribau Esteves excedeu-se na sua postura bonzinha em relação a Sócrates e, ao não concretizar quem e em que circunstâncias Sócrates é insultado gratuitamente, acaba a fazer figura de cowboy tresloucado a disparar sobre muitos jornalistas, agentes da justiça, políticos e demais cidadãos que têm dado um contributo inestimável para que os portugueses conheçam o carácter e a conduta de quem nos (des)governa e assumiu, farisaicamente e sem autoridade subjacente, o papel de detractor "gratuito" de classes profissionais honradas.
Disparando sem alvos certos, Ribau atinge pelas costas muitos companheiros do seu próprio partido, legitimamente empenhados em esclarecer, na Comissão de Inquérito, aquilo que parece uma tentativa de Sócrates para, em conluio com alguns "amigos", estancar as notícias que apresentavam factos sobre a sua conduta pública (ao contrário do que alguns pretendem fazer crer, a obsessão pelo controlo da comunicação social nada tinha a ver com o governo e com as suas políticas, mas tão-só com a necessidade de silenciamento das notícias acerca de episódios, no mínimo pouco transparentes e edificantes, da vida pública do cidadão Sócrates).
Ficamos, assim, sem saber se, no elevado critério de Ribau, chamar mentiroso a alguém que mente, reiterada e desavergonhadamente, é um "insulto gratuito". O que nos fazia falta agora, era a constatação de que Sócrates, afinal, não passa de um "canastrão" vitimizado e empurrado por forças negras para uma novela "venezuelana" que ele não precipitou ou na qual não tem responsabilidades.
Ribau Esteves daria um excelente contributo para a desinfestação do pântano político e moral em que o país se vai afundando, e para o qual a conduta pessoal e política de Sócrates contribuiu decisivamente, se concretizasse quem insulta gratuitamente Sócrates e relativamente a que matérias, condutas ou episódios.
Ao proferir esta atoarda genérica num contexto de distribuição de "milho" por parte de Sócrates, Ribau parece resvalar para uma esperteza circunstancial típica de pardais agradecidos e arrebatados com as "migalhas".
A saudável alternância democrática fica a ganhar se estes pardais, por uma vez, "aninharem".

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